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Cineclubes Portugal | Destaques de outubro com Jacques Tati e cinema português

E começou mais um novo mês! Portanto, com o início de outubro, chegou a hora de navegarmos pela programação dos nossos cineclubes em todo o país.

Do Norte a Sul do país, há uma vasta programação para qualquer cinéfilo. Do cinema americano ao cinema europeu e ainda com bastante cinema português, eis a programação de outubro nos cineclubes nacionais.

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O Festival de Cannes é destaque no Cineclube de Viseu

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“Marés Vivas” | © Midas Filmes

O mês de outubro no Cineclube de Viseu (fundado em 1955) está repleto de filmes conceituados. Assim, vais poder acompanhar vários filmes que passaram recentemente no Festival de Cannes (bem como um grande clássico)!

Depois de exibir “Cão Preto” (Guan Hu, 2024) na passada quinta-feira 2, a programação prossegue com “Marés Vivas” (Jia Zhang-ke, 2024). O filme chinês fez parte da seleção oficial do Festival de Cannes de 2024 e do IndieLisboa deste ano. Aborda uma história de amor ao longo de 20 anos.

Posteriormente, de 14 a 18 de outubro, há uma nova edição do festival de curtas-metragens Vistacurta. Com sessões diárias às 21h30, vais poder ver curtas-metragens filmadas ou de autores naturais de Viseu, curtas nacionais, um cine-concerto e ainda um foco em cinema da Croácia.

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A 23 de outubro regressam as sessões regulares com “Sirât” (2025, Oliver Laxe). Saído do Festival de Cannes de 2025, onde venceu os Prémios do Júri e de Melhor Banda Sonora, um homem e o seu filho procuram Marina, a sua filha e irmã, desaparecida há meses em Marrocos.

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Por fim, a 30 de outubro vais poder ver o clássico de Jacques Tati “Playtime – Vida Moderna” (1967), integrado no ciclo “filmes pedidos”. Trata-se de uma sátira à vida moderna onde o som tem um papel fundamental.

À exceção do Vistacurta, as sessões são às 21h no auditório do IPDJ de Viseu e custam 5€ para o público geral, 3€ para sócios, estudantes do ensino superior, Amigos Teatro Viriato e Associados ACERT e 2€ para sócios estudantes, desempregados e maiores de 65. As sessões do Vistacurta são gratuitas para sócios e 3€ para o público em geral.

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Cineclube de Santarém com histórias marcantes

Com a alma na mão, caminha é destaque no Cineclube de Faro
“Com a Alma na Mão, Caminha” | © Midas Filmes

No Cineclube de Santarém, fundado em 1956, o cinema europeu / internacional enche o mês de outubro com sessões regulares sempre às quartas-feiras às 21h30 no Teatro Sá da Bandeira.

Dia 1 foi já exibido o filme de animação “A Mais Preciosa Mercadoria” (2024, Michel Hazanavicius). No entanto, ainda tens mais 3 filmes para ver.

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Assim, na próxima quarta-feira 8 vais poder ver o documentário “Com a Alma na Mão, Caminha” (2025, Sepideh Farsi) com uma janela em Gaza. Depois disso, no dia 22, também chega a Santarém “Sirât”.

Por fim, o mês termina no dia 29 com “O Império” (2024, Bruno Dumont). Trata-se de uma ficção científica onde uma pequena cidade francesa é invadida por cavaleiros extraterrestres.

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Os sócios do cineclube tem entrada gratuita nas sessões. Já os não sócios tem entrada paga a 5€ ou 1€ para os jovens até aos 30 anos.

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Em Faro, o destaque é o cinema português

Rosa de Areia no Cineclube de Faro
“Rosa de Areia” | © Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema

O Cineclube de Faro, igualmente fundado em 1956, tem as suas sessões a decorrerem no auditório do IPDJ de Faro às quintas-feiras às 21h30.

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Depois de ter exibido no dia 2 o documentário “Pote de Ouro: Nos Copos Com Shane MacGowan” (2020, Julien Temple), na próxima quinta-feira não haverá sessão.

Contudo, as sessões cineclubistas regressam logo na semana seguinte e com duas sessões seguidas dedicadas ao casal de realizadores portugueses António Reis e Margarida Cordeiro. Assim, no dia 16 poderás ver “Ana” (1983) com a mãe da realizadora como protagonista. De seguida, no dia 23, chega “Rosa de Areia” (1988-89), uma reflexão sobre a condição humana a partir da literatura.

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Por fim, o mês termina no dia 31 com o documentário “Movemo-nos na Noite Sem Saída e Somos Devorados Pelo Fogo” (1981, Guy Debord). O último filme de Guy Debord é, pois, uma crítica à passividade do espectador,

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Do cinema americano ao europeu no Cineclube de Guimarães

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“Tardes de Solidão” | © Nitrato Filmes

O Cineclube de Guimarães, fundado em 1958, mantém-se com um calendário muito recheado em outubro.

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Sessões de cinema

Depois de ter exibido ontem, 5 de outubro, o filme “As aventuras de uma viajante na Coreia do Sul” (2024, Hong Sang-soo), a programação regressa já amanhã, dia 7 às 21h15, com uma sessão especial de entrada gratuita no âmbito da Bienal de Ilustração de Guimarães: “A Audiência” (1972, Marco Ferreri) onde um jovem quer conhecer o papa.

Para o fim de semana, há sessão dupla! Assim, no sábado 11 às 17h00 a sessão é para toda a família com “Looney Tunes – Daffy e Porky salvam o mundo” (2025, Peter Browngardt). Com entrada gratuita, Daffy e Porky sofrem com uma invasão alienígena. Já no domingo 12 às 21h15 chega “Honey Don’t!” (2025, Ethan Coen), com vários assassinatos no centro da narrativa.

Na semana seguinte, há mais três sessões. Na terça-feira 14 às 21h15, há mais uma sessão gratuita da bienal com “Os Profissionais” (1966, Richard Brooks) onde um grupo de mercenários é contratado para libertar uma mulher. Depois, na quinta-feira 16 às 21h30, comemora-se o centenário de Carlos Paredes com um concerto de entrada livre no Teatro Jordão. Por fim, no domingo 19 às 21h15 poderás ver o novo filme de Paul Thomas Anderson “Batalha atrás de Batalha” (2025).

Para o final do mês há ainda mais duas sessões. Na quinta-feira 23 às 21h15 chega o documentário “Tardes de Solidão” (2024, Albert Serra) sobre o toureiro Andrés Roca Rey. Já no domingo 26 às 21h15 é exibido “A Vida Luminosa” (2025, João Rosas) onde o jovem Nicolau navega pelas incertezas da vida.

A saber, as sessões de cinema integradas na Bienal de Ilustração de Guimarães decorrem no pequeno auditório do Centro Cultural Vila Flor. As restantes são programadas no grande auditório.

Exposição temática

De referir ainda que, de 25 de outubro a 31 de dezembro, o Cineclube organiza em colaboração com o Museu de Cinema de Melgaço Jean-Loup Passek a exposição “Mão de Ferro, Luva de Seda” com ilustrações inspiradas em cartazes de filmes polacos dos anos 60 e 70 do século XX. A entrada para a exposição é 2€ mas, no dia de abertura, a entrada é gratuita.

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Em Amarante há muita diversidade

Ler Lolita em Teerão
“Ler Lolita em Teerão” | © Outsider Films

O Cineclube de Amarante, fundado em 1995, traz um mês recheado de sessões para todos os gostos no Cinema Teixeira de Pascoaes todas as sextas-feiras às 21h30 (e também numa terça-feira).

Depois do Cineclube exibir no dia 3 o filme “Apanhado a Roubar” (2025, Darren Aronofsky), o cinema regressa já no dia 10 com “Sirât”.

Na semana seguinte, dia 17, podes ver “Ler Lolita em Teerão” (2024, Eran Riklis), uma história onde a literatura e o feminismo são um fator chave num Irão repressivo. Depois, na sexta-feira 24, vais poder ver “Manas” (2024, Marianna Brennand) um drama sobre violência familiar e emancipação feminina.

Para a última semana do mês, há sessão dupla! Assim, na terça-feira 28 vais poder ver “O Rapaz e a Garça” (2023, Hayao Miyazaki) integrado nas comemorações do Dia Mundial da Animação. Já na sexta-feira 31 também em Amarante é exibido o filme português “A Vida Luminosa” com a vantagem de a sessão ter a presença do realizador João Rosas.

A saber, a entrada das sessões é de 3€ para não sócios. Os sócios tem entrada livre, mediante o pagamento da quota de 4€/mensais.

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Em Joane, há cinema português, inglês e soviético

Verdades Difíceis
Verdades Difíceis | © Leopardo Filmes

Fundado em 1998, o Cineclube de Joane, fundado em 1998 realiza as suas sessões na Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão sempre às 21h45 às quartas-feiras.

O mês começou no dia 2 com “Tardes de Solidão”. Na próxima quarta-feira 9 poderás ver “Hanami” (2024, Denise Fernandes) filmado na Ilha do Fogo em Cabo Verde.

Depois da pausa de uma semana, as sessões regressam a 23 com “Verdades Difíceis” (2024, Mike Leigh), uma história de aceitação entre duas irmãs. Por fim, no dia 30, outubro encerra com “Breves Encontros” (1967, Kira Muratova), a história de um triângulo amoroso.

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Abrantes aposta em exclusivo no cinema europeu

Lavagante
©Leopardo Filmes

O Espalhafitas, Cineclube de Abrantes, fundado em 2002, tem quatro sessões programadas para outubro (uma delas já aconteceu no dia 1). Sempre à quarta-feira às 21h30 no Centro Cultural Gil Vicente, no Sardoal.

Assim, depois da exibição de “Três Amigas” (2024, Emmanuel Mouret), na próxima quarta-feira 8 vais poder ver “O Ano Novo Que Não Aconteceu” (2024, Bogdan Mureșanu) que acontece em plena revolução romena em 1989.

Depois, também com uma semana de intervalo, as sessões regressam no dia 22 com “Até Sempre” (2024, Lilja Ingolfsdottir), um filme centrado na relação de um casal. Por fim, no dia 29, chega a Abrantes “Lavagante” (2025, Mário Barroso), inspirado num romance de José Cardoso Pires.

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No Cineclube de Pombal é só comédia!

Bad For a Moment
“Bad For a Moment”, de Daniel Soares, mais um filme português em Cannes 2024 @Agência da Curta Metragem /Divulgação

Num dos cineclubes mais recentes, o Cineclube de Pombal foi fundado em 2022 e traz um mês de outubro cheio de comédia com a 4.ª edição do Ha Ha Art Film Festival.

O festival decorre entre 23 e 27 de outubro e traz uma seleção de curtas-metragens de comédia recentes realizadas em todo o mundo.

Alguns dos filmes que fazem parte da seleção oficial são: “Agente Imobiliário Sem Casa Para Viver” (2025, Filipe Amorim), “Mau por um Momento” (2024, Daniel Soares), “Blueberry” [Mirtilo] (2024, Emil Brulin e Hampus Hallberg), “Borbulha” (2025, Fernando Alle), “Być Kimś” [Sê Alguém] (2023, Michal Toczek), “Dette er ikke en fest (det er en vinkveld)” [Peço desculpa pelo atraso, mas trouxe um coro] (2024, Håkon Anton Olavsen), entre outros.

A programação completa pode ser consultada no site do festival.

Podes comprar o passe geral que te dará acesso a todas as sessões do festival por apenas 5€.

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Em Vila Franca de Xira, o outubro é português

Banzo IndieLisboa
©Uma Pedra no Sapato

Por fim, o Cineclube Vilafranquense, fundado em 2023, apresenta em outubro a 6.ª edição do “Imagens no Tejo – Mostra de Cinema Português”.

Esta mostra decorre entre 17 e 26 de outubro com entrada gratuita em todas as sessões de cinema e conta com curtas e longas-metragens produzidas entre 2023 e 2025, bem como alguns videoclipes.

Além das sessões de cinema, também haverá uma Oficina de Cinema de Animação dedicada ao Stopmotion para crianças e jovens dos 6 aos 16 anos com inscrição de 10€/pessoa.

No que diz respeito às sessões de cinema, há alguns destaques a referir. A saber: na sessão de abertura o Cineclube homenageia o realizador vilafranquense recentemente falecido em abril de 2025 Rogério Ceitil. Além disso, serão exibidos filmes como “O Palácio de Cidadãos” (2024, Rui Pires), um documentário que acompanha um ano na Assembleia da República, em estreia nacional “What is left of us” (2024, Diego Borges), um filme negro onde o Diabo anda à solta, ou, em sessão de encerramento, o filme candidato por Portugal aos Oscars de 2026 “Banzo” (2024, Margarida Cardoso).

A saber, várias das sessões têm os realizadores presentes e decorrem em vários espaços da cidade de Vila Franca de Xira: Auditórios do Ateneu Artístico Vilafranquense, Museu do Neo-Realismo, Junta de Freguesia, na Flor do Tejo Bar e ainda sessões escolares na Escola Prof. Reynaldo dos Santos e Secundária do Forte da Casa.

Podes, pois, consultar o programa completo no site oficial do evento.


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