Dave Bautista explica como foi trabalhar com James Gunn em Guardiões da Galáxia 2

Dave Bautista, o actor que interpreta Drax em Guardiões da Galáxia 2 revela em entrevista à MHD como foi a sua experiência no primeiro filme e trabalhar com James Gunn.

Drax, O Destruidor, é um dos elementos que integra a equipa de intrépidos fora-da-lei que formaram uma improvável aliança para defenderem a galáxia de qualquer ameaça. Depois do enorme sucesso do primeiro filme, que teve a sua estreia em Agosto de 2014. Este sucesso impulsionou também a carreira de Dave Bautista, ex-lutador de wrestling, que entretanto já integrou outros filmes de alta produção, nomeadamente o último filme da saga James Bond.

Dave Bautista fez algumas revelações sobre o impacto do sucesso do primeiro filme, de como foi interpretar Drax e do trabalho com o realizador James Gunn. Descobre aqui em exclusivo o que Dave partilhou sobre a sua experiência!

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MHD: Fale-nos do sucesso do primeiro filme.

Dave: Foi muito bom de muitas maneiras. Todos tínhamos muita esperança. Mas diria que é uma daquelas coisas que nunca se sabe até ao primeiro fim-de-semana de estreia. Sendo os Guardiões algo desconhecido, não tínhamos certeza se todos estariam curiosos o suficiente para ir ver. Mas, tenho a dizer, que a Marvel fez um trabalho tão bom de promoção que fez com que as pessoas ficassem familiarizadas com as personagens antes do filme ser lançado, deixando-as muito animadas. Portanto, existia muita ansiedade. Estávamos à espera do primeiro fim-de-semana de estreia, em que só existiram comentários e críticas positivas, o que é tão gratificante.


MHD: Onde é que vamos encontrar Drax neste filme?

Dave: Não começamos muito tempo depois de onde o último filme parou. Portanto, não é muito longe no futuro. Mas neste vamos conhecer melhor Drax. Está mais visível neste filme e tem um diálogo mais espirituoso.

É muito bom, porque Drax é o veículo da mudança de James Gunn, com sentido de humor. Adorei quando estava a filmar e ouvia James a rir à distância, porque sabia o que ele queria. Era aquilo que esperava do diálogo que escreveu. Isso por si só me faz sentir muito bem, porque adoro dar-lhe o que ele quer.

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MHD: Como é trabalhar com James Gunn?

Dave: É ótimo, porque está lá o escritor, o realizador, tudo numa só pessoa. Mas James também é meu amigo. Conhece os meus pontos fortes e as minhas fraquezas. Mas também sabe como me motivar, porque sabe que confio nele. Logo sabe como tirar o melhor de mim. Todos esses fatores combinam-se para se conseguir um ótimo desempenho. E acho que tem esse relacionamento com todos neste filme. Todos nós o adoramos como pessoa e confiamos nele como realizador.

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MHD: Fale-nos da relação de Drax com Mantis.

Dave: É difícil de acreditar que Drax tem alguma inocência, mas tem e aparece neste filme. Está na ligação que tem com Mantis. Há muita inocência em ambas as personagens. São quase como duas crianças que se encontram e que se tornam amigas. Ligam-se de uma forma que não é possível de o fazerem com mais ninguém. Ambos sentem alguma dor, aprendem coisas novas e conhecem novos sentimentos, novas experiências. Passam por isso juntos e é aí que está a ligação.

 

MHD: Como é trabalhar com Kurt Russell?

Dave: Kurt é a escolha perfeita para interpretar o papel de pai de Peter Quill. É incrível, especialmente quando se vê os dois, Chris Pratt e Kurt, interagirem nos cenários. Simplesmente funciona. Em Kurt, o que mais me surpreendeu é que é tão terra a terra. Misturava-se facilmente. Estava sempre a falar com todos e nunca a sobrepor-se sobre ninguém. Foi ótimo ver alguém que é tão bem sucedido. Foi um óptimo sentimento, uma grande experiência.

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MHD: Fale-nos de Yondu.

Dave: Quando se vê um pouco de Yondu no final do último filme, aí não é tudo o que aparenta ser. Na verdade tem um bom coração e tem fortes sentimentos para com Peter Quill. Ainda mais neste filme. Vê-se que Yondu é a pessoa que gosta de dar e tem bom coração.

 

MHD: O que é que faz de Chris Pratt um bom líder?

Dave: Em primeiro lugar, a nível pessoal, penso que todos os envolvidos neste filme concordam que o adoramos. É uma pessoa boa e bondosa. Não tenho suficientes palavras boas sobre ele. É o que se vê. Não há nada superficial ou pretensioso em Chris. Tem uma grande energia e é uma pessoa muito positiva. E isso sente-se. Quando chega ao cenário está sempre de bom humor, dificilmente é alguém que está de mau humor ou a reclamar.


MHD: Qual é o seu processo de transformação?

Dave: É estranho. No primeiro filme, a minha maquilhagem demorou muito mais tempo. Este processo de maquilhagem, mesmo que demore metade do tempo a colocar, é um pouco mais difícil de tirar, porque é um processo completamente diferente. É complicado de balançar, mas no fim do dia, só quero que Drax tenha o melhor aspeto possível. Quando Drax parece tão rebelde no filme, é aí que tudo que vale a pena. Tive de manter a forma neste filme, porque na grande maioria não estou coberto com folhas de silicone como estava no último.

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MHD: Alguma vez Drax vai estar vestido?

Dave: Drax não usa camisolas, porque tem mamilos sensíveis. Só mesmo James Gunn para imaginar isso! Acho que é brutal. Quando olho para alguns dos figurinos no cenário, fico com alguma inveja. Do género, eu também queria. Zoe tem o fato preto mais incrível, parece mesmo uma assassina. E Chris tem um fato de couro fantástico. E Drax nunca terá nada disso, porque não usa camisolas.

 

MHD: Qual é a sua parte favorita deste papel?

Dave: O que gosto mesmo em Drax é que não é aquilo que se está à espera pelo que se lê nas bandas desenhadas. Todos esperavam uma coisa e mostrámos outra. Torna-se mais interessante. É fácil ser-se o homem grande que está sempre a gritar e a intimidar as pessoas. Já vimos isso um milhão de vezes. Mas quando se tem esse tipo de pessoa, com esse mesmo aspeto, mas que só diz as coisas mais ridículas que fazem rir, torna-o mais interessante. E também tem um lado em que só usa o coração. Ainda tem o coração partido pela perda da sua família. E adoro esse homem dinâmico. Adoro brincar com isso. É desafiador. Faz com que seja interessante. Torna a personagem adorável e faz com que as pessoas se liguem a ele.

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MHD: E a música?

Dave: É tremenda, especialmente neste filme, porque muitas das músicas criam toda a emoção da cena.

 

MHD: A que é que o público se vai ligar?

Dave: O primeiro filme foi mais sobre as pessoas se unirem por um bem maior. E acho que este filme é mais sobre as relações com as pessoas. É a história de uma família. A família nem sempre tem que ser a família de sangue. Pode-se ser escolhido como família. Acho que é mais um filme sobre relações e todos se podem identificar com isso.

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