Depois dos remakes, Quentin Tarantino tece duras críticas ao Streaming
Depois da polémica crítica a “Dune” de Denis Villeneuve, Quentin Tarantino tece duras críticas às plataformas de Streaming.
Sumário:
- Depois da sua crítica aos remakes, Quentin Tarantino partilha a sua opinião sobre a mudança em Hollywood no que toca às plataformas de Streaming;
- O realizador é contra o lançamento simultâneo de filmes nos cinemas e plataformas de streaming, considerando que isso diminui a experiência cinematográfica e a valorização do filme;
- Quentin Tarantino, que está a escrever uma peça de teatro, ainda não tem planos definidos para o seu décimo e último filme.
Tendo surgido durante a ascensão de realizadores independentes no início dos anos 1990, onde se destacou pela originalidade, criatividade e boldness de “Pulp Fiction”, que venceu a Palma de Ouro em Cannes e o Óscar de Melhor Argumento Original, Quentin Tarantino passou por várias épocas de Hollywood, por várias mudanças, que muitas vezes são o tema dos seus filmes, principalmente em “Once Upon a Time In Hollywood”.
O realizador, que não tem medo de criticar a Hollywood que tanto adora e tecer elogios quando os sente, já tinha feito uma crítica recente à falta de criatividade da indústria, com os constantes remakes. Em que, inclusive, partilhou recusar-se a ver “Shogun” e “Dune”.
Desta vez, durante um Q&A no Festival Sundance, que gosta de premiar realizadores em ascensão e argumentos originais, Quentin Tarantino comentou outra das grandes mudanças no mundo do cinema atualmente, o Streaming.
Quentin Tarantino mostra-se contra o Streaming
Mesmo que grandes realizadores como Martin Scorsese com “Killers of The Flower Moon” e Steve McQueen com “Blitz”, tenham estreado os seus filmes em Streaming, Quentin Tarantino não vai entrar nessa tendência, e critica-a.
“Bem, o que raio é um filme agora? Algo que passa nos cinemas por um lançamento simbólico de quatro semanas? Tudo bem, e na segunda semana podes vê-lo na televisão. Não entrei nisto para receber menos enquanto invisto mais dinheiro e energia. Quer dizer, já era mau o suficiente em 97. Já era mau o suficiente em 2019, e esse foi o último ano de filmes”, partilhou o realizador.
O estado do cinema pode ser uma das explicações para a demora de Quentin Tarantino em realizar o seu décimo e último filme. O realizador partilhou que está, neste momento, a trabalhar na escrita de uma peça de teatro e que ainda não tem nada planeado no que toca ao seu próximo filme.
Concordas com a opinião do famoso realizador?