RTP | Vem aí mais duas séries de ficção

A RTP continua a apostar forte na ficção nacional, e desta vez, aposta em equipas maioritariamente jovens. As duas séries chegam em Maio.

Cada vez mais, a RTP está a tornar-se numa referência na produção de séries de ficção nacionais. Depois do êxito “Pôr-do-Sol“, a estação de televisão nacional nunca mais abrandou, com várias séries e co-produções. Este ano começou em grande, com a segunda temporada de “Operação Maré Negra“, e de seguida a chegada de “Cavalos de Corrida” e “Motel Valkirias“. A aposta deve-se também ao interesse no público, sendo que “Cavalos de Corrida”, série que terminou há pouco tempo, teve uma audiência média de 400 mil telespectadores por episódio, números que revelaram-se surpreendentes. Com este embalo, chegam mais duas séries de ficção, com episódios mais curtos, mas com o mesmo nível das anteriores. Ambas com estreia marcada para dia 1 de Maio, a serem transmitidas após o Telejornal, o público vai ficar a conhecer a história de uma bailarina em “Emília”, realizado e escrito por Filipa Amaro, que conta também com uma equipa e elenco igualmente jovem. Logo a seguir, chegam as peripécias de um grupo de jovens a tentarem sobreviver nos dias de hoje, com “Capitães de Açúcar, realizado por Ricardo Leite e da autoria de Tiago Sarmento, Tiago Correia e Ricardo Leite.

Numa apresentação que teve lugar na Casa do Desenho, em Lisboa, José Fragoso, Diretor de Informações da RTP, e a experiente produtora Maria João Mayer, da Maria & Mayer, apresentaram estas duas séries, onde destacam a maturidade destas jovens equipas, que com orçamentos de baixa densidade, conseguiram excelentes resultados, mas que trazem também novos conteúdos, originais, com preocupações que raramente são retratadas na ficção nacional. Depois de uma curta apresentação, houve um pequeno vislumbre sobre cada série.

Em “Emília”, seguimos uma jovem que trabalha numa bomba de gasolina, mas o seu maior sonho é ser bailarina, mas que teve sempre medo de arriscar. Mal começa a série, a série aborda uma problemática cada vez mais relevante, e que deve ser discutida, os problemas familiares. Ainda em jovem idade, assistia as várias discussões dos pais, acabando por culminar à saída do pai. Com falta de uma base sólida, acabou por ter medo de arriscar e com várias comparações, sobretudo da própria com a própria, através das redes sociais, acabou por chegar a derradeira oportunidade, o seu sonho. Na última companhia de ballet em Portugal, é aberto um open-call, uma oportunidade que decide atacar, mas que traz à baila outras problemáticas, o medo de falhar redondamente ou continuar na sua vida confortável, mas sem propósito. Com o evoluir, e a sua conquista de um lugar na companhia, vemos a protagonista a evoluir ao que realmente quer ser.

“Emília” debate temas importantes para os jovens de hoje em dia, com uma narrativa inspiradora. Do lado oposto, está Capitães de Açúcar”, que mostra as dificuldades das nova gerações sem a probabilidade de haver “luz ao fim do túnel”. Um estudante de ciências farmacêuticas, outrora um dos melhores alunos, vê a sua vida virada do avesso, com a morte da mãe. Sem amigos, e a trabalhar numa hamburgaria, é abordado por um grupo de jovens, para juntar-se a eles na produção de uma misteriosa droga. Mas fora isso, a série foca os problemas estruturais que os jovens sentem de perto, desde da instabilidade financeira à falta de apoio para a construção de uma vida. Aliado a isso, surge outro conceito de família, onde pessoas na mesma condição juntam-se para lutarem por algo melhor. Mas nem sempre tudo corre como esperamos, e é o que vai acontecer em “Capitães de Açúcar”.

Esta dupla vai estrear daqui a duas semanas, no dia 1 de Maio. Além da programação linear, também vai ficar disponível na RTP Play.

TRAILER | VAI SER UM GRANDE ANO PARA A RTP

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