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“Aterrorizou-me”, Timothée Chalamet revela o medo de crescer rodeado de artistas

Na cidade que nunca dorme, Timothée Chalamet crescia a observar silenciosamente o preço da ambição artística, mas o destino tende a ser irónico.

Há algo de profundamente contraditório em crescer num ambiente artístico vibrante e, ainda assim, desenvolver um receio genuíno pela própria expressão artística. Este paradoxo é apenas o começo da fascinante jornada de um dos atores mais aclamados da sua geração. As suas experiências de juventude moldaram não apenas a sua visão, mas também a sua abordagem ao ofício da representação.

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Quando viver entre artistas te afasta da arte

Timothée Chalamet em Chama-me Pelo Teu Nome
“Chama-me pelo Teu Nome” (2017) lançou a carreira de Timothée Chalamet| ©Memento Films

Foi numa conversa recente com Anderson Cooper para o programa “60 Minutes“. Timothée Chalamet revelou como o edifício onde cresceu em Nova Iorque, um prédio com rendas subsidiadas repleto de artistas no Theatre District, criou nele um temor inesperado em relação à carreira de actor.

“Este edifício, na verdade, fez-me ter medo de ser ator, porque é um estilo de vida difícil e muitas pessoas não estão a sair-se fantasticamente bem”, confidenciou o ator de 29 anos enquanto revisitava o local onde cresceu.

Quando Cooper mencionou que assumiria que crescer naquele tipo de atmosfera o “encorajaria” a seguir as artes, Chalamet respondeu com uma honestidade surpreendente: “Na verdade, aterrorizou-me a ideia de me tornar ator.” A realidade dos artistas a lutar para sobreviver tornou-se inegavelmente uma lição para o jovem Chalamet, que observava o preço da perseguição de sonhos artísticos.

A improvável jornada até Bob Dylan

Timothée Chalamet em A complete Unknown
© Searchlight Pictures

Mesmo com uma mãe bailarina e uma irmã actriz, Pauline Chalamet (conhecida pelo seu papel em “The Sex Lives of College Girls“), o pai de Timothée dava-lhe um conselho que ecoa as suas próprias observações infantis: “Sê normal.” “Não é lugar para uma criança. Realmente não é”, refletiu Chalamet sobre a indústria da representação durante a infância. “As câmaras e as pessoas a dizer, ‘Ei, faz aquela coisa que reconhecemos como fofinha na tua própria cabeça’.”

Esta perspetiva cautelosa, no entanto, não impediu o que parecia inevitável. Chalamet acabou por seguir o caminho artístico, transformando-se inegavelmente numa das figuras mais reconhecíveis de Hollywood, com duas nomeações para os Óscares — a primeira pelo seu papel em “Call Me by Your Name” (2017) e, mais recentemente, pela sua aclamada interpretação de Bob Dylan em “A Complete Unknown“.

A ironia do destino revela-se completa quando percebemos que aquele mesmo rapaz que temia a vida incerta de um ator agora personifica uma das figuras musicais mais enigmáticas e influentes do século XX, recebendo elogios do próprio Dylan, que escreveu na rede social X: “O Timmy é um ator brilhante, por isso tenho a certeza que será completamente credível como eu.”

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