Dishonored 2 (PS4) | Análise
Depois de uma longa espera, o mundo fantástico e sobrenatural de Dishonored está de volta com novas personagens e novos desafios.
Quinze anos após os eventos de “Dishonored” (2012), “Dishonored 2” regressa a Dunwall, agora governado pela jovem Emily Kaldwin. A narrativa gira em torno dos eventos que sucedem a chegada da misteriosa e manipuladora “irmã” de Jessamine que após invadir a cerimónia de homenagem à antiga imperatriz, ataca Emily e lhe rouba o trono.
É neste momento que o jogador enfrenta a primeira grande decisão do jogo: escolher lutar como Corvo ou Emily. Ainda que a narrativa não sofra muitas alterações mediante a escolha, é necessário ter em atenção que ainda que mentor e aprendiz possuam habilidades em comum, eles contam igualmente com habilidades especificas que obrigam a uma alteração e adaptação de gameplay por parte do jogador. Este elemento é deveras interessante por permitir dupla jogabilidade: terminada a campanha, o jogador pode regressar a “Dishonored” e trocar de protagonista para uma aventura certamente diferente.
Para delícia dos fãs, “Dishonored 2” encontra-se ainda repleto de pequenas chamadas ao primeiro jogo, incluindo o regresso de Anton Sokolov e do Outsider (Void).
Mais uma vez inspirada na arquitetura e tecnologia do século XIX, e no mundo do steampunk/cyberpunk, a estética e os gráficos do jogo estão maravilhosos, especialmente a cidade principal onde se desenrola a narrativa. Lembrando a arquitetura de países como a Grécia, a Itália e a Espanha, Karnaca apresenta um realismo deslumbrante e bastante detalhado que torna o local numa verdadeira cidade viva, repleta de pequenos becos e inúmeras casas para explorar.
Em termos de jogabilidade, está é bastante semelhante à de “Dishonored”, pelo que os fãs que estejam de regresso não terão qualquer problema em adaptar-se. Os novos jogadores têm a opção de começar de imediato a campanha ou optar pelo tutorial, no qual são explicados os controlos básicos através de um breve momento no qual Corvo testa Emily, pedindo-lhe que execute algumas tarefas. Para além de uma ótima forma de aprender a jogar, é um momento interessante entre pai e filha.
As armas englobam curto e longo alcance, pistolas ou crossbow, e incluem também granadas e minas que possibilitam uma estratégica mais diversificada para eliminar os inimigos.
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Quanto às habilidades sobrenaturais, como habitual, estas englobam um modo mais sangrento ou stealth, consoante os interesses do jogador. E como dito anteriormente, Corvo e Emily possuem algumas habilidades distintas. As de Corvo Attano incluem as já conhecidas Possession, Blink, Bend Time, Windblast, e Devouring Swarm. E Emily, a jovem imperatriz, possui as habilidades Domino, Doppleganger, Shadow Walk, Mesmerize, e Far Reach.
Dishonored 2, recupera o que te pertence
Outros elementos que marcam “Dishonored 2” pela positiva são o design criativo e estimulante de níveis como a Clockwork Mansion na qual o jogador pode alterar a estrutura dos andares através de alavancas, a inteligência artificial que oferece aos soldados um incrível nível de atenção (os movimentos e ataques mais barulhentos irão certamente chamar a atenção), pequenas cutscenes ilustradas com arte conceptual, e o facto do protagonista ter agora algumas falas, contrariamente ao que acontece no primeiro jogo onde Corvo é mudo (fica o excelente trabalho de Stephen Russell e Erica Luttrell).
Pontos fortes:
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- O jogador pode optar por regressar a Corvo ou aventurar-se num novo estilo de luta com Emily;
- Gráficos detalhados e realistas;
- Regresso a alguns personagens de Dishonored.
Pontos fracos:
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- Alguns detalhes narrativos idênticos aos do primeiro jogo.
“Dishonored 2” chegou às lojas no dia 11 de novembro e à tua espera está um mundo único e cheio de mistérios por desvendar.