Karen Gillan fala sobre o regresso de Nebula em Guardiões da Galáxia 2

Nebula está de volta neste segundo filme e Karen Gillan revelou-nos em exclusivo a sua experiência na produção e o que podemos esperar do seu regresso! 

Nebula foi uma das antagonistas em Guardiões da Galáxia, irmã adoptiva de Gamora e, o braço direito de Ronan, O Acusador. A actriz Karen Gillan interpreta esta personagem e confirma o seu retorno em Guardiões da Galáxia 2, onde ficaremos a saber um pouco mais sobre Nebula e sobre as suas motivações para ter sido uma das principais vilãs no primeiro filme. Karen Gillan, também conhecida por ter interpretado Amy Pond na famosa produção da BBC, Doctor Who, fala um pouco sobre como foi integrar esta produção e trabalhar com o realizador James Gunn.

Karen Gillan, Guardiões da Galáxia, Guardians of the Galaxy Vol. 2, Marvel Cinematic Universe, Universo Cinematográfico da Marvel

MHD: Fale-nos do primeiro filme.

Karen: Não sei se alguém estava à espera que o primeiro filme dos Guardiões fosse tão bem sucedido como foi. Superou as expectativas de todos. Sabíamos que estávamos a fazer algo muito bom na altura. Isso ficou bem claro. E James Gunn, o realizador, teve uma visão incrível, e a sua identidade estava no filme todo. Por isso, sabíamos que era muito especial. Mas não sabíamos se as outras pessoas iam pensar o mesmo. Além disso, era uma das bandas desenhadas que não eram muito conhecidas.

Lembro-me quando fomos à Comic Con para mostrar um teaser trailer. Mostrámos, e senti simplesmente que o público estava tipo, “O que é isto? É algo novo.” E foi muito emocionante. Quando o filme estreou, explodiu. Toda a gente estava tão animada, e senti-me muito bem, porque conseguimos afirmar estas personagens. Fomos as primeiras pessoas a interpretá-las e isso foi realmente muito especial.

 

MHD: Fale-nos da transição da sua personagem Nebula para o segundo filme.

Karen: Nebula foi a vilã do primeiro filme de Guardiões. E é isso que adoro nela, para ser honesta. Adoro que tenha um verdadeiro lado negro e ter de explorar isso, o que é muito bom. No segundo filme, ainda é má. Mas vamos entender melhor as suas motivações para ser má. E isso não a pode tornar assim tão má, porque assim que desenvolvemos empatia com alguém e entendemos o porquê daquilo que fazem, já não parecem tão maus. Isso vai acontecer com Nebula, sem dúvida. Vai-se juntar aos Guardiões, porque estão a lutar pela mesma causa ao longo do filme. Acaba também por se transformar num Guardião relutante durante este filme. Quando li o guião, fiquei tão animada, porque tem um papel muito maior e conseguimos entendê-la muito melhor. Tornou-se numa personagem com mais camadas e interessante.

 

MHD: O que é que a apaixonou neste novo guião?

Karen: Quando o guião me foi entregue em mãos, li imediatamente e ri-me às gargalhadas. Achei que era ainda mais engraçado do que o primeiro filme. Mas também chorei. Lágrimas de verdade. Fiquei estupefacta. Tudo o que adorei no primeiro filme está no segundo filme. Mas de forma aumentada.

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MHD: Fale-nos da música.

Karen: A música é vital para esta franquia, diria. Desempenha um papel enorme. Foi muito importante no primeiro filme. Era disso que as pessoas falavam quando saíram do cinema, que tinha gostado muito. E tem um papel ainda maior no segundo filme. Todas as músicas estão escritas no guião. Sabemos quando vão tocar. James Gunn pôs a tocar para nós no cenário,oe que nos une como atores. Estamos todos a sentir mais ou menos a mesma coisa. Estamos a dar uma resposta à música. É algo subconsciente; conecta-se a uma parte diferente do cérebro das palavras ou das imagens. É por isso que, na minha opinião, as pessoas respondem tão bem a ela. Há uma série de novas músicas na nova banda sonora que nunca ouvi, acho que vamos introduzir algumas faixas novas e frescas e outras mais antigas à nova geração.

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MHD: Fale-nos da relação de Nebula com Gamora.

Karen: Nebula e Gamora sempre tiveram um relacionamento turbulento. Ambas estão a sofrer de problemas parentais, uma vez que o pai de ambas é Thanos. No primeiro filme terminaram mal. Estavam numa grande sequência de luta juntas, em que Nebula corta a sua mão e foge. Quando as encontramos no segundo filme, Nebula ainda está bastante irritada com Gamora. E Gamora também não está muito feliz com ela. Nebula tem uma missão muito clara neste filme, que é assassinar a sua irmã e depois torturar o seu pai. Essas são as suas principais motivações. Gamora está ciente disso. E por isso tem de prender Nebula para a impedir de a magoar. Mas durante o filme, começam a ser honestas uma com a outra e falam sobre os seus sentimentos. Nebula fala sobre o porquê de se sentir daquela maneira e porque está tão zangada. O que é completamente inesperado nesta personagem.

 

MHD: Como é trabalhar com Zoe Saldana?

 Karen: Adoro trabalhar com Zoe Saldana. É como uma irmã mais velha para mim. É tão experiente neste tipo de filmes. Faz muitos de filmes de ação, então sabe o que fica bem. Ajuda-me muito nas sequências de luta. Quem nos vê no cenário a representar juntas, vê que está constantemente a mexer com a minha posição. Estou muito grata por isso, porque quero aparecer bem.

Outro aspeto sobre Zoe é que trabalha com os instintos, diria. Sinto que absorve a energia das outras pessoas com muita facilidade. Tira impressões das pessoas o tempo todo e acerta. Sempre que fico mais emocional, pega nisso. É muito receptiva enquanto atriz.

 

MHD: Como é a relação de Nebula com os outros Guardiões?

Karen: Nebula é um tipo de Guardião relutante neste filme. Não quer estar necessariamente com eles, porque gosta de sair e fazer o que quer. E tem uma vingança contra a sua irmã. Penso que ao longo do filme vai começar a gostar de estar com os Guardiões e de estar numa missão com eles e ter quase uma família, algo que nunca tinha tido.

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MHD: Fale-nos da imagem de Nebula.

Karen: Nebula tem um novo visual neste filme. Faz algumas negociações com os Saqueadores neste filme e é renovada, o que é muito emocionante. Também tem um fato de Saqueador vermelho, muito giro. Ainda é careca e azul.

 

MHD: Fale-nos na sua transformação nesta personagem.

Karen: Um dia típico na preparação de Nebula seria chegar às quatro da manhã. E passaria uma hora a enrolar o cabelo, para que possa ser careca. Sento-me na cadeira de maquilhagem cerca de duas horas e meia, enquanto me colocam toda a pele de Nebula. Basicamente, entro na sua pele, que é um pouco assustador, e depois entro no fato. Comparado com o último filme, que levou cerca de cinco horas, agora demoramos cerca de três horas e meia, o que me deixou muito entusiasmada.

 

MHD: Como se sentiu depois de toda a caracterização?

Karen: Gosto de pensar que a minha personalidade é diferente da personalidade de Nebula, pelo menos assim o espero, mas colocar a maquilhagem faz metade do trabalho. Lembro-me de um momento importante no primeiro filme, onde olhei para o espelho e em que realmente me vi. Fiquei, “Oh meu Deus, agora sei quem é esta pessoa. Sei como me mexer como esta pessoa. Sei que inclino a cabeça desta forma por causa da forma como vai parecer.” Sinto que foi nesse momento em que me apercebi disso na verdade. E isso deve-se à imagem. Faz muito do trabalho por mim usar o fato e ver que a maneira que as pessoas olham para mim, é um pouco diferente. Tudo isso influencia e isso é tudo o que se quer como ator.

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MHD: O que mais gosta em trabalhar com James Gunn?

Karen: Trabalhar com James é o melhor. Não tenho palavras suficientes. Sabe disso melhor que ninguém. Esta é a sua criação. A sua identidade está em todo o lado. Não consigo imaginar mais ninguém a fazer um filme de Guardiões. É incrível estar no cenário com ele. É tão solto, livre e inventivo. Como ator, isso é maravilhoso, porque sentimos que podemos dar sugestões e não vamos ser abatidos ou vão-se rir de nós. Tem um microfone e parece que estamos a receber indicações de Deus, o que é estranho, no início. Mas na verdade é muito eficiente. Costuma fazê-lo de uma forma sensual, mais engraçada, como se estivéssemos chateados, ou para que achássemos hilariante. É tão solto que nem sequer há tempo para pensar, ficar obcecado ou super analisar a situação. É só uma experiência muito boa, criativa, que nem sempre é o caso dos grandes filmes. Mas neste é.

 

MHD: Como foi trabalhar nestes cenários práticos?

Karen: Não consigo enfatizar como é bom estar num cenário em vez de estar em frente à tela verde, porque aí não se sabe em que ambiente se está. Podemos ver as fotos, mas não é a mesma coisa. No primeiro filme, tivemos muitos cenários. Neste filme temos ainda mais. Até construíram uma floresta interior com árvores reais. É, honestamente, o cenário mais elaborado que já vi na minha vida. Mexe com a nossa atuação a tantos níveis estar no ambiente e saber que é barulhento, silencioso, de que textura é o chão, tudo.

 

MHD: O que mais gostou de interpretar esta personagem?

 Karen: Sinto-me muito apaixonada por interpretar esta personagem, mesmo. Adoro, porque sinto que a Nebula é um pouco incompreendida, como vários vilões. É má, mas tem uma razão válida para o ser e é por causa de um outro vilão pior que ela, Thanos. Tem tanta raiva reprimida e tanta rivalidade com a sua irmã, que já está a rebentar. Torço muito por ela, na verdade. Sempre que se interpreta um vilão, temos que nos tornar no seu advogado e de entender o porquê de ter feito o que fizeram e justificar. E por isso comecei a preocupar-me com ela. Acho que é uma personagem muito interessante com uma boa voz de Clint Eastwood.

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MHD: Porque é que Chris Pratt é a escolha certa para Peter Quill?

Karen: Acho que Chris Pratt quebrou o estereótipo dos super heróis de filmes. Pela primeira vez, tivemos um super herói verdadeiramente engraçado, pateta. Tem o aspeto de um super herói, mas não age como um típico. É muito mais fácil de nos relacionarmos com ele de várias maneiras. Muitas das pessoas que irão ver o filme vão rever-se na personagem. Acho que é uma ideia bastante original e uma lufada de ar fresco dentro do mundo dos super heróis. Precisamos disso.

 

MHD: Como que é que o público se vai ligar a este filme?

Karen: Diria que o tema principal deste filme é a família. Há tantos aspectos desse enredo em todo o filme. Acho que vai haver uma peça com a qual todos se vão ligar de alguma forma. Para a minha personagem, a relação com a sua irmã e com o seu pai, que não tem sido o melhor pai. Para Peter Quill, que está a explorar a relação com um pai. Toda a gente vai encontrar algo neste filme com que se possa relacionar e entender. Além disso, é tão engraçado. As pessoas vão passar um momento muito bom e vão se divertir. E vão ouvir música boa.

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