As Melhores Princesas Disney

Top 15 – Ranking Princesas Disney

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Espelho meu, espelho meu, quem são as melhores Princesas Disney?

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“No principio era o…” rato. Mickey, nascido em 1928. Todavia, foi apenas em 1937 que Walt Disney iniciou a jornada cinematográfica da sua colossal produtora de animação com o lançamento do icónico A Branca de Neve e os Sete Anões, o clássico dos clássicos que se tornou um sucesso instantâneo e que marcou o início do franchise mediático das Princesas Disney.

Mais de 80 anos depois, parece-nos a ocasião perfeita para um olhar abrangente e conclusivo sobre as melhores princesas do legado Disney – considerando a sua relevância histórica, cultural e social, o seu progressismo e o seu contributo definitivo para o retrato da Mulher no Cinema.

Que comece o desfile…

NOTA IMPORTANTE: existem atualmente apenas 11 princesas OFICIAIS de acordo com a lineup da Disney, mas tomámos a liberdade de acrescentar mais quatro figuras (humanas) que nos parecem cumprir consideravelmente bem a definição de “Princesa Disney”, ainda que a gigante do entretenimento tenha, por qualquer motivo obscuro, optado por não as reconhecer como tal.

 

 15. AURORA (A Bela Adormecida, 1959) – OFICIAL

princesas disney

Em matéria de amizades fraternas com animais, penteados imaculados e sonos de beleza com maquilhagens perfeitas, Aurora cumpre exemplarmente os requisitos básicos daquilo que se considera ser uma verdadeira princesa Disney. No entanto, há verdades incontornáveis e inquestionáveis: só está acordada durante 18 ínfimos minutos onde, além de não demonstrar quaisquer qualidades instigantes, parece meramente apostada em comprovar que a sua personalidade se resume a dançar, cantarolar e apaixonar-se por um Príncipe – aleatório e completamente desconhecido – em plena floresta. Não se trata apenas de um mau modelo feminino, mas sobretudo uma espécie de não-entidade flutuante: bela, mas perigosamente vazia.




14. BRANCA DE NEVE (A Branca de Neve e os Sete Anões, 1937) – OFICIAL

Por falar em dormir… ora aí está outra princesa que adormece (convenientemente) durante grande parte do seu filme, enquanto aguarda salvação por mais um daqueles Príncipes Encantados tão genéricos que nem nos lembramos do nome. Leva pontos extra por ser a protagonista da primeira longa-metragem da Disney, por não fugir desesperada quando se vê circunscrita a uma casa de campo isolada com sete homens barbudos, mas sobretudo, por ser “a” Princesa original. Uma verdadeira adepta de snacks saudáveis (mesmo que com origens duvidosas), Branca de Neve não é propriamente medrosa, mas divide geralmente o seu tempo a falar com pássaros, lavar pratos, fazer camas e quase falecer – várias vezes. Não exatamente um farol de progresso feminista…




13. CINDERELA (Cinderela, 1950) – OFICIAL

Quem consegue domar um par de sapatos de cristal durante um serão inteiro sem uma única bolha para contar a história merece, sem dúvida, a nossa mais elogiosa menção honrosa. É verdade que, emprisionada e forçada a uma vida de escravidão doméstica, Cinderela teve, realisticamente, muito poucas ocasiões para se emancipar. No entanto, e sem realmente tentar escapar da situação terrível em que se encontrava, em face de uma oportunidade despontada por uma Fada Madrinha com uma espécie de “Pimp My Ride: Versão Abóbora Temporizada”, a única alternativa que encontra de melhorar a sua vida é, essencialmente, engatar o Príncipe Encantado de serviço – e apostamos que também não te lembras do nome dele.




12. ARIEL (A Pequena Sereia, 1989) – OFICIAL

Figuras da mitologia universal ou personificações dos perigos ocultos do mar desconhecido, as sereias sempre cativaram profundamente a nossa imaginação. Todavia, mesmo depois de Tom Hanks ter sido salvo pela sereia dos seus sonhos em Splash (1984), Ariel permanece irrepreensivelmente como a sereia-modelo que todas nós já tentamos um dia ser, naquele fim de tarde longínquo na praia, procurando incansavelmente, mas sem sucesso, as duas conchas perfeitas que nos tapassem condignamente o nosso peitinho nu. Como ícone feminino, Ariel vacila: é péssima na gestão de decisões ou prioridades, mas apaixonada, impetuosa, luta por se fazer ouvir (com uma linda voz, por sinal) e arrisca tudo por aquilo que ama – ainda que aquilo que ama seja um rapaz que viu a tocar flauta na praia durante 5 segundos. Mas era muito giro. E bom… este pelo menos tem nome.




