Tom Cruise sobreviveu por milagre nesta cena do novo Missão: Impossível
Há coisas que só se fazem uma vez na vida. E outras que só Tom Cruise faz mais do que uma vez nos filmes de Missão: Impossível.
Se há um nome que se tornou sinónimo de cinema de ação, esse nome é Tom Cruise. O ator, produtor e eterno candidato a melhor stuntman do mundo já nos habituou a proezas que desafiam a lógica, a gravidade e, por vezes, o bom senso. Mas o que aconteceu nas filmagens de “Missão: Impossível – O Ajuste de Contas Final” ultrapassou até os seus limites conhecidos. E, convenhamos, esses limites já ficavam algures entre o “imprudente” e o “suicida”.
A queda final de Ethan Hunt em Missão: Impossível
O momento em questão é inegavelmente tão absurdo que parece saído de um sketch de comédia: Tom Cruise pendurado na asa de um biplano Boeing Stearman, a mais de 225 km/h, sem oxigénio suficiente, a lutar contra forças que nem a física consegue explicar. O realizador do novo Missão: Impossível Christopher McQuarrie, veterano na arte de trabalhar com Cruise, descreveu a cena como “pisar na superfície de outro planeta”. E, pelo som da coisa, não era Marte – era o Inferno.
“Quando sais da cabine do avião, é como pisar na superfície de outro planeta. O vento sopra da hélice a mais de 225 km/h. Estás a respirar, mas apenas fisicamente. Não estás a receber oxigénio”, explicou McQuarrie (Indiewire). Cruise, claro, insistiu em fazê-lo repetidas vezes, até que o corpo simplesmente disse basta. Num dos takes, o ator desmaiou e ficou inerte sobre a asa, braços pendurados, enquanto a equipa entrava em pânico sem saber se ele estava vivo ou morto.
Mas, como qualquer bom filme de Missão: Impossível, há sempre um twist final: Cruise recuperou, puxou-se para dentro da cabine, e aterrou o avião como se nada fosse. “Ninguém na Terra consegue fazer isto, exceto o Tom Cruise”, admitiu McQuarrie. E, convenhamos, ainda bem que não há mais ninguém como ele – senão os seguros de Hollywood já teriam falido.
Por que é que ele continua a fazer isto?
A pergunta que todos fazemos: porque é que um homem de 62 anos, com dinheiro suficiente para comprar um país pequeno, insiste em arriscar a vida desta maneira? A resposta, como sempre, está numa mistura de obsessão, perfeccionismo e uma pitada saudável de masoquismo. “Eu gosto da sensação (de medo). É apenas uma emoção para mim. É algo que não me paralisa”, confessou Cruise.
Mas não se enganem: isto não é só adrenalina pura. Assim, cada cena de um filme Missão: Impossível é meticulosamente planeada, com anos de treino, equipas de especialistas e uma logística digna de uma operação militar. “Trata-se de encontrar as posições da câmara e toda a engenharia. Representa milhares de horas de trabalho de muitas pessoas”, explicou. Ou seja, até para ser imprudente, Tom Cruise é metódico.
E, no fim, o que sobra é o espanto. Espanto de ver um homem desafiar a morte repetidamente, espanto de saber que ainda há quem faça filmes assim, e espanto de perceber que “Missão: Impossível” terá de acabar. Entretanto, depois do sucesso de “Top Gun: Maverick“, Cruise continuará a correr, a saltar e, muito provavelmente, a desmaiar em asas de aviões noutros projetos em que se envolva.
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