10 curiosidades sobre Benny Safdie, o realizador de Smashing Machine
O realizador Benny Safdie afirma-se hoje como um dos realizadores mais completos do cinema contemporâneo. Como o seu próximo filme, “The Smashing Machine”, estreia a 2 de outubro, surge agora o momento ideal para recordar a sua carreira e compreender a sua evolução artística.
Tudo o que precisa saber sobre Benny Safdie
Benny Safdie nasceu em Nova Iorque, a 24 de fevereiro de 1986, e construiu uma carreira multifacetada como realizador, ator, argumentista e editor. Inicialmente, trabalhou lado a lado com o irmão Josh Safdie e conquistou notoriedade com obras como “Heaven Knows What”, “Good Time” e “Uncut Gems”.
Posteriormente, decidiu seguir um caminho independente e apostou também na representação. Assim, participou em filmes de prestígio como “Licorice Pizza” e “Oppenheimer“. Em 2025, concretiza finalmente a sua estreia a solo como realizador, argumentista e editor com “The Smashing Machine”, cuja estreia em Portugal acontece já a 2 de outubro.
Carreira e evolução
Desde muito cedo, Benny Safdie explorou o cinema independente ao lado do irmão Josh. Juntos, desenvolveram um estilo minimalista e intenso, sem depender de grandes orçamentos. Como resultado, o seu trabalho chamou a atenção da crítica em festivais como Cannes.
O ponto de viragem aconteceu em 2019, quando lançaram “Uncut Gems”. Com esse filme, conquistaram reconhecimento internacional e provaram que sabiam criar narrativas frenéticas, emocionais e profundamente envolventes.
Daddy Longlegs
Em 2009, Benny estreou-se na realização com “Daddy Longlegs”, novamente em parceria com Josh. O filme, exibido na Quinzena dos Realizadores em Cannes, apresentou desde logo uma estética crua e quase documental. Além disso, o olhar íntimo sobre a relação entre pai e filhos destacou-se como marca do seu estilo.
Heaven Knows What
Cinco anos mais tarde, regressou com “Heaven Knows What”. O filme, apresentado no Festival de Veneza em 2014, mergulhou no quotidiano da marginalidade urbana de Nova Iorque. Como consequência, a sua intensidade emocional e o realismo cru transformaram-no numa obra de culto dentro do cinema independente.
Good Time
Em 2017, chegou “Good Time”, protagonizado por Robert Pattinson. A narrativa acompanhou uma noite caótica em Nova Iorque e apresentou um ritmo alucinante que manteve o público preso do início ao fim. Embora Pattinson tenha recebido muitos elogios, Benny também brilhou num papel secundário, conquistando nomeações em prémios independentes.
Uncut Gems
O ano de 2019 marcou definitivamente a carreira dos irmãos com “Uncut Gems”. Neste filme, Adam Sandler assumiu um dos papéis mais intensos da sua carreira. Assim, a obra tornou-se um thriller vibrante que manteve a audiência em constante tensão. Além disso, a crítica classificou-o como um dos melhores filmes do ano, consolidando Benny como realizador de referência.
Licorice Pizza e Oppenheimer
Depois da separação artística, Benny Safdie apostou na representação. Em 2021, participou em “Licorice Pizza”, de Paul Thomas Anderson, mostrando grande versatilidade em frente às câmaras. Dois anos depois, em 2023, ganhou ainda mais destaque em “Oppenheimer”, de Christopher Nolan, onde interpretou Edward Teller. Esta interpretação recebeu reconhecimento internacional e gerou intensa discussão entre críticos e público.
“The Smashing Machine”
O grande passo surge agora em 2025 com “The Smashing Machine“, o seu primeiro trabalho a solo como realizador. Neste projeto, Safdie retrata a vida do lutador de MMA Mark Kerr, interpretado por Dwayne Johnson. Para além de mostrar as lutas no ringue, o filme explora temas como a pressão do sucesso, os vícios e a solidão no desporto.
Filmado em 16 milímetros, o projeto aposta numa estética visceral e realista, reforçada por sequências de combate intensas. Mais do que isso, Safdie investe numa abordagem intimista às fragilidades humanas, consolidando o seu talento autoral.
Curiosidades e destaques
Em “The Smashing Machine”, Dwayne Johnson transformou-se fisicamente para dar vida a Mark Kerr. O ator usou próteses e adotou um visual irreconhecível, surpreendendo público e crítica. Além disso, as filmagens em película de 16 milímetros conferiram ao filme um estilo cru e quase documental.
O projeto inspira-se no documentário da HBO lançado em 2002 sobre a vida de Kerr. No entanto, Safdie vai mais além ao aprofundar o lado emocional e humano do lutador. Por essa razão, a estreia em Veneza foi recebida com aclamação crítica, destacando-se sobretudo a performance de Johnson, já comparada à de Robert De Niro em “Raging Bull”.