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Tom Holland emociona-se com a nova obra-prima de Christopher Nolan

Não é todos os dias que uma odisseia cinematográfica de Christopher Nolan nos bate à porta e promete reinventar Hollywood.

Há qualquer coisa de magnético na palavra “Odisseia”. Talvez por culpa das aulas de História no secundário, talvez pelo eco ancestral da viagem, da aventura, do regresso impossível. Mas quando essa palavra surge associada a Christopher Nolan, admito que o meu cérebro fez aquele som mental de portas de aço a fecharem-se atrás de mim. O realizador que trouxe ao mundo Inception e mais recentemente Oppenheimer, decidiu agora aventurar-se pelos mares da mitologia grega.

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A Odisseia que não estávamos à espera

matt damon the odyssey christopher nolan
© Universal Pictures

Tom Holland está a protagonizar a nova epopeia de Christopher Nolan, The Odyssey. Não se trata de rumores, mas de palavras saídas da boca do próprio Holland numa entrevista recente à GQ Sports. O eterno Spider-Man descreveu a experiência como “o trabalho de uma vida, sem dúvida alguma”. E acrescentou: “Foi incrível. Foi entusiasmante. Foi diferente. E acho que o filme vai ser como nada que tenhamos visto antes.”

Se isto soa a exagero típico de promoção, convém lembrar que estamos a falar de Christopher Nolan e de um elenco que parece uma seleção olímpica de talento: Matt Damon será Ulisses, Holland interpreta Telémaco, e nomes como Anne Hathaway, Zendaya, Lupita Nyong’o, Robert Pattinson e Charlize Theron completam a armada. Para quem, como eu, cresceu a ver Good Will Hunting, Interstellar e Dune, não há como não sorrir perante esta constelação.

Matt Damon e Anne Hathaway, que já partilharam ecrã sob a batuta de Christopher Nolan, voltam a embarcar numa colaboração que promete ser tudo menos convencional. E não é só pela escala épica do projeto: trata-se do primeiro grande blockbuster filmado inteiramente com câmaras IMAX, uma ambição técnica que só reforça a ideia de que Nolan não está aqui para passear barquinhos na banheira.

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Uma História antiga de Christopher Nolan

Tom Holland, ator que interpreta Homem-Aranha.
Tom Holland ©DFree via Shutterstock

Se há narrativa que faz sentido nas mãos de Christopher Nolan, é esta. A Odisseia, de Homero, é mais do que uma viagem: é uma meditação sobre a memória, o tempo e a identidade. Qualquer semelhança com as obsessões temáticas de Nolan não é coincidência, é destino. Afinal, estamos a falar de um autor que já nos colocou a explorar buracos negros, a manipular memórias e a inverter cronologias.

O que me entusiasma não é só o pedigree técnico, mas a promessa de uma leitura profundamente humana desta história. Holland refere que trabalhar com Damon e Hathaway foi “um privilégio enorme” e que “se tornou amigo de ambos”. Mas mais interessante é perceber como Holland encarou o papel: “Ia para o trabalho todos os dias com um verdadeiro sentido de propósito e algo a provar”, disse.

No centro desta nova adaptação está a relação entre pai e filho. Assim, Telémaco, perdido entre a ausência do pai e a incerteza do futuro, encontra eco numa geração que parece eternamente à deriva em busca de referências. Se há realizador capaz de pegar nisto e transformá-lo numa reflexão filosófica disfarçada de superprodução, é inegavelmente Christopher Nolan.

Este filme vai mudar tudo

Logo, não é exagero dizer que The Odyssey pode redefinir o conceito de blockbuster para os próximos anos. Christopher Nolan sempre gostou de conciliar o experimentalismo com o espetáculo, e aqui promete fazê-lo em escala monumental. As primeiras imagens do teaser mostram Holland a derramar uma lágrima enquanto pergunta pelo paradeiro do pai. O detalhe é revelador: esta não será apenas uma epopeia de batalhas, mas uma introspeção sobre perda e legado.

Com estreia marcada para 17 de Julho de 2026, é seguro dizer que a odisseia está apenas a começar.

Achas que Christopher Nolan será capaz de reinventar Homero ou vai naufragar nas suas próprias ambições? Partilha nos comentários.



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