Sangue Quente, em análise

 

Sangue Quente Poster Título Original: Warm Bodies

Realizador: Jonathan Levine

Elenco: Nicholas Hoult, Teresa Palmer, John Malkovich

Género: Comédia, Terror, Romance

ZON | 2013 | 98 min

Classificação: [starreviewmulti id=6 tpl=20 style=’oxygen_gif’ average_stars=’oxygen_gif’]

 

Não é segredo para ninguém que o mundo está obcecado por zombies. Temos “The Walking Dead” a ter um sucesso sem precedentes no que diz respeito a esta temática, e outros títulos como a saga “Resident Evil” e “Shaun of the Dead” com uma boa receção pelo público em geral, para não falar de clássicos como “Night of The Living Dead” de Romero. Com tanta variedade, “Sangue Quente” teria que ser diferente e inovador para captar a atenção da audiência. Apesar de apresentar novas ideias, não as aborda da melhor maneira, perdendo-se em algumas contradições.

 

sangue quente

Neste filme, é-nos dada a conhecer a perspectiva zombie de um eventual apocalipse, através da personagem R (Nicholas Hoult). R é um zombie que sente remorso em matar seres humanos, mas cuja humanidade está lentamente a desvanecer. Não se recorda do seu nome, nem de nada do seu passado. Contudo, tudo muda quando ele e os seus companheiros mortos-vivos atacam um grupo de humanos, no qual se encontra Julie (Teresa Palmer). Após comer o cérebro do namorado de Julie, e reviver as suas memórias, R vê a rapariga de uma forma completamente diferente e nada continua a ser o mesmo.

Em “Sangue Quente”, são apresentadas algumas ideias interessantes, existindo até algumas críticas sociais. Contudo, o problema é que tenta ser demasiadas coisas ao mesmo tempo, e acaba por ser algo contraditório nalguns momentos. Temos a componente romântica demasiado superficial, com uma Julie que não parece sentir qualquer tristeza pela morte de Perry (Dave Franco), o seu namorado, às mãos de R, perdoando-o demasiado facilmente, e justificando-se com o quanto a morte é rotineira na sua vida. Ninguém supera a morte de alguém amado com essa facilidade.

 

Sangue Quente

 Outra contradição está no quanto R se movimenta facilmente nalguns momentos, e tão desajeitadamente noutros. Mal consegue falar, mas consegue guiar um carro. Sei que estamos a falar de um filme sobre zombies, mas quando se aceita a premissa, o comportamento de R não é credível, pura e simplesmente.

Apesar da falta de credibilidade de R como personagem, Nicholas Hoult faz um bom trabalho na sua representação e é quase impossível dizer que este é o mesmo actor que desempenhou o papel de Tony Stonem em “Skins UK”. John Malkovich também desempenha bem o papel de pai de Julie, apesar do seu comportamento ser algo previsível .

Sanque quente

O grande ponto positivo de “Sangue Quente” é a sua mensagem de que somos mais do que os nossos corpos e que, mesmo após a morte, ainda existe humanidade, se a procurarmos. É a noção de que, quando morremos, a nossa alma perdura. Quando todos os zombies começam a sentir novamente, a sonhar, a tornarem-se vivos, humanos, a morte já  não é o final, é um recomeço.

Classificação: 6/10

SL

Lê Também:   Mad Max | O realizador George Miller pretende não se ficar por Furiosa

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *