Garrett McNamara / © 2023 HBO MAX PORTUGAL

A Grande Onda da Nazaré | Entrevista a McNamara e Cotty Cotton

A segunda temporada de “A Grande Onda da Nazaré” já está disponível na HBO Max e a MHD aproveitou a oportunidade para conversar com Garrett McNamara e Andrew “Cotty” Cotton.

Garrett McNamara e a elite do surf estão de volta para uma nova temporada de “A Grande Onda da Nazaré”. A convite da HBO Max, a equipa da MHD esteve presente no evento da antestreia, que decorreu no El Corte Inglés, onde tivemos a oportunidade de conhecer McNamara e Andrew “Cotty” Cotton. Não é segredo que McNamara já vê Portugal como uma segunda casa e que passa largas temporadas na Nazaré. No entanto, para Cotty foi um pouco mais difícil devido ao frio que se faz sentir na zona durante o inverno.

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Andrew “Cotty” Cotton / © 2023 HBO MAX PORTUGAL

Os novos episódios da premiada série documental acompanham as temporadas de ondas grandes 20/21 e 21/22, que começaram com as incertezas da vida com o COVID-19 e terminaram com algumas das maiores ondas da carreira dos surfistas. A título de curiosidade, Portugal é o único país onde o nome da série é “A Grande Onda da Nazaré”, como forma de homenagem. Nos outros mercados, tem o título de “100 Foot Wave”.

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MHD: A segunda temporada de “A Grande Onda da Nazaré” é mais pessoal para vocês, como a descreveriam?

Garrett McNamara: Os episódios 3, 5 e 6 são bastante entusiasmantes, vão deixar-te à beira do sofá. Por sua vez, o episódio 4 é muito pessoal, é sobre a minha família. E, o 1 e 2 são mais de apresentação do elenco. Não fiquem pelos primeiros dois episódios, cheguem ao 3º.

“Cotty” Cotton: É uma continuação da primeira temporada, mas mais numa perspetiva dos bastidores. Sinto-me muito agradecido por fazer parte do projeto e ajudar Garrett a procurar as maiores ondas do mundo. Existem também mais surfistas nesta temporada.

MHD: Existe alguma cena que gostasse de destacar?

Garrett McNamara: A queda do C.J. Foi um momento em que ficamos hesitantes se ele estaria vivo ou não, e uma das situações mais difíceis que tivemos.

“Cotty” Cotton: Concordo. É o momento que vemos no poster. Foi um dos eventos mais traumáticos para mim. E a série, é isso, oferece aquele momento mais íntimo do que estamos a passar. O nosso estado emocional.

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© 2023 HBO MAX PORTUGAL

MHD: Como foi assumir uma posição mais de gestão, em vez de estar dentro de água?

Garrett McNamara: Na realidade, tem sido uma transição bastante calma. Não tenho tido a anseia de competir, por isso foi fácil assumir o cargo de diretor. Tive muita sorte e sinto-me muito agradecido por ter sido convidado para a posição. Sinto-me responsável pelos atletas, tento fazer o melhor para eles. O nosso principal objetivo era a segurança, mas agora é a justiça para eles. Sinto-me confiante no plano de segurança que temos, e agora estamos a implementar regras de quem entra, quem é substituído. Em geral, creio que estamos numa boa altura para o desporto, para a WSL (World Surf League), para Portugal, para os surfistas – para os afortunados que conseguem entrar, porque só existem seis equipas do mundo inteiro. É muito desafiante.

MHD: Como vê as gerações mais novas? Sente que o medo desapareceu?

Garrett McNamara: Existem tantos surfistas bons agora. Estão sempre à procura de mais e são incríveis. E, em relação ao medo, nós não tínhamos coletes (salva-vidas), nem os jet-skis, de modo que eles agora estão muito mais seguros do nós alguma vez estivemos. O que também dá espaço para muito mais diversão, porque deixa de ser tão assustador, já não é vida ou morte. Se desmaiares, vamos a tua procura. Antes, era provável que não voltasses.

“Cotty” Cotton: Sim, acho que o importante é cada um encontrar o seu ritmo. Sem pressas.

MHD: Além da Nazaré, que outros spots de Portugal destacam?

Garrett McNamara: Existem ainda muitos por descobrir, a Nazaré acabou por estar mesmo ali em frente a nós. Mas, os Açores, a Madeira. Também existe um sítio não muito grande junto ao porto de Lisboa.

“Cotty” Cotton: Quando era mais novo costumava ir à Ericeira e a Peniche, mas regra geral gosto de me manter longe das multidões. Já venho a Portugal desde 2010, esta é a minha 13ª temporada na Nazaré, por isso a Nazaré é uma grande parte do meu percurso de surf e carreira. Acho que é graças ao Garrett e à Nicole, assim com à Câmara Municipal da Nazaré, que me permitiram fazer de um sonho uma profissão.

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