WhatsApp resolve finalmente falha grave de segurança nas conversas
Uma gravíssima falha de segurança do WhatsApp foi finalmente corrigida. Porém, a Meta optou por nem sequer se pronunciar sobre este problema agora resolvido!
Sumário:
- O WhatsApp, com mais de três mil milhões de utilizadores, destaca-se pela segurança com funcionalidades como encriptação de ponta a ponta, verificação em dois passos e conteúdos de visualização única;
- Apesar disso, falhas recentes permitiram guardar e visualizar indefinidamente conteúdos de visualização única, comprometendo a privacidade dos utilizadores;
- O Meta corrigiu a vulnerabilidade em janeiro através de uma atualização no servidor, mas não emitiu declarações públicas sobre o problema.
O WhatsApp, a plataforma de mensagens mais utilizada em todo o mundo – com mais de três mil milhões de utilizadores – é, sem margem para dúvidas, também uma mais seguras da atualidade. Prova inequívoca dessa segurança está em funcionalidades como encriptação de ponta a ponta, verificação em dois passos e conteúdos (tanto em imagens, vídeo e áudios) de visualização única.
Ainda assim, embora tenha passado despercebido à grande maioria dos internautas, a verdade é que esta última ferramenta levantou profundas preocupações nos últimos tempos.
Isto porque em setembro passado, o investigador Tal Be’ery descobriu que era possível guardar conteúdos de visualização única no WhatsApp Web, mesmo sendo uma funcionalidade exclusiva das aplicações Android e iOS.
O problema foi resolvido em dezembro, mas uma nova falha surgiu em janeiro, permitindo que os utilizadores iOS visualizassem indefinidamente conteúdos multimédia de visualização única. A vulnerabilidade foi destacada pelo utilizador Ramshath no Medium, que apontou que o Meta estava a trabalhar numa solução.
Como funcionava esta grave falha do WhatsApp?
Para ‘explorar’ a falha, bastava abrir e fechar um ficheiro de visualização única num chat. Em seguida, era necessário aceder às Definições do WhatsApp, selecionar a opção “Armazenamento e dados” e, depois, “Gerir armazenamento”.
Quando localizado o contacto que tinha partilhado o ficheiro, podia-se ordenar os conteúdos recebidos por ordem dos mais recentes. Assim sendo, o ficheiro multimédia, que deveria ser exibido apenas uma única vez, tornava-se novamente visível, contrariando desta jeito a sua funcionalidade original.
O Meta corrigiu o problema sem necessidade de uma nova atualização de software, implementando uma correção no servidor. Embora a alarmante vulnerabilidade tenha sido resolvida, o gigante tecnológico não emitiu declarações oficiais sobre o caso até ao momento, o que deixa algumas dúvidas no ar sobre se o objetivo era ‘passar um pano’ no assunto.
Tinhas sequer noção de que o conteúdo de visualização estava ‘exposto’?