Castlevania: Lords of Shadow 2 (PS3) | Análise

 

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  • Editora: Konami
  • Produtora: MercurySteam
  • Plataformas: PlayStation 3, PC, Xbox 360

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Castlevania é uma saga que sempre teve um ambiente único, com histórias interessantes e boas bandas sonoras. Estará este fim de saga ao nível do que é exigido?

Começando pelas personagens, este jogo não está ao nível dos anteriores, principalmente porque o enredo não lhes dá grande espaço para serem aprofundadas. São interessantes, “empurram” o enredo numa direção específica, mas não conseguem ter o impacto de outros jogos da saga, não sendo tão determinantes. Esta falta de impacto também se deve ao facto de o enredo ter canalizado alguma da sua base para um ambiente menos medieval e mais tecnológico, e tal estranha-se no início, não por estar mal executado, mas porque não é o ambiente que a saga costuma ter.

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A isto junta-se o facto de o jogo demorar a arrancar com o enredo. Nas primeiras horas sentimos que o jogo não nos agarra, mas quando finalmente o consegue, é difícil de parar. A tal muito se deve o facto de a segunda metade do jogo ser muito mais dentro do ambiente que estamos acostumados… noite, lua cheia, castelos, etc… enquanto que a primeira parte é jogada em cenários com mais luz, mais tecnologia e perde-se um pouco a essência da saga.

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Em termos de gráficos o jogo está bem conseguido, principalmente nas personagens principais e em alguns cenários. Mas mais do que a qualidade, é no design que este jogo mostra os seus trunfos. Existem cenários muito bem criados, transmitindo uma atmosfera que encaixa perfeitamente com o que se pede neste jogo e que eleva toda a experiência. Desde castelos cheios de detalhes, passando pelos efeitos de luz e sombra, que o luar e as velas nos oferecem, tudo está bem pensado, e mesmo não sendo um portento gráfico, consegue brindar-nos com algo que vale a pena ver.

Na jogabilidade está outro ponto forte do jogo. É verdade que pouco é realmente original, e percebemos rapidamente que estamos perante uma jogabilidade que God of War levou ao topo e que nenhum outro jogo conseguiu recriar. Castlevania também não o consegue com tanta qualidade quanto Kratos, mas consegue proporcionar grandes batalhas, principalmente contra os bosses, que estão bastante boas. Com uma visão global percebemos que este é um jogo que nunca é frustrante, pois a jogabilidade é intuitiva e nunca senti que eram as limitações do jogo que me estavam a travar a progressão. Neste aspeto, um dos pontos que devemos aplaudir é a câmara, inteligente a perceber o ângulo de visão que mais nos favorece durante uma batalha frenética.

Voltando ao enredo, este é um jogo que vale pela sua segunda metade, e devemos dizer que precisarão de umas 20 horas de jogo para acabar a história e descobrir os segredos mais importantes. Castlevania é, sem dúvida, um jogo longo para o seu género e só peca por um arranque morno onde existem alguns momentos aborrecidos. Depois, aos poucos o jogo convida-nos a explorar e há muito para se descobrir e evoluir. O sistema de evolução também está bastante interessante com um esquema de vários poderes a evoluir e que nos consegue levar a adaptar a forma de combater.

A parte mais negativa do jogo será, provavelmente, a tentativa de criar uma parte stealth e que não resulta. A ideia é interessante, tem potencial, mas não é fácil de encaixar num jogo com este ritmo e que pede para ser jogado com intensidade, e muito menos encaixa nesta personagem por mais que o enredo nos leve nesse sentido. E neste caso, não consegue, pois acabamos por não fazer esse estilo de jogabilidade e queremos passar tal fase.

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Com um final interessante, e que agradará aos fãs, Castlevania é um bom jogo sem se destacar em nenhum aspeto. É longo, tem muito para se explorar e é divertido. A banda sonora é competente e o trabalho de vozes também. O problema é que estando perante um Castlevania, esperava-se algo mais sombrio durante todo o jogo, mais complexo, e tal não acontece, quebrando algumas raízes da saga. No entanto, voltamos a dizer que a segunda parte do jogo vale a pena, e os fãs terão aqui um enredo com um final que irão gostar. Globalmente este fim de saga é bom, é viciante, mas fica a sensação que podia ter sido ainda melhor.

Pontos fortes:

  • Design gótico muito bom
  • Qualquer explorador tem aqui cerca de 20 horas de jogo
  • Batalhas interessantes

Pontos fracos:

  • Modo stealth falha neste género
  • Enredo demora a arrancar

Fiquem a saber mais sobre o jogo, aqui.

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