A estreia deste novo filme com Jeremy Strong (Sucession) esteve para não acontecer (pelas piores razões)
As eleições dos EUA acontecem em a 5 de novembro deste ano, e o receio das consequências da estreia de “Apprentice”, com Jeremy Strong (de “Sucession”), fez com que quase fosse banido.
Sumário:
- Jeremy Strong, ator que protagonizou a série “Sucession”, interpreta Roy Cohn em “The Apprentice”, o filme que explora a ascensão de Donald Trump;
- Durante a sua entrevista a Stephen Colbert, Strong é questionado sobre a polémica que tem envolvido a obra, nomeadamente, pelo facto de humanizar duas pessoas moralmente corruptas;
- Em resposta, o ator refere que o filme quase foi banido e que isso seria impensável numa América moderna.
Foi numa entrevista recente a Stephen Colbert que Jeremy Strong, ator conhecido pela sua participação em “Sucession” (disponível na Max Portugal), confessou que “The Apprentice”, o filme com Sebastian Stan e Maria Bakalova, quase foi banido nos Estados Unidos da América.
A obra, realizada por Ali Abbasi, explora os acontecimentos na vida de um jovem Donald Trump durante as décadas de 1970 e 1980, e da sua relação com o advogado Roy Cohn. “The Apprentice” estreou no Festival de Cannes em maio e tem sido criticado pela “humanidade” que concede a duas pessoas tidas como moralmente corruptas.
O próprio apresentador do The Late Show with Stephen Colbert refere: “Você e o Sebastian Stan, que interpreta Donald Trump, têm performances brilhantes porque expõe claramente a decadência moral destes dois homens, mas também pelo facto destes serem erros muito humanos. Não são caricaturas, são representações reais. E algumas pessoas não estão contentes com o quão humanas são as representações, como se ser humano fosse inerentemente algo bom”.
The Apprentice quase foi banido nos EUA
Em resposta, Jeremy Strong, que interpreta Roy Cohn, explica: “O filme escapou por pouco a ser banido neste país [EUA], algo que não deveria acontecer numa era como a atual – mas quase foi”.
Quanto à polémica sobre a humanização das representações em “The Apprentice”, nomeadamente, de Donald Trump e Roy Cohn, o ator refere: “Acho que a ideia de representar alguém de forma ‘demasiado humana’, é uma perigosa. (…) Não acho que seja um filme pró-Trump ou anti-Trump, não acho que diga em quem devem votar. Acho que está a tentar examinar estes indivíduos, encarando-os como seres humanos, algo que por norma não fazemos. Nós tendemos a demonizar, vilanizar e humilhar estas pessoas”.
Nos Estados Unidos da América, “The Apprentice” tem estreia marcada para 29 de setembro no Beyond Fest, e para 11 de outubro nos cinemas americanos. Ainda não existe uma data de estreia em Portugal.
Com vontade de ver “The Apprentice” com Jeremy Strong?