Arrow | Primeiras impressões da quarta temporada
Um dos mais adorados programas de televisão regressou esta temporada para o quarto capítulo da sua história. “Arrow” segue agora a vida de Oliver Queen (Stephen Amell) após a vitória sobre Ra’s Al Ghul (Matt Noble). O alterego do super-herói Green Arrow lida agora com as consequências pessoais das suas decisões, enquanto que é obrigado a enfrentar um novo inimigo mistíco em Damien Dhark (Neal McDonough).
Após uma desastrosa terceira temporada a equipa “Arrow” precisava urgentemente de revitalizar o tema da série para manter as audiências emocionalmente ligadas ao arqueiro da actual Star City. Felizmente o consenso geral é que o nome “Green Arrow” não veio só trazer um novo lado de Oliver Queen, mas sim, uma nova energia criativa no futuro de todos os envolvidos.
Lê ainda: Tudo o que sabemos sobre a quarta temporada de Arrow
A narrativa é benefíciada pela intersecção e junção dos subplots de cada personagem. Os atritos entre Oliver e Diggle (David Ramsay) saltam logo à vista de todos, e explora um novo lado da relação da dupla quase-irmãos. Não é segredo que Diggle foi dos pontos fortes da última temporada, e juntamente com uma nova identidade secreta, parece preparado para manter esse posto. Em contraste o romance Oliver / Felicity (Emily Bett Rickards) foi do que mais se arrastou e apesar de agora o casal parecer estar feliz, esta camada de ambos, não necessita de ser tão altamente explorada. Felizmente os escritores parecem ter apanhado essa falha, pois Felicity parece renovada, seja sobre a forma de ajudante/namorada ou então como CEO da Palmer Thecnologies.
Para não falhar, as personagens secundárias têm um desafio deles próprio a debater – Thea Queen (Willa Holland) é a nova vigilate de Star City, e ela própria terá de enfrentar as consequências de ser revivida pelo Lazarus Pitt. A sua nova agressividade deixa as suas cenas mais intrigantes, pois uma carta fora do baralho significa que tudo pode acontecer. E para a família Lance, quer Laurel (Katie Cassidy) quer Det. Quentin Lance (Paul Blackthorne) parecem estar de mãos cheias – a jovem Canary com aspirações em trazer a sua irmã dos mortos, e o Detetive a trabalhar juntamente com o grande vilão da temporada Damien Dhark, isto por razões ainda não reveladas.
A presença de Neal McDonough no cast apenas enriquece a história, e traz um certo carisma necessário para a personagem de Damien Dhark. Agressivo, manipulador, calculista e um certo dóminio por artes místicas torna-o um dos maiores inimigos que a equipa Arrow alguma vez enfrentou. O actor veterano não é estranho ao papel de vilão nem ao mundo dos heróis, contando com presenças elogiadas na série ‘Suits’ da USA Network. A sua demanda por controlar Star City com o seu grupo de assassinos da H.I.V.E. apenas poderá ser parada por “Green Arrow”, mas como revelado no fim do episódio piloto da quarta temporada, algumas casualidades são esperadas. (Please, let it be Felicity). Diggle parece ser o que tem um problema pessoal com o grupo de assassinos, isto devido à morte do seu irmão anos antes, e possivelmente, poderá ser o mais esperado a ter de se despedir do programa.
Vê ainda: Arrow | Divulgado trailer da quarta temporada
Independentemente de tudo as performances de “Arrow” continuam no seu estado básico, mas credivel o suficiente para acompanharem o argumento e os diálogos quasi-cliché já associados ao mundo da DC Comics na CW Network. Felizmente no geral, a quarta temporada é um grande salto de qualidade quando comparado com a sua predecessora, e toda a intriga causada nos dois primeiros episódios, dão-nos a esperança de que uma nova grande história estará por vir. Afinal de contas sabemos já que alguém irá morrer, e que presenças como Constantine, Malcolm Merlyn, Mister Terrific, Flash e outros estão mais do que confirmadas.
Talvez entrar por terras místicas é exatamente a fórmula secreta para manter a série fresca e criativa. Isto e claro, o facto de que agora estamos prontos para ver Mayor Oliver Queen. Now that’s someone else, I mean something else.
