Nioh (PS4) | Análise

Muitos olham para Nioh como um clone de Dark Souls, mas essa comparação apenas se pode fazer numa fase inicial, porque aos poucos, este é um jogo que apresenta a sua identidade.

 

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  • Editora: SCEE
  • Produtora: Team Ninja
  • Plataformas: PS4

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É verdade que é impossível não fazermos a comparação, mas Nioh não precisa de muito tempo para mostrar a sua qualidade. Começando pela parte gráfica, este é um jogo com um design mesmo muito bom, com os cenários a apresentarem boa variedade, não só na parte gráfica mas também na estrutura, não tendo muitos caminhos ou esconderijos que sejam óbvios, não existindo grande repetição na exploração. Pelo meio, muitos atalhos e segredos para explorar. Nas texturas e movimentos, Nioh é graficamente um bom jogo, mas sem deslumbrar. O jogo não tem quebras, mesmo nos momentos de maior acção e responde sempre bem. Na parte sonora o trabalho de vozes é bom, tal como a banda sonora que consegue ser frenética quando deve ser e calma, ao estilo japonês quando o enredo assim obriga.

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O enredo é talvez o fator mais fraco do jogo, apesar de não ser uma má história. A narrativa é uma interessante mistura entre factos históricos e uma complexa história de fantasia mas que nunca consegue ter o impacto no jogador que este jogo deveria ter. Faltam momentos memoráveis que se liguem a um jogo que é memorável durante boa parte das 80 ou 90 horas de jogo que temos pela frente.

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No entanto o segredo está na jogabilidade e no que este jogo nos obriga a fazer. Sim, vão morrer muitas vezes mas, tal como em Dark Souls ou Bloodbourne, existe coerência no que acontece, sendo sempre um grande desafio. O combate leva-nos a olhar em detalhe para o nosso posicionamento a cada instante, para as movimentações de tudo o que vemos e somos obrigados a executar combos perfeitos para termos hipótese de sobrevivência. A dificuldade do jogo está sempre nas nossas costas, não só nas batalhas de bosses, mas também nos cenários cheios de inimigos e na própria forma como as batalhas se desenrolam. A base das batalhas está na gestão do nosso Ki, e também no facto de conseguirmos ver o Ki do nosso inimigo. Como necessitamos de Ki para tudo na batalha, gerir bem o nosso e tentar manipular o do inimigo, para que o perca e não recupere, torna este jogo brutalmente estratégico em alguns momentos. Tanto nas batalhas de bosses como contra vários inimigos, usar os cenários é fundamental e é interessante ver todas as opções que o jogo nos vai dando. Nas batalhas de bosses é mesmo muito importante o uso dos cenários, o que ajuda a que os combates não se tornem repetitivos. Para além de tudo isto, as armas que usamos também são bastante importantes no combate, aumentando a variedade.

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Pelo meio podemos invocar ajuda, por exemplo, podemos invocar um fantasma de um outro jogador que tenha morrido num certo local, e com isso avançamos com maior facilidade. No entanto, recomendo que não abusem desta possibilidade porque retira algum prazer ao jogo.

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Do início ao fim Nioh é um jogo com um excelente ambiente. O facto de nos obrigar a mudar a forma de jogar a cada minuto é o grande trunfo de um jogo que de outra forma se tornaria repetitivo ao fim de umas dezenas de horas. Ao fim de quase 100 horas de joo, é fácil perceber que Nioh não é uma cópia de um jogo da saga Souls. É um jogo inteligente, bem pensado e que tem uma dos melhores sistemas de combate desta geração. Se desafio é o que procuram, então é neste jogo que devem estar.

 

HARDWARE USADO PELA MHD PARA TESTES DE JOGOS

PS4:

  • PlayStation 4 Glacier White
  • DualShock 4 White
  • Razer Leviathan Sound System

PC:

  • Headphones Razer Carcharias
  • Keyboard Razer Epic Chroma
  • Mouse Razer Naga Epic Chroma

 

Luís Pinto


 

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One thought on “Nioh (PS4) | Análise

  • Luís Pinto welcome back! Grande análise.

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