Dragon Ball: Sparking! ZERO, a Crítica | Son Goku está de regresso à PS5 e Xbox
Já tínhamos saudades de Dragon Ball e Son Goku. Mas será que vale a pena regressar ao universo das Bolas de Cristal ou é mais do mesmo?
Assim que começamos a jogar, percebemos o quanto este jogo tenta ser parecido ao anime em termos gráficos. Quer seja no design, nos efeitos visuais ou na forma como a câmara se desloca, é claro que o objetivo é levar cada jogar a sentir-se dentro da história de Dragon Ball.
Num universo tão grande, Dragon Ball: Sparking! ZERO sabe aproveitar o material original, principalmente em termos de personagens e cenários. Estamos a falar de cerca de 180 personagens (algumas são variações do mesmo personagem), e com cada uma teremos golpes específicos e formas diferentes de se evoluir. Até aqui nada de especial, tirando o facto de serem 180 personagens. Mas o jogo ganha dimensão quando percebemos que para cada uma teremos uma estratégia diferente. E isto é algo que pensamos que não será importante ao longo do tempo, mas a verdade é que é, principalmente porque o jogo é difícil… muito difícil.
Desafiante e intenso
Essa é talvez a maior surpresa: a sua dificuldade. Demoramos bastante tempo a dominar cada personagem, quer seja nas estratégias, timing e tudo o resto que envolve este tipo de jogos, desde contra atacar, esquivar, voar, etc… Contudo, o problema do jogo não é a sua dificuldade em si, mas sim os fracos tutoriais. Somos atirados para enormes lutas sem sabermos realmente como todo o jogo funciona, e por mais que passemos tempo a treinar, não é fácil.
No entanto, ao fim de muito tempo, lá dominamos o jogo e começa a ser mais divertido. Mas acreditem, será sempre desafiante. Regressando a partes mais técnicas, Dragon Ball: Sparking! ZERO é visualmente muito agradável e os fãs do anime vão adorar. Vibrante, intenso, sem quebras e com os movimentos que conhecemos de cada personagem, o jogo tenta mesmo ser fiel, e adorei essa parte. Melhor ainda está a parte sonora, tanto as vozes que estão muito boas, passando pelos efeitos sonoros, algo muito importante num jogo com este tipo de intensidade. Onde o jogo falha é nos seus menus, onde tudo é demasiado confuso e acabamos por perder tempo com detalhes que podiam ter sido evitados ou pensados de outra forma. É pena e mancha a experiência fora das lutas, o que felizmente, não é muito tempo.
Os modos de jogo são os que estamos habituados nestes jogos. Por um lado, destaque para podermos criar as nossas batalhas e aqui o nível de personalização é muito alto, quer seja a escolher personagens, cenários, equipas e muitas outras coisas, mas, principalmente, parabéns por podermos escolher os poderes que cada personagem pode usar ou até que estado/transformação poderá ir. Todavia, o foco principal é a história, e aqui vamos avançando por diferentes batalhas, vendo os vários pontos de vista dos personagens mais importantes. É viciante, mas não traz nada de realmente novo. O que realmente gostei foi do conjunto de decisões que iremos ter pela frente entre as batalhas, e estas decisões podem mudar a história. A ideia também não é inovadora, mas o impacto do que decidimos é tão grande em alguns momentos que se torna no grande trunfo do jogo e algo que me surpreendeu bastante.
Dragon Ball terá sempre um lugar especial no coração de todos as crianças que foram crescendo a ver as aventuras de Son Goku, Vegeta e restante grupo. Regressar a este universo é sempre nostálgico mas nem sempre é agradável, porque alguns jogos não conseguiram trazer a magia e a diversão que tínhamos nos episódios. Aqui o que temos é um jogo divertido, viciante, mas que não agradará a todos devido à sua dificuldade. Eu gostei do desafio, por vezes frustrante, e foram horas bem passadas!
Trailer | Fuuuuuuusão!
Dragon Ball: Sparking! ZERO, a Crítica
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Gráficos - 82
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Jogabilidade - 79
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Som - 86
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Modos de jogo - 73