7 Razões porque adorámos o NOS Primavera Sound

Fomos ao NOS Primavera Sound e ficamos apaixonados. Como dizia, e bem, o Arizona Man, Howe Gelb, líder patriarcal da banda/escola Giant Sand, “This place is beautiful, man. Was it a mistake?

 

Em primeiro lugar, a música. Em segundo, a música. E em terceiro, obviamente, a música

Blur, My Bloody Valentine, Nick Cave & the Bad Seeds, The National, Interpol, Patti Smith, Wilco, Yo La Tengo, Pixies, Björk. Todos eles passaram pelo Parque da Cidade do Porto. E já nem falamos de The War on Drugs, James Blake, The xx e tantos outros que por lá passaram quando eram muito menos conhecidos do que são hoje. É uma máxima que o NOS Primavera Sound privilegia: tudo o que é boa música, passa primeiro por aqui.

Foxygen
Foxygen para mais tarde recordar. © Hugo Lima

O Parque da Cidade do Porto e a sua magnífica colina verde

A comunhão com a Natureza num espaço tão belo como o Parque da Cidade do Porto é porventura o maior trunfo do NOS Primavera Sound. De um lado a brisa marítima, do outro o vento que dança sobre as árvores e sobe as colinas verdes. O festival da invicta tem o espaço que qualquer festival por esse mundo fora gostaria de ter.

O manto verde em frente ao Palco NOS © Hugo Lima

A diversidade e o equilíbrio

Num momento estamos a bater o pé, a saltar e a berrar com um bom rock and roll, para na hora seguinte estarmos sentados na relva a apreciar um espetáculo bonitinho e indie em formato acústico. No NOS Primavera Sound há um pouco de tudo para ver. Mas melhor que isso: há equilíbrio. Não só nas escolhas do cartaz, mas na gestão dos espaços, no design e marketing do festival e na política de pouca agressividade publicitária por parte dos patrocinadores.

Respirar a Natureza © Hugo Lima

O pôr do sol (quando há sol)

Durante o concerto de José González, o céu estava assim. E não precisamos de dizer mais nada.

Pôr do sol, dia 5 de junho © Rui Ribeiro

Aqui não há o síndrome dos baixinhos

Os anfiteatros naturais que se erguem diante dos dois palcos principais são o que as pessoas de estatura mais baixa desejam que haja em todo o lado. No NOS Primavera Sound, não é preciso ser muito alto ou ser muito habilidoso na arte de esticar os pés para se poder ver um concerto como deve ser.

Concerto de José González © Rui Ribeiro

A comida, as tasquinhas, o mercado

O NOS Primavera Sound promove uma zona dedicada a alguns dos mais carismáticos espaços de petiscos do Porto e combate a habitual presença massiva de barraquinhas com franchises de fast food. É que nem sabem o bom que sabe comer uma bela sandes de presunto no intervalo entre Foxygen e Damien Rice. Os sabores artesanais misturam-se ali em prol da música e das nossas energias. Isto já para não falar nas maravilhas que se encontram no Mercado do Primavera.

Mercado do Primavera © Hugo Lima

A organização é a Meryl Streep dos Festivais de Música

Entradas e saídas sem grandes filas, sistema de entrada facilitada com leitura de cartões com códigos de barras, espaços amplos com lotações limitadas para que não andemos todos aos empurrões, concertos nos dois palcos principais são intercalados sem sobreposições, seleção meticulosa das tasquinhas da zona da restauração, a simpatia com que nos trataram na zona de imprensa… poderíamos estar aqui o dia todo a enumerar as razões porque o NOS Primavera Sound – e a sua organização – é uma espécie de Meryl Streep dos Festivais de Música.

Baloiço Porto. © Hugo Lima

 

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