A Culpa é das Estrelas, em análise
“A Culpa é das Estrelas” é uma excelente adaptação do romance de John Green com o mesmo nome. O enredo é explorado de forma tão tocante como no livro que lhe deu origem, e é quase impossível não sair da sala de cinema com lágrimas ainda por secar no nosso rosto.
Hazel Grace (Shailene Woodley) é uma adolescente que sofre de cancro, e que se vê forçada a frequentar um grupo de apoio para jovens com o mesmo problema, uma vez que os seus pais decidiram que ela está deprimida e que o grupo seria uma boa maneira de Hazel explorar esse sentimentos. Contra todos os seus protestos, Hazel é obrigada a ir para o “coração literal de Jesus”, o nome que o dinamizador do grupo dá ao pequeno espaço em que se encontram, para ouvir e partilhar as histórias dos seus respetivos cancros. Contudo, o grupo passa a ser mais apelativo quando Augustus Waters (Ansel Elgort) aparece pela primeira vez, mudando a vida de Hazel para sempre.
A carga emocional deste filme é muito forte, muito pesada, e isto é conseguido de uma forma bela, mas dolorosa. Durante a primeira parte, somos testemunhas de um amor jovem, um amor puro e doce. Estes primeiros momentos são cruciais para criar a empatia sentida por Hazel e Gus, que acaba por dar lugar ao terrível sofrimento causado pelo desenrolar da história.
“A Culpa é das Estrelas” não seria o tremendo sucesso que é sem a fabulosa representação de Shailene e Ansel. Apesar das suas excelentes prestações individuais, é em conjunto que realmente brilham, criando uma cumplicidade na tela que nos desafia às lágrimas.
Aquilo que esta história faz de forma fenomenal é mostrar-nos que o infinito temporal nada significa, porque na verdade não existe em termos da vida humana. Tudo muda, e todos somos finitos. Os infinitos que vivemos, os infinitos que criamos, resultam da interação que temos com as pessoas que amamos. São os infinitos que encontramos nos nossos dias finitos, e são esses que contam, que nos fazem sentir imortais. São aqueles pelos quais nos devemos sentir gratos até ao final das nossas vidas, seja esse momento amanhã ou daqui a cem anos.
“A Culpa é das Estrelas” é um filme para ver, e rever. Um filme para sentir, para viver. Para nos relembrar de verdades que nos forçamos a esquecer na rotina do nosso dia-a-dia.
SL
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