Transformers: Era da Extinção, em análise

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  • Título Original: Transformers: Age of Extinction
  • Realizador: Michael Bay
  • Elenco:  Mark Wahlberg, Nicola Peltz, Stanley Tucci
  • Género: Ação, Aventura
  • 2014 | 158 min

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Os Transformers estão de volta para evitar a extinção da sua raça e a dos humanos.

Depois da batalha de Chicago, os Autobots começaram a ser perseguidos pelos humanos e por isso têm-se escondido desde então. Com a chegada de uma nova ameaça, Optimus Prime (Peter Cullen) parte em busca dos Autobots que restam para a travar.

O filme passa-se quatro anos depois dos acontecimentos do anterior. Agora os humanos vivem em alerta máximo no que toca a actividade alienígena, com o intuito de a eliminar, assim como possíveis ameaças. A premissa do filme não é má e parece ter tudo aquilo de que um filme dos Transformers precisa de ter, mas o grande problema foi terem tentado transformá-lo num filme humano. Com uma história em que os principais afectados pelo que se está a passar são os robôs alienígenas gigantes, os humanos são aqueles que ocupam mais espaço no maior filme do franchise. Grande parte do início do filme dá-nos a backstory das novas personagens humanas que vão tomar conta dos filmes, mas a verdade é que utilizaram demasiado tempo para isso. A história não é assim tão complicada que não possa ser contada em cinco minutos, mas eles estavam mesmo empenhados em fazer deste o maior filme da saga.

 

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Em termos de tempo este foi o maior, mas de resto deixou muito a desejar. Michael Bay não consegue apresentar-nos nada de novo. Muitos diziam que a fórmula para estes filmes já estava gasta e este prova isso. As únicas coisas novas, e que aparecem em excesso, são as perseguições de carros e a exploração de personagens. Já no anterior houve umas perseguições mas que rapidamente se tornaram em batalhas entre Autobots e Decepticons, mas agora eles decidiram dar-lhes um toque de “Fast Furious” e fazer perseguições mais longas e sem sentido nenhum para a narrativa. Verdade seja dita, até roubam a atenção a coisas que podiam ter sido muito mais gratificantes para o filme.

Quando os agentes do governo chegam à quinta dos Yeagers e descobrem o Optimus, dá-se início a uma perseguição, na qual a única coisa boa foram os momentos cómicos, que apesar de tudo, não dependiam daquela situação para funcionarem. Mas enquanto temos carros a andarem atrás uns dos outros, temos Optimus a fugir também. Ora, não era muito mais fixe terem posto o Optimus a lutar logo com aquela malta toda? Tudo bem que ele estava acabado na altura, mas também em nenhuma parte do filme ele e os Autobots tiveram vantagem sobre os seus inimigos, por isso porque não mais um bocadinho de batota aqui?

Depois temos aquele que se calhar foi o melhor aspecto do filme. Michael Bay decidiu finalmente explorar mais as personagens e criar personalidades para os robôs. O grande problema dos filmes anteriores é que não nos apresentavam os robôs de uma maneira apropriada. Diziam “olha aqui está o não sei das quantas” e pronto. Aposto que poucos sabem os nomes de mais do que de cinco personagens Transformers. Temos aqueles básicos, o Optimus Prime, Bumblebee e Megatron, estes todos devem saber até porque são dos poucos que aparecem em todos os filmes. Depois eles vão metendo novos que ninguém conhece e acabam sem os conhecer.

Este foi o único capítulo da saga em que, mesmo que não nos consigamos lembrar dos nomes, somos capazes de sair da sala e lembrarmos-nos de todos os Transformers que aparecem. Ou pelo menos dos mais relevantes. O único problema é que eles não se limitaram a explorar mais as personagens alienígenas, também tiveram de mexer com os humanos, e ninguém precisava de tanta exposição por parte destes.

