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10 curiosidades sobre Darren Aronofsky, o icónico realizador de Caught Stealing

Darren Aronofsky é um dos melhores realizadores da atualidade. Com a estreia do seu novo filme “Caught Stealing”, vamos conhecê-lo melhor.

Darren Aronofsky é um dos realizadores mais viscerais e provocadores do cinema contemporâneo. O seu próximo filme “Caught Stealing” estreia no próximo dia 28 de agosto, sendo agora uma boa altura para recordar a sua carreira, desde o início até aos seus maiores êxitos do cinema.

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Início

Doc Fortnight, de Nova Iorque, apresenta obra portuguesa
Doc Fortnight, Nova Iorque

Nascido em Brooklyn, Nova Iorque, em 1969, Darren Aronofsky formou-se em realização na Universidade de Harvard e, mais tarde, especializou-se na AFI Conservatory. Desde o início, destacou-se por um estilo intenso, psicológico e visualmente marcante. 

Ao longo de oito filmes, explorou temas como obsessão, fé, sofrimento e identidade. Agora, prepara-se para estrear “Caught Stealing”, baseado no romance policial de Charlie Huston. Antes disso, vale a pena recordar o seu percurso cinematográfico, filme a filme.

Pi (1998)

O filme que lançou Aronofsky foi “Pi”, um thriller psicológico feito com um orçamento reduzido, mas com enorme criatividade. A história segue um matemático obcecado em encontrar padrões numéricos no universo. Além disso, o estilo visual em preto e branco, aliado à montagem frenética e ao som distorcido, cria uma atmosfera de paranóia constante. 

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Venceu o prémio de realização no Festival de Sundance e revelou de imediato um realizador com voz própria. Apesar da sua abordagem experimental, conquistou o público e tornou-se um sucesso no circuito independente.

Requiem for a Dream (2000)

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© Artisan Entertainment

Com “Requiem for a Dream”, Aronofsky deu um passo decisivo na sua carreira. A história acompanha quatro personagens a afundarem-se no vício, cada uma à sua maneira. A montagem acelerada e repetitiva contribui para uma sensação de vertigem e desgaste emocional. 

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Além disso, a banda sonora de Clint Mansell tornou-se icónica e amplifica o impacto do enredo. O filme foi aclamado e chocou pelas suas imagens cruéis, mas honestas. Ellen Burstyn recebeu uma nomeação ao Óscar, e a obra consolidou a reputação de Aronofsky como autor intenso e corajoso. Desse modo, é um dos meus filmes de eleição.

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The Fountain (2006)

Rachel Weisz in The Fountain (2006)
Rachel Weisz em “O Último Capítulo” (2006) |©Warner Bros.

Depois do sucesso anterior, Aronofsky arriscou tudo com “The Fountain”, um filme visualmente ambicioso e carregado de simbolismo. A narrativa mistura três linhas temporais: o século XVI, a atualidade e um futuro imaginado. Todas giram em torno da morte e do desejo de transcendência. 

Hugh Jackman e Rachel Weisz lideram o elenco, oferecendo interpretações delicadas e sentidas. No entanto, embora tenha dividido críticos e público, o filme ganhou estatuto de culto. A sua beleza estética e densidade filosófica revelam um autor em busca do absoluto.

The Wrestler (2008)

mickey rourke oscares marvel
“The Wrestler” | © Wild Bunch

Com “The Wrestler”, Aronofsky optou por uma abordagem mais realista e intimista. Mickey Rourke interpreta Randy, um ex-lutador de wrestling que tenta recuperar a dignidade e o amor perdido. O estilo de realização é cru, quase documental, acompanhando o protagonista em todos os momentos. 

Além disso, a atuação de Rourke foi amplamente elogiada e valeu-lhe uma nomeação ao Óscar. O filme venceu o Leão de Ouro no Festival de Veneza e marcou um regresso às emoções humanas mais puras. Foi também o trabalho mais contido do realizador até então.

Black Swan (2010)

© 2010 – Fox Searchlight Pictures

Em “Black Swan“, Aronofsky regressa ao registo psicológico, agora no mundo da dança clássica. Natalie Portman dá vida a Nina, uma bailarina que mergulha na loucura à medida que tenta atingir a perfeição no papel de Cisne Negro. A tensão cresce de forma gradual e sufocante, num ambiente de beleza e ameaça constante. 

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Como resultado, a atriz venceu o Óscar de Melhor Atriz, com uma das melhores atuações da história. Visualmente hipnótico e emocionalmente devastador, o filme foi um sucesso crítico e comercial. Aronofsky demonstrou que o seu cinema podia também conquistar o grande público. Assim, “Black Swan” é o meu favorito do realizador, e um dos meus filmes favoritos de sempre.

Noah (2014)

Com “Noah”, o realizador entrou no terreno das grandes produções. Inspirado na história bíblica da Arca de Noé, o filme junta épico visual com drama existencial. Russell Crowe lidera um elenco de luxo e interpreta um Noé atormentado pelas suas visões e decisões.

Ainda assim, embora tenha liberdade criativa, Aronofsky respeita o espírito da narrativa original. O filme foi recebido com opiniões divididas, mas tornou-se um êxito de bilheteira. Mesmo em grande escala, o realizador não abandonou a sua assinatura autoral.

mother! (2017)

Jennifer Lawrence Mother!
© Paramount Pictures

O filme “mother!” é um dos mais controversos da carreira de Aronofsky. A história acompanha um casal cuja casa vai sendo invadida por estranhos, num crescendo de caos e destruição. Jennifer Lawrence entrega uma performance intensa, num papel simbólico que mistura temas ecológicos, religiosos e artísticos. 

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Nesse sentido, a obra foi fortemente polarizadora: muitos odiaram, outros adoraram. No entanto, todos concordaram que se tratava de uma experiência única. Aronofsky voltou a arriscar e a provocar reações fortes, como sempre fez, numa obra cheia de mensagens subliminares.

The Whale (2022)

prime video the whale a baleia brenda fraser
The Whale © A24

Em “The Whale“, Aronofsky trocou os grandes cenários por uma narrativa intimista e concentrada. Brendan Fraser interpreta Charlie, um homem com obesidade mórbida que tenta reconciliar-se com a filha nos seus últimos dias. O filme decorre quase todo dentro de um único apartamento, sublinhando o isolamento e o sofrimento do protagonista.

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Por consequência, Fraser recebeu o Óscar de Melhor Ator pela sua atuação profundamente humana. O filme dividiu a crítica, mas tocou muitos espectadores. Assim, Aronofsky mostrou que continua a reinventar-se sem perder a essência.

Caught Stealing: o que esperar?

Caught Stealing
Austin Butler © Sony Pictures

Agora, Darren Aronofsky prepara-se para lançar “Caught Stealing”, um thriller baseado no livro de Charlie Huston. A história acompanha Hank Thompson, um antigo jogador de basebol envolvido num perigoso jogo de crime e sobrevivência nas ruas de Nova Iorque.

Por esse motivo, o ambiente promete ser mais sombrio e urbano, com elementos noir e tensão constante. Austin Butler será o grande protagonista. Assim, “Caught Stealing” estreia nos cinemas no dia 28 de agosto.

Qual é o teu filme favorito de Darren Aronofsky?



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