Matterfall (PS4) | Análise
Dos mesmos criadores de Resogun, chega-nos agora Matterfall, com mais um gameplay frenético onde os nossos reflexos são a chave. Mas será esta uma fórmula vencedora, ou a começar a ficar gasta?
Depois de Resogun e Alienation, dois grandes jogos para a PS4, chega-nos da Housemarque uma mistura entre os dois, com o nome de Matterfall. De imediato percebemos que regressamos ao 2D e que tudo continua frenético. Com um ritmo alucinante, teremos de avançar por cenários de plataformas enquanto sobrevivemos a tudo o que aparece no ecrã, e acreditem, o ecrã estará sempre cheio de inimigos.
De um ponto de vista de jogabilidade, Matterfall é um jogo bastante simples. Temos poucos movimentos e estarmos perante um jogo 2D limita-nos um pouco, mas a forma como o jogo aproveita os nossos movimentos é muito interessante. Quer seja a correr, a saltar ou em deslocação rápida, tudo parece fazer sentido, não só na forma como podemos ultrapassar o desafio, mas também na forma como os inimigos se comportam. É verdade que por vezes os cenários não facilitam, mas nada que manche de alguma forma esta incrível experiência onde vários bosses nos farão repetir o nível várias vezes. Por vezes poderá ser frustrante, pois os níveis são muito grandes para os estarmos sempre a repetir até vencermos, mas toda a dificuldade do jogo é bastante coerente, nunca existindo a sensação de que estamos perante uma tarefa impossível.
Com uma banda sonora bem conseguida, capaz de encaixar bem no jogo, Matterfall brilha em termos técnicos, com excelentes efeitos sonoros e com o jogo a ter a qualidade gráfica, intensa e sem quebras, a que estamos habituados. Tudo no nosso ecrã está em constante movimento, não nos dando um segundo de descanso e levando-nos a ter de melhorar e continuar a melhorar para passar os vários desafios que teremos pela frente. A evolução tem de ser constante.
É realmente muito interessante o quanto este jogo consegue ser intenso em termos gráficos. Movimentações, explosões, etc… tudo parece levar-nos para um nível superior de entrega ao jogo, pois cada segundo fará a diferença. Não dá para estarmos a jogar este jogo de forma descontraída. Aqui é preciso empenho e concentração total.
No entanto, nem tudo é fantástico. A verdade é que se trata de um jogo que custa apenas 20 euros, e não é de estranhar que a sua longevidade seja baixa. Em poucas horas terão o jogo terminado. O problema, todavia, nem passa tanto pela longevidade, mas pelo facto de o jogo não nos levar a repeti-lo. Não existem modos de jogo que nos criem desafios para o repetirmos e a isso alia-se, de forma negativa, os grandes tempos de loading sempre que morremos, algo que acontece bastante. Aliás, tendo em conta que a base deste género é jogar-morrer-repetir, os tempos de loading deveriam ser um ponto fulcral do desenvolvimento.
Globalmente, Matterfall é muito bom enquanto o estamos a jogar. É intenso, frenético e desafiante. Infelizmente é curto e sem grande valor de repetição. Claro que estamos a falar de um jogo de 20 euros, mas alguns modos de jogo teriam sido bem vindos. Contudo, se procuram uma experiência dentro destes parâmetros, então Matterfall é um jogo a ter, e que vos levará a treinar e treinar, até dominarem o jogo.
Luís Pinto
HARDWARE USADO PELA MHD PARA TESTES DE JOGOS
PS4:
- PlayStation 4 Pro
- Razer Raiju Controller
- Razer Leviathan Sound System
PC:
- Headphones Razer Carcharias
- Keyboard Razer Epic Chroma
- Mouse Razer Naga Epic Chroma
- Monitor AOC U3277PWQU
Mobile:
- LAIQ Glow
Matterfall
Game title: Matterfall
Game description: Dos mesmos criadores de Resogun, chega-nos agora Matterfall, com mais um gameplay frenético onde os nossos reflexos são a chave. Mas será esta uma fórmula vencedora, ou a começar a ficar gasta?
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Jogabilidade - 81
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Gráficos - 84
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Som - 83
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Duração - 60
RESUMO
O MELHOR: Intenso e frenético. Bom preço.
O PIOR: Demasiado curto. Tempos de loading demasiado extensos.
EDITORA: Sony Interactive Entertainment
PLATAFORMA: PlayStation 4