Tom Cruise arriscou tudo para gravar esta cena em Mission: Impossible
Por vezes, a obstinação de um homem pode mudar o rumo de um filme inteiro. No caso de Tom Cruise, essa obstinação quase lhe custou mais do que apenas o orgulho.
Quando falamos de cinema de ação, poucos nomes carregam tanto peso como o de Tom Cruise. Muito antes dos saltos HALO e das acrobacias com aviões que hoje conhecemos, havia um ator determinado a elevar a fasquia do que era possível fazer no grande ecrã. Para compreender verdadeiramente o impacto desta história, temos de recuar a 2000, quando a indústria cinematográfica ainda estava a descobrir os limites entre o possível e o impensável.
Uma escalada contra todas as probabilidades
O que poucos sabiam, até agora, é que a icónica cena de abertura de “Mission: Impossible 2” (Max) esteve prestes a não acontecer. Durante 40 dias de chuva incessante na Austrália, o estúdio pressionou constantemente para alterar a sequência inicial. “Senti-me como Noé”, confessa Cruise numa entrevista exclusiva à Empire, onde finalmente revela os bastidores desta façanha cinematográfica.
A situação agravou-se quando a produção se mudou para Moab, onde ventos fortíssimos impossibilitavam até mesmo a montagem das câmaras no topo da montanha. O estúdio, já com seis meses de insistência para mudar a sequência, estava à beira de desistir. Mas Cruise, exausto do jet lag e da pressão, acordou numa manhã e decidiu: “Temos de enfrentar isto.”
O momento de viragem surgiu com o nascer do sol, quando os ventos finalmente amainaram e as temperaturas subiram. “Vamos subir ao topo da montanha e começar a filmar agora”, decidiu o ator, num momento de determinação que mudaria para sempre a história do cinema de ação.
Sangue, suor e determinação
Numa era sem comunicações por rádio, Cruise realizou uma escalada livre até à posição necessária para a cena inicial. “Tinha de me controlar, porque ainda precisava de descer depois. Se caísse, havia um cabo para me apanhar, mas ia embater contra a montanha”, revela o ator.
O que torna esta revelação ainda mais surpreendente é que Cruise realizou os saltos com um pé partido – um facto que manteve em segredo de toda a equipa. “Para quê mencionar algumas destas lesões? Simplesmente continuas em frente”, confessa, demonstrando a dedicação quase obsessiva que o tornou lendário em Hollywood.
Quando John Woo, o realizador, disse que tinham conseguido a cena, Cruise insistiu em continuar. “Não, queremos isto num só take, tenho de continuar a fazê-lo.” E foi precisamente esse take que acabou no filme final.
Numa era em que os efeitos especiais dominam o cinema de ação, que valor atribuis a estas proezas físicas reais? Partilha connosco a tua opinião nos comentários.
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