The White Lotus T3, Primeiras Impressões | Esta série consegue sempre reiventar-se
Apenas com as primeiras impressões da nova temporada de “White Lotus”, percebemos que a série da Max consegue sempre reinventar-se.
Cada temporada de “White Lotus” abre as portas a um novo conjunto de ricos. Que depois se dedica a remexer e manipular, até deitar cá para fora todos os seus podres. Algo que os retira do pedestal e os torna humanos.
É isto que faz “White Lotus” ser uma série tão adorada. É a sátira e o exagero que utiliza para mostrar que até os mais ricos, ou sobretudo os mais ricos, têm problemas, e grandes. E apesar da série seguir sempre a mesma premissa, consegue reinventar-se constantemente.
Na base está um homicídio que acontece durante umas férias paradisíacas num lugar idílico. Voltamos atrás para conhecer os suspeitos, que podem ser do staff do hotel, ou os hóspedes. Por fim, vamos desenterrando todos os segredos destas personagens até ao fatídico momento do crime.
Mesmo assim, o criador e argumentista da série da Max, Mike White, consegue sempre surpreender-nos. Nesta terceira temporada viajamos até à Tailândia, para receber novos e enigmáticos hóspedes. O primeiro episódio abre com uma sequência em que a paz dá lugar a um tiroteio no hotel, e que é a melhor cena de abertura de toda a série.
As comparações com as temporadas anteriores de White Lotus
Na primeira temporada ninguém sabia o que esperar. Todos fomos surpreendidos por esta série tão original como dramática, repleta de um trágico humor. Há segunda voltamos a cair na ideia de que poderá haver personagens boas e inocentes. Spoiler, não há.
Na terceira temporada já não vamos ao engano. As falhas de cada personagem são notórias a partir do momento em que vemos os primeiros diálogos. A única personagem que nos pode enganar aqui, pois já conhecemos a sua bondade, é a adorada “Belinda”, personagem de Natasha Rothwell, que conhecemos na primeira temporada.
Há, ainda, uma grande surpresa neste episódio. Que todos ansiávamos por ver, mas que a Max manteve em segredo até ao dia da estreia. Em como assim foi, também não vamos ser nós a estragar a surpresa com um spoil.
Enquanto que, na primeira temporada fomos apanhados de surpresa com a banda sonora icónica da série. Que tinha o objetivo de transmitir tensão e desconforto, ao mesmo tempo que os episódios iam revelando os problemas entre as personagens. Na segunda temporada eram aquelas sequências do mar e das ondas a bater nas rochas que nos transmitiam receio pelo que estava por vir.
Já na nova temporada, temos uma nova música introdutória, que ainda pouco revelou. E temos paisagens incríveis, que só nos transmitem paz, mesmo sabendo que a tempestade está para chegar ao hotel.
Assim, aquilo em que podemos pegar, mesmo parecendo algo ridículo, são os macacos que passeiam pelo resort, e que são muitas vezes o centro de pequenos diálogos. O que nos leva a crer que podem ter alguma importância na história, mesmo que de uma maneira subtil que não imaginamos agora.
Os três macacos sábios
First ep featuring a lot of monkeys… Genius. #TheWhiteLotus pic.twitter.com/stjvLmI8tp
— Danny Palmer (@palmer102) February 17, 2025
Os diálogos de “White Lotus” são meticulosamente bem escritos e criados. Nenhuma troca de palavra é inocente. Tudo quer dizer alguma coisa e easter eggs são plantados a todo o momento.
O mesmo acontece para cada imagem. Como já falámos, os macacos parecem ter aqui uma própria personagem. São, definitivamente, elementos importantes. Um momento que ilustra este caso é quando os três irmãos, interpretados por Patrick Schwarzenegger, Catherine Hook e Sam Nivola, estão sentados em fila.
Um dos irmãos tem uns óculos de sol, o outro uns fones nos ouvidos e o terceiro a mão à frente da boca. Esta é uma representação dos provérbio dos três macacos sábios. Um não vê o mal, outro não ouve o mal e o terceiro não fala do mal. O que quererá dizer na série, é o que havemos de descobrir.
Este foi um episódio totalmente introdutório, mas já tens teorias do que irá acontecer nesta terceira temporada?