Quarteto Fantástico, em análise

 

Os Fantastic Four estão de volta pela quarta vez em live action e o resultado não é muito melhor do que houve antes. 

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 FICHA TÉCNICA

Título Original: Fantastic Four
Realizador: Josh Trank
Elenco: Miles Teller, Kate Mara, Michael B. Jordan
Género: Ação, Aventura, Sci-fi

NOS | 2015 | 100 min

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A equipa estreou-se em 1994 com The Fantastic Four, um filme que nem chegou às salas de cinema passando logo para VHS, e que foi feito apenas para a produtora manter os direitos das personagens. Onze anos depois voltaram, num filme aceitável, mas cuja sequela deitou tudo por água abaixo. Agora, vemos a história de origem da equipa ser-nos contada mais uma vez: a FOX queria provar que podia fazer um filme do grupo ao nível das restantes produções de super-heróis que temos tido nos últimos tempos, e com Josh Trank a tomar as rédeas como realizador, a produtora conseguiu… enganar-nos bem.

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O que aqui temos é, basicamente, uma história de origem que se limita a mostrar-nos como é que todos receberam os seus poderes e no final dar-nos um espetáculo visual com eles a usá-los contra o “vilão”. As relações entre as personagens são estabelecidas no início de uma forma simples, mas depois nenhuma delas chega a ser explorada de qualquer maneira. Há alturas em que eles estão chateados uns com os outros e no momento seguinte já estão todos amigos, e isso foi muito forçado, tendo apenas o objetivo de fazer as coisas andar para a frente, levando a que não haja tempo para as explorar… No final vemo-los a trabalhar em equipa pela primeira vez, preparando o terreno para as sequelas, nas quais prometem explorar melhor a relação das personagens, mas depois deste resultado, o futuro não parece muito brilhante para o quarteto.

LÊ MAIS: Quarteto Fantástico | Os poderes dos super-heróis explicados por Michio Kaku 

Para além da primeira metade do filme, que funciona bem e é bastante promissora, o outro grande aspeto positivo do filme são os efeitos especiais que são de deixar a boca aberta. Os poderes estão muitíssimo bem conseguidos, se descontarmos alguns momentos em que Reed Richards volta à sua forma normal. A paisagem da dimensão paralela também é impressionante, mas o visual arrebatador deste filme perde esse efeito quando a sua presença não tem grande relevância nele.

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Quanto ao elenco, é fenomenal. Todos os atores já provaram o seu valor noutros projetos, mas apesar do seu talento, não conseguiram fazer nada para salvar este. Quando as cenas não resultam, grande parte do problema é aquilo que foi dado aos atores para trabalharem. A escrita não é genial, há muitas cenas em que parece que estamos a ver um filme de ação dos anos 80, mas falta o grande Schwarzenegger para lhe dar essa credibilidade dessa época.

A melhor maneira de resumir Fantastic Four é compará-lo com The Amazing Spider-man 2, cujo único propósito era criar um novo Universo Cinematográfico, tal como a Marvel fez, sem se preocupar com a sua história, personagens e com a fundação fraca que está a dar ao início deste novo mundo.

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