Daredevil | Segunda temporada em análise

Mais uma temporada de Daredevil muito bem conseguida e que vem dar solidez à parceria Netflix-Marvel Studios

(Spoiler free)

Depois  de uma primeira temporada de “Daredevil”  muito boa, a série continua com muito boa qualidade. Qual a melhor temporada? São diferentes. Nesta segunda não era preciso um enquadramento de quem era Matt Murdock ou de onde ele vinha e por isso era preciso começar em grande, uma vez que o elemento surpresa já se tinha perdido. Colocar mais acção e adrenalina no inicio era o caminho a seguir e foi justamente o que fizeram. Um começo centrado em Punisher com um”All-in” na vertente da acção.

Charlie Cox foi sem dúvida uma grande escolha para o papel do homem sem medo e apresenta nesta segunda temporada um arco interessante quer com pela influência de Frank Castle, quer com a posterior entrada de Elektra Natchios. Manter Hell’s Kitchen em ordem começa a ser serviço a mais para um homem só, e essa é a linha que acompanha estes 13 episódios. No curto prazo gerou muitos e bons diálogos entre Matt Murdock e Frank Castle e a longo prazo serve claramente de rampa de lançamento para “Defenders” que se espera que chegue no final do ano.

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Daredevil

Os criadores desta série optaram desta vez pela ausência de um grande vilão e decidiram integrar duas novas personagens, cada uma com os seus “fantasmas”, de maneira a enriquecer a história e o enquadramento para um mal maior que certamente terá o seu retorno em próximas temporadas. A execução de Jon Bernthal como Frank Castle é sublime! A escolha para este papel não poderia ter sido mais adequada. Ele representa na perfeição todo o seu conflito interior e dá vida a uma mítica personagem das BD’s que poderá eventualmente dar o salto para uma série própria. Elektra é uma excelente surpresa, por duas razões, primeiro porque Elodie Yung consegue trazer ao de cima os dois mundos de uma personagem muito antagónica, quer pela sua sensualidade, beleza e sensibilidade, quer pela brutalidade da realidade onde cresceu e que a rodeia, em segundo porque fez o espectador esquecer que alguma vez existiu uma Jennifer Gardner.

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Foggy Nelson, o grande amigo do nosso herói ganha mais protagonismo nesta temporada, justificado, porque está completamente à altura do desafio, quer a personagem, quer o ator. A história dele leva-o por um caminho interessante e com certeza que vamos vê-lo mais vezes, e talvez até fora de Daredevil. Em relação a Karen Page, é importante fazer a pergunta, “estudaste na mesma faculdade de Lois Lane?”, isto porque para uma super-investigadora às vezes falha no que está mesmo à frente do seu nariz.

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Daredevil

Foi bom rever alguns personagens da primeira temporada (e são várias), algumas delas protagonizam inclusivamente grandes momentos e grandes mudanças na história. Como pontos negativos, apenas alguns erros de raccord que a Netflix teima em fazer com pormenores que já tinham sido vistos, por exemplo em Jessica Jones. Alguma discrepância em cenas de luta. A dificuldade desce ou sobe consoante o número de adversários que Daredevil combate, e não no sentido certo. E um fim um pouco anti-climático para Elektra.

Em suma, Daredevil é um grande produto televisivo, para fãs ou não de BD, continua uma série madura e que deixou muitas pontas soltas para Defenders pegar ainda antes da sua terceira temporada.


 

Título Original: DaredevilDaredevil
Realizador:  Artaud Desplechin
Elenco: Charlie Cox, Jon Bernthal, Elodie Yung 
NOS | Ação | 2016 
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DCS

 

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