 

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O interessante neste filme é que Bay se preocupou com os pedidos dos fãs, até em demasia, mas houve um aspecto que não mereceu tanta preocupação. O enredo deste é o mais confuso e sem nexo da saga. Do principio ao fim nada faz sentido. A acção desenrola-se pelo filme mas parece que não tem fios condutores nenhuns. Parece que saltam de sequência para sequência assim só porque lhes apetece. E depois temos a maior decepção do filme, que foram os cinco minutos em que os Dinobots aparecem.

Como já foi referido antes, em nenhuma altura do filme nós conseguimos acreditar que os Autobots têm alguma hipótese de lutar contra o que quer que seja e vencer, mas a verdade é que isso acontece. É para isso que os Dinobots servem neste filme. Para que na luta final pareça que os nossos heróis, com a sua ajuda, podem ser capazes de derrotar os maus da fita. Mas na verdade, é que nem com a ajuda deles nós conseguimos acreditar nisso, porque muito grandes que os Dinobots sejam, três ou quatro deles não consegue dar cabo de dezenas de pseudo-Decepticons. Se era para meterem os dinossauros deviam tê-lo feito de maneira a que estes marcassem presença a sério no filme, porque assim não valia a pena.

Este filme apresenta-nos um elenco inteiramente renovado. Mark Wahlberg toma a liderança do frachise e a verdade é que ficamos com saudades de Shia LaBeouf. É verdade que a personagem de Shia não se fazia sentir como um herói de acção, mas era o que dava um ar mais leve aos filmes. Wahlberg por outro lado tem o que é preciso para ser um herói de acção, só que a certa a altura já ficamos fartos de estar sempre a ver a mesma coisa. Depois colocam Wahlberg a fazer de técnico electrónico, quase a puxar para o nerd, e por muito bom actor que ele possa ser, ninguém compra essa. Nicola Peltz toma o lugar de sex symbol da saga. Sim é um bocado triste dizer sex symbol mas é a única coisa capaz de o descrever, porque de resto ela não está lá a fazer nada, a não ser gritar.

A verdade é que com tantas personagens novas aquela que mais nos cativa é a de Stanley Tucci. A sua personagem, Joshua Joyce, é a única que sofre alguma alteração ao longo do filme. Para além de uma viagem interessante, o trabalho de Tucci faz dela a melhor coisa que o filme tem para nos oferecer. Nos futuros filmes eles podem muito bem esquecer Wahlberg e dar o protagonismo à personagem de Tucci.

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Os Transformers também sofreram alterações interessantes. Optimus Prime recebeu um maior protagonismo na acção, sendo uma peça fulcral nesta. Por outro lado, Bumblebee perde bastante relevância no filme, estando apenas presente por ser um favorito do público. Depois temos os Autobots no geral que se tornaram muito mais violentos do que nos filmes anteriores. Visto estarem a ser perseguidos pelos humanos que em tempos juraram proteger, isso fá-los questionar esse juramento, e foi interessante ver que mesmo assim eles lutam internamente entre se são ou não capazes de matar humanos.

Por fim temos o grande impulso para futuros filmes, o regresso de Megatron, mas desta vez chama-se Galvatron, um Transformer criado por cientistas humanos. Apesar de Optimus Prime ter partido para o espaço atrás dos seus criadores, a única maneira de o próximo filme se passar no espaço é talvez se Galvatron, a.k.a. Megatron, o seguir porque na Terra este está sozinho. Também não sabemos se ainda existem Decepticons no espaço para receber as suas ordens, mas podia ser interessante ver os Autobots a lutarem contra uma das outras espécies de extra-terrestres que aparecem na nave do caçador de prémios. A verdade é que eles abriram muitas possibilidades interessantes, mas depois deste filme não parece que eles as venham a aproveitar.

“Transformers: Age of Extinction” é um novo início para a saga, e se é isto que podemos esperar daqui para a frente, mais vale recuperarem tudo o que perderam nos anteriores.

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O que começar por dizer sobre a saga de Transformers no Cinema? Começo por dizer que são filmes de acção brutal, carregados de efeitos especiais, onde podemos ver robots alienígenas que se transformam em veículos, lutando entre si, e destruindo tudo à sua passagem, ou seja somos os danos colaterais da sua guerra. Depois há o que na generalidade divide opiniões, fãs das séries animadas e da linha de brinquedos da Hasbro, fãs da saga cinematográfica e a comunidade crítica de cinema, onde as suas opiniões geram um confronto, como se fosse a eterna batalha entre Autobots e Decepticons. Por fim, há a participação do mediático realizador Michael Bay na adaptação destes personagens ao cinema, onde lhe foi dada total liberdade para fazer o que ele faz de melhor, destruição total. A saga dos Transformers começou em 2007 e desde então tornou-se nas sagas mais rentáveis de sempre, no cinema. O sucesso comercial destes filmes, ninguém lhes tira, mas em contrapartida a sua aceitação por parte da comunidade dos críticos foi um fiasco. Sejam como for, enquanto este género de entretenimento, render algum dinheiro aos estúdios da Paramount, eles vão continuar a apostar no mesmo cavalo. 

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Falando agora do novo filme dos “Transformadores”. Este filme pretende dar início a uma nova trilogia cinematográfica, e para isso desligou se completamente dos personagens humanos dos primeiros filmes, bem como de alguns personagens robóticos, só os mais mediáticos ficaram, ou seja Optimus Prime e Bumblebee são os únicos sobreviventes, que estão de volta. Depois de alguns anos após a invasão dos Decepticons ao nosso mundo, onde houve uma grande batalha entre Autobots e Decepticons que reduziu a cidade de Chicago em escombros, os poderosos robôs alienígenas desapareceram e os que ficaram vivem escondidos no exilio, onde são atualmente caçados pelos humanos, para serem destruídos, pois até os Autobots tem a cabeça a prémio. Apresentando uma nova trama, onde nos é explicada vagamente a extinção dos dinossauros no nosso planeta deveu-se a um plano de origem Transformer. A origem dos mesmos dependeu disso, e no futuro, este novo confronto vai depender do mesmo também.

Introduzindo os novos personagens humanos, Cade Yeager (Mark Wahlberg), um inventor amador, encontra um camião abandonado, que mais tarde vem a descobrir que, o velho veículo é na verdade o líder dos Autobots, Optimus Prime. Cade trá-lo de volta à vida, e juntamente com a sua filha Tessa Yeager (Nicola Peltz) entram na mira das autoridades americanas, que perseguem Optimus. Com o auxilio de um misterioso Transformer, a Empresa que está por detrás desta perseguição aos Autobots, é liderada por Joshua Joyce (Stanley Tucci) e Harold Attinger (Kelsey Grammer), produz armamento utilizando tecnologia Transformer, e produz também uma nova gama de Transformers, entre os quais encontramos Megatron que é trazido à vida como Galvatron e são fabricados através do metal transformium, obtido nos jazigos minerais do nosso planeta. É a partir daqui que se inicia a luta contra a Extinção, onde Optimus Prime vai precisar de um auxílio especial, os famosos Dinobots.



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Um dos pontos fortes deste novo filme é o que sempre foi em toda a saga, o aspecto visual do mesmo. Os efeitos visuais são excelentes, são muito complexos e muitos realistas. Os Transformers estão cada vez mais elaborados e é um delírio visual assistir às suas transformações. Destaco os novos upgrades de Optimus e Bumblebee, os novos personagens, e principalmente os Dinobots que encheram as minhas expectativas como fã, pois adorei vê-los em acção, só é pena que apareçam só na parte final do filme, ainda assim é um prazer vê-los a arrasar os seus inimigos como se fossem presas para uns predadores famintos. Espero que estes personagens tenham mais direito de antena nos próximos filmes. Outro ponto positivo são as elaboradas cenas de acção, que Michael Bay domina como ninguém. A sua visão da acção é claramente perfeita e exigente, onde a sua loucura pela destruição está bem presente, e já é sua imagem de marca em todos os seus filmes, mesmo assim há que reconhecer que este realizador domina o género e ele entende como ninguém que numa “Guerra”, há caos e destruição e a melhor forma de o demonstrar no grande ecrã, é sabe-lo criar na perfeição. A nível visual duas palavras bastam para definir este filme está EXCELENTE e muito REALISTA. Cenas de acção brutais que vão fazer delirar qualquer fã desta saga e de filmes de acção, recomenda-se que vejam, se tiverem oportunidade, o filme em 3D ou IMAX 3D, pois tiram melhor partido da acção.

Michael Bay aprendeu com os erros do passado, e voltou a trazer os Transformers para um nível, muito mais sério desenvolvido pelo primeiro filme, onde a ameaça alienígena é levada a sério, mas ele continua a insistir nos mesmos erros. O argumento deste filme continua a ser o principal ponto fraco, bem como de toda a saga. As cenas de comédia imbecil, foram reduzidas ao máximo, o que já é bom, mas o “Bay nonsense” continua lá. Muitas lacunas pelo meio, onde há muitas coisas que não fazem sentido, e ainda perguntas que ficam sem resposta, principalmente no que diz respeito à extinção dos Dinossauros e a sua relação com a origem Transformer. O porquê das autoridades mundiais se virar contra os Autobots, quando estes os ajudaram muito, contra os Decepticons. O que por vezes torna o filme um pouco aborrecido em certas cenas. A montagem das cenas não tem um ritmo certo e notasse uma certa incoerência, seja como for, este é o estilo de Bay, e não podemos deixar de realçar que ele faz sucesso. Acho que o que falta aqui é um bom argumentista para esta saga, pois Ehren Kruger, deixa muito a desejar. Os cinéfilos mais exigentes não esperem melhorias, pois é mais do mesmo que MB já nos habituou, muita acção, muitas explosões, muita destruição e efeitos visuais que nos vão fazer delirar.

TRANSFORMERS: AGE OF EXTINCTION

 

A BSO continua a cargo do compositor Steve Jablonsky, que já é uma presença habitual nos filmes de Bay, o seu estilo está bem presente no som épico e apocalíptico do filme, mas desta vez os Linkin Park deram lugar aos Imagine Dragons com o tema “Battle Cry”, que na minha opinião é um tema lindíssimo só que não tem a mesma força dos temas anteriores dos LP. Por fim o trabalho dos actores é razoável, embora sejam os uns meros figurantes neste tipo de cinema, eles demonstram o seu grande talento como actores. Mark Wahlberg já é um actor habituado à acção e neste filme encontra-se no seu ambiente natural, já os actores Stanley Tucci e Kelsey Grammer são de outra escola, são actores mais experientes mas que deixam aqui o seu contributo em papéis que não foram muito exigentes, apenas se deixaram levar pela loucura dos Transformers. Quanto às actrizes de serviço temos Nicola Peltz, Sophia Myles e Bingbing Li, as meninas bonitas que Bay gosta de idolatrar nos seus filmes. Os diálogos dos actores não são para ser memoráveis, mas eles conseguem dar alguma personalidade aos seus personagens.


Numa escala de avaliação de 0 a 10, dou-lhe a este filme um 7, por ser um dos meus guilty pleasures cinematográficos. Para mim é um bom filme de acção, não sou exigente ao ponto de esperar mais deste género, pois este filme é puro entretenimento, e quem gosta, sabe o que espera, quem não gosta, pode optar por outros géneros. Pois o que para uns é ouro, para outros é lixo, e vice-versa. São opiniões!

Em conclusão, este quarto filme, e o primeiro de uma nova saga, começa bem, dentro do mesmo. Os espectadores menos exigentes, fãs e apreciadores de um bom delírio visual vão gostar deste filme, um poderoso filme de acção a não perder, um dos grandes Blockbusters deste verão. Recomendo.

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