11. RAPUNZEL (Entrelaçados, 2010) – OFICIAL

Fechada desde que se lembra numa enorme torre Freudiana, é apenas natural que o Síndrome de Estocolmo e a juvenil inocência de Rapunzel se atravessem recorrentemente no caminho do seu progressismo feminino. Todavia, há que louvar-lhe a épica libertação patrocinada por um extraordinário champô fortificante no lugar de um canastrão impessoal com traços de modelo. Incrivelmente desembaraçada com o seu próprio cabelo (alerta trocadilho!), é uma das poucas Princesas Disney a usar assumidamente uma arma – ainda que seja uma frigideira.




10. JASMINE (Aladino, 1992) – OFICIAL

Se combinarmos ignorar o rácio impossível de ancas-cintura da Princesa Jasmine e o facto de o seu poder aliciante residir, essencialmente, na sua inflamada sexualidade, podemos concluir, democraticamente, que ela é extraordinária. Em primeiro lugar, tem um tigre como animal de estimação. Em segundo lugar, não deixa que os homens da sua vida lhe digam o que fazer. Em terceiro lugar, vamos falar do tigre Rajah? Em quarto lugar, viveu para comprovar que ser uma Princesa não a tornou mimada e que ser uma mulher não faz dela um prémio a reclamar. Em quinto lugar, o seu melhor amigo é um tigre. Em sexto lugar, é confiante, teimosa, corajosa e matreira. Em último lugar, já dissemos que tem um tigre?




9. ANNA (Frozen – O Reino do Gelo, 2013) – NÃO OFICIAL

Não podemos exaltar a importância de finalmente haver uma princesa Disney com quem não nos importássemos de partilhar uma saudável noite de borga. Como uma verdadeira millennial em estado de graça: Anna é resoluta e determinada, tem a ingenuidade adorável de quem acredita no melhor das pessoas, mas a coragem de por os pontos nos i’s quando lhe cheira a esturro. Socialmente desajeitada e com um otimismo a roçar a embriaguez, Anna compreende a importância da união familiar e não tem medo de vestir essa camisola. É, aliás, ela a grande chave para a resolução do berbicacho que se cria em Frozen, porque é o seu laço com Elsa que a ajuda a controlar o seu dom – por essa razão, Frozen acaba por ser uma viragem (positivamente) dramática no arco Disney: a sua grande história de amor não é entre um príncipe e uma princesa, mas entre duas irmãs que se salvam a si mesmas.




8. KIDA (Atlântida: O Continente Perdido, 2001) – NÃO OFICIAL

Se houvesse um prémio para a princesa mais esquecida do cânone Disney… provavelmente não iria para Kida porque ninguém ia lembrar-se dela. Afinal ela é “só” a filha de Kashekim Nedakh, rei de Atlanta, uma princesa guerreira com milhares de anos que é capaz de despachar intrusos e que, embora seja algo agressiva, tem também um coração nobre e um profundo respeito por todas as criaturas. Atlântida: O Continente Perdido tornou-se uma espécie de paragem de culto na história da Disney, pelo que esperamos que a gloriosa Kida tenha também o seu merecido lugar como ícone que tanto merece. Afinal, ela não é apenas uma princesa… é uma rainha!




7. ELSA (Frozen – O Reino do Gelo, 2013) – NÃO OFICIAL

Temos de começar por admitir que o massacre que foi ouvir “Let it Go” sem cessar ao longo de dois anos em todos os lados para onde nos virássemos não abonou a favor da Princesa-Rainha de Arendelle neste top. Ainda assim, e recuperados deste evento traumático, tentamos olhar em frente e recordar que os seus poderes são deveras impressionantes, que o seu penteado é digno de uma conta de Instagram própria e que o seu arco-narrativo é progressista e bastante inspirador. A vida não lhe foi fácil: desde os pais que tentaram esconder problemas em vez de os enfrentarem ao facto de ter sido obrigada a viver anos em reclusão afastada da própria família, até ao momento em que finalmente é liberta, mas tem toda a aldeia contra ela… enfim… quem não criaria um hino de libertação para todas as gerações depois desta tareia? Sem precisar que ninguém trave as suas lutas, Elsa tem, sobretudo, de combater-se a si mesma para soltar-se do medo e ser, finalmente, livre. É claro que no seu caminho para a emancipação quase destrói o seu reino mas, ei, quem nunca errou ou foi impulsivo que atire a primeira bola de neve.




6. BELLE (A Bela e o Monstro, 1993) – OFICIAL

Se Jasmine plantou a semente, Belle foi a primeira ramificação do progressismo contemporâneo das Princesas Disney. Resistindo às expectativas da sua vila daquilo que uma mulher “deveria” ser e sem medo de expressar a sua opinião, Belle é profundamente independente e a primeira Princesa a expressar algum ceticismo relativamente ao casamento. Nos tempos livres, gosta de ler, torna-se grande amiga de chávenas e candelabros e mostrou-nos que o aspeto não é tudo quando se ama de verdade – ainda que literalmente dois minutos depois tenha sido abençoada com o Euromilhões dos Príncipes Encantados.




5. MERIDA (Brave, 2012) – OFICIAL

A primeira protagonista feminina da Pixar é tão selvagem e indomável quanto o seu próprio cabelo, e no departamento do arco e flecha dá uma belíssima competição à Katniss Everdeen de Jennifer Lawrence. Pronta a desafiar o status quo que a sociedade (e a família) lhe impõe, Merida é rebelde e ousada (de uma forma totalmente kid-friendly) desafiando as noções de género, estilhaçando a noção retrógrada de “uma mulher decente” e recusando-se a seguir um destino alinhavado por outros. Perde pontos porque deixou que a mãe se transformasse num urso, mas Merida não pode ser domada e agarra sempre o touro pelos cornos – isso garante-lhe a primeira vaga no nosso excelso top 3.




4. POCAHONTAS (Pocahontas, 1995) – OFICIAL

Todos sabemos que, do ponto de vista histórico, Pocahontas é dos filmes mais imprecisos e violadores que podemos recordar, mas nem isso torna a sua protagonista menos notável – afinal, não é qualquer uma que consegue impedir uma guerra iminente entre nativos e colonos ou sequer pintar com as cores do vento. Pocahontas representa uma das raríssimas instâncias onde uma Princesa Disney tem a oportunidade de se engajar num interesse romântico, optando, no entanto, por aceitar o seu destino como algo maior. Fervorosamente independente, força a sua comunidade a respeitar alguns dos direitos fundamentais da Mulher ao mesmo tempo que obriga os seus coprotagonistas a abrir a mente e o coração entre si, pacificamente. No final de contas, é prova viva de que as donzelas nem sempre estão em perigo; por vezes são mesmo as donzelas a salvar outros tipos – de nada, John Smith.




3. TIANA (A Princesa e o Sapo, 2009) – OFICIAL

Dona do seu próprio negócio, Tiana é a única Princesa Disney a ter um emprego e a poder usufruir do Menu Business com sobremesa e café incluído no restaurante mais próximo. Ambiciosa e a mais prática de todas as suas pares, Tiana sempre se habituou a fazer acontecer, seguindo sempre os seus sonhos e apaixonando-se por um pé-rapado – o que por si só vem subverter a ideia de que as mulheres precisam de ser salvas por um Príncipe ricaço. Afinal, são muito poucas as Princesas fiscalmente responsáveis…




2. VAIANA (Vaiana, 2016) – NÃO OFICIAL

Pode não ter o argumento mais inventivo ou ser o filme instantaneamente mais icónico, mas Vaiana deu-nos finalmente a protagonista feminina que merecíamos: uma jovem força da natureza que não passa 90 minutos a preocupar-se ao que fará à sua vida sem uma figura masculina marcante – quer na forma de um namorado genérico ou de um pai benevolente. Nope, aqui não há disso. Vaiana – ou Moana, se preferirmos – preocupa-se com o seu futuro, com aquilo que será capaz de alcançar e com as barreiras que terá de quebrar para chegar onde nunca ninguém chegou, salvando o seu povo pelo caminho. Sem ser tecnicamente uma princesa – ela própria o clarifica várias vezes – Vaiana é a futura Chefe da sua tribo e em nenhum momento se deixa cair nas garras das “donzelas em perigo”. Combinando elementos da Disney tradicional e um enredo preocupado em dar o palco a etnias e raças usualmente sub-representadas pelo gigante do entretenimento, Vaiana deu-nos uma heroína desta era, para esta era, tão tridimensional como a sua deliciosa animação.




1. MULAN (Mulan, 1998) – OFICIAL

Todos sabíamos onde isto vinha parar: Mulan, apenas Mulan. É ela que desafia verdadeiramente os papéis de género na sua sociedade, voluntariando-se para ir à Guerra no lugar do pai e salvando um país inteiro enquanto desfila com um corte-de-cabelo que fez a si mesma com uma espada. Mulan é um ícone progressivo, uma lenda nascida antes de a Disney fazer das Princesas vigorosas o seu modus operandi. Mulan foi sempre a primeira.


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