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“Foi como antigamente”, Eduardo Madeira fica viral após o apagão nacional

O país parou. Sofremos um apagão. E, no escuro, Eduardo Madeira viu algo que muitos de nós já tínhamos esquecido.

Numa segunda-feira atípica, Portugal mergulhou num apagão inesperado. Ruas silenciosas, semáforos mortos, casas às escuras — por algumas horas, o século XXI pareceu ter batido em retirada. Quando a eletricidade regressou, trouxe consigo não apenas a normalidade, mas também uma onda de reflexões. Entre os