Lady Bird é o Melhor Filme do ano segundo os críticos de Nova Iorque
Com vitórias nas categorias de Melhor Filme e Melhor Atriz, “Lady Bird” de Greta Gerwig foi o grande favorito dos prémios do Círculo de Críticos de Cinema de Nova Iorque (NYFCC).
Depois da entrega dos prémios Gotham e das honras do National Board of Review, já podemos seguramente dizer que a temporada dos prémios de cinema já teve início. Os NBR demonstraram uma preferência clara por “The Post”, o mais recente drama político de Steven Spielberg com Meryl Streep e Tom Hanks nos papéis principais, enquanto os Gotham coroaram “Chama-me pelo teu Nome” como o melhor filme do ano. Agora foi a vez de os críticos de cinema mais respeitados da Grande Maçã se manifestarem sobre o ano cinematográfico e, pelo que parece, mais nenhum filme os deliciou mais que a primeira longa-metragem realizada a solo por Greta Gerwig, “Lady Bird”, ganhando o prémio de Melhor Filme.
O filme, que é uma comédia dramática sobre uma impetuosa adolescente no último ano de ensino secundário, venceu ainda o prémio para Melhor Atriz, pela prestação de Saoirse Ronan. A atriz irlandesa, já por duas vezes nomeada ao Óscar, marca assim a sua segunda vitória na história dos prémios NYFCC, tendo também ganho o galardão há dois anos pelo seu trabalho em “Brooklyn”. Ronan, que tem somente 23 anos, tornou-se assim na atriz mais nova de sempre a ganhar duas vezes esta honra. Outro ator vitorioso de tenra idade foi Timothée Chalamet, de 21 anos, que ganhou o prémio de Melhor Ator pela sua prestação em “Chama-me pelo teu Nome”. Se Chalamet for nomeado ao Óscar tornar-se-á no ator mais jovem a receber tal honra desde Mickey Rooney em 1939.
Para além de “Lady Bird”, só um outro filme teve a sorte de ganhar dois troféus. “The Florida Project”, o novo filme da mesma equipa que nos trouxe o maravilhoso “Tangerine” em 2015, venceu o prémio para Melhor Realizador para Sean Baker e Melhor Ator Secundário para Willem Dafoe. Tal como “Lady Bird”, “The Florida Project” é um filme da A24, uma produtora e distribuídora que já na passada Awards Season ceifou inúmeros troféus, incluíndo o Óscar de Melhor Filme para “Moonlight”. O prémio de Melhor Atriz Secundária foi para Tiffany Haddish por “Girls Trip”, naquela que foi uma das decisões mais surpreendentes e inspiradas dos críticos nova-iorquinos.
Paul Thomas Anderson ganhou o prémio de Melhor Argumento pelo filme que, aparentemente, será o último de Daniel Day-Lewis enquanto ator. Ainda se sabe pouco sobre “Phantom Thread”, mas este drama passado no mundo da moda dos anos 50 parece estar destinado a grande aclamação crítica quando finalmente estrear nos EUA, perto do Natal. Melhor Fotografia foi ganho por “Mudbound”, um épico histórico de Dee Rees que, se for nomeado para o Óscar nesta mesma categoria, será o primeiro filme com uma mulher diretora de fotografia a alcançar tal honra. Rachel Morrison é o nome da diretora de fotografia em questão.
Na categoria de Melhor Documentário, a escolha do NYFCC recaiu sobre “Faces Places” de Agnes Varda, enquanto o prémio de Melhor Filme Estrangeiro foi para outro projeto francês, “BPM (120 batimentos por Minuto)” de Robin Campillo. “Coco”, o novo filme da Pixar, ganhou Melhor Filme de Animação, e “Foge” de Jordan Peele foi a obra escolhida como Melhor Primeiro Filme. A crítica e teórica feminista Molly Haskell recebeu ainda um Prémio Especial pela sua carreira e legado.
Muitos destes filmes são favoritos nesta presente Awards Season, mas há que se ter em conta que é raro os prémios dos NYFCC corresponderem perfeitamente com os Óscares. O ano passado, por exemplo, Amy Adams venceu o galardão para Melhor Atriz por “Primeiro Encontro”, uma prestação que acabou por ser completamente ignorada pela Academia de Hollywood para consternação de muitos cinéfilos.
Fica atento à Magazine HD para te manteres a par dos últimos desenvolvimentos da temporada de prémios de cinema. Quem sabe se outro filme não se revela ainda como um maior frontrunner que “Lady Bird”, “Chama-me pelo teu Nome” e “The Post”?