Almost Human T1 | Primeiras Impressões


“Almost Human” pode soar a algo frio e insensível, mas existe muito coração e conteúdo humano neste “bromance” futurista criminal.



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Na Los Angeles futurista de 2048, este desabafo será o pão nosso de cada dia, pelo menos na previsão utópica dos produtores de Fringe. Leram bem,  J.H. Wyman e J.J. Abrams, voltam a dar as mãos em mais um ambicioso projecto sci-fi de elevada magnitude, e com a chancela da Fox como não poderia deixar de ser. Pouco mais de três decadas à frente da nossa linha temporal, a cidade dos anjos continua a partilhar dessa cor angelical tão trendy nos dias que correm como símbolo nada pacífico do inevitável avanço tecnológico. Pelo menos, a interpretação sugerida pelos dois mestres da ficção científica, demarca-se da versão melancólica e opressiva de Isaac Asimov, num incentivo obrigatório de cúmplicidade entre o Homem e o seu congénere “quase” humano.

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Mas, cliquemos em “forward” até ao momento precípuo em que o detetive John Kennex (Karl Urban) e a sua equipa de humanoides sofre uma emboscada de uma alegada organização criminosa intitulada de “Insindicato“. Eles não devem gostar nada de sindicatos, mas adoram pilhar e roubar material biotécnico, DNA e orgãos humanos, sem esquecer toda a artilharia high-tech que faz “Booom”!!! É este o enquadramento ilegal que precipita o regresso ao ativo do detetive Kennex ao quartel general da LAPD, com menos um parceiro de serviço e uma perna artificial descalibrada a mais.

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Nada fã dos “MX“, a nova força policial de androides no combate ao crime, John vê-se coagido por lei a adoptar Dorian (Michael Ealy), um sintético especial com um coração que sente. Ao contrário dos “MX” programados para processar probabilidades, estatísticas e percentagens sem qualquer apego emocional, Dorian foi concebido para interpretar as nuances da psique humana e estabelecer uma conexão mais afetiva com o seu par. Aliás, um dos pontos fortes da narrativa reside exatamente na expressão das emoções entre humanos e máquinas como uma linguagem que, apesar de mimetizada, é universalmente compreendida.

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E se por um lado Kennex, encaixa-se naquele típico perfil de polícia intuitivo que vive assombrado pelo passado e tenta a todo o custo recuperar os fragmentos da sua memória estilhaçada, já Dorian, é resgatado do ferro velho para ganhar um novo propósito de vida. É nesta dinâmica de oportunidades coadjuvantes que os dois colegas encontram um arquimédico ponto de equilíbrio, num casamento perfeito de aptidões ao serviço da paz e ordem social. Os dois, em uníssono, são as duas almas radiantes do grande ecrã. Karl Urban emana aquele ar de brigão macho com queda para curvas de saia – mesmo que sejam sintéticas -, brindando o espetador com a testosterona de um líder com coração de manteiga; e Michael Ealy é genialmente robótico.

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Almost Human é um cruzamento de “Blade Runner” com “Robocop” e uns pozinhos de “C.S.I” e “Fringe” à mistura. Contudo, não deixa de ser uma lufada de ar fresco no saturado género sci-fi, oferecendo grandes doses de adrenalina ao ritmo das potentosas batidas eletrónicas dos “The Crystal Method“; e  um enredo intrigante que dá fome para consumirmos com generosidade.

P.S –  Se ainda não tens um DNR, arranja um…

MS

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