A saga “Guerra das Estrelas” parece ser, cada vez mais, a interminável obra de George Lucas. Trinta e Cinco anos após a estreia do primeiro filme, e depois de alguns “facelifts” à trilogia original, Lucas dá o muito aguardado salto tecnológico. “Guerra das Estrelas” entra, oficialmente, no mundo das três dimensões com a conversão de todos os 6 filmes para 3D, lançados em cinema, novamente, por ordem cronológica de acontecimentos.O primeiro a estrear é, por isso, “Ameaça Fantasma”, o primeiro episódio da “hexologia”. A história é por demais conhecida, mas para os mais esquecidos, fica o resumo.“Há muito muito tempo, numa galáxia longínqua…”… 2 guerreiros Jedi são enviados para salvar os habitantes do planeta Naboo da invasão da Federação Mercantil. Pelo caminho “tropeçam” no pequeno Anakin Skywalker, um jovem que parece ser aquele que, segundo a lenda, trará equilíbrio à força.
Sendo, provavelmente, o menos bom dos 6 filmes, a “Ameaça Fantasma” parece fazer mais sentido depois de toda a saga vista, com pequenos pormenores a saltarem aqui e ali, ganhando alguma magia adicional a cada vez que se vê.Mas a questão acaba por ser: valeu a pena a conversão para 3D?Bem, meus caros “padwans”, a resposta será… sim. Não estamos perante uma simples conversão 2D para 3D à semelhança do que aconteceu em filmes como “Confronto de Titãs” ou “O Ultimo Airbender”. É notório o trabalho de Lucas e da sua equipa em dar um brilho adicional ao filme com o 3D, sobretudo pelo aparente recriar de origem, em 3D, de cenas já existentes no filme, o que contribui, em muito, para a qualidade da componente tridimensional do filme.
Apesar de essa qualidade ser visível nos coloridos cenários que povoam os mundos de “Guerra das Estrelas”, são as cenas mais marcantes do filme que acabam por arrebatar o espetador. A corrida de Pods leva-nos numa verdadeira e alucinante montanha russa entre vales e desertos, lado a lado com o pequeno Anakin, e o combate final Obi-Wan, Qui-Gon Jinn e Darth Maul rapidamente se transforma no mais frenético combate de sabres de luz da saga. Já as cenas passadas em pleno espaço são cheias de profundidade, dando a plena sensação de estarmos no meio das estrelas.
Sem manter uma qualidade tridimensional constante ao longo de todo o filme, Lucas foi, ainda assim, capaz de devolver a “Guerra das Estrelas: A Ameaça Fantasma” o brilho do original provocando, por vezes, a mesma sensação que todos aqueles que viram o filme original em 1977 tiveram, na sala de cinema, à 35 anos.
Não sendo o filme ideal para explorar o 3D, “A Ameaça Fantasma” acaba por deixar água na boca para os restantes filmes, todos eles cheios de muito mais acção, colorido, e verdadeiras batalhas espaciais, e todos eles talhados para serem vividos em 3D.
Enquanto “Ataque dos Clones” não estreia, pegue na criançada, vá ao cinema, e deixe-se invadir pela magia da “nova” Guerras das Estrelas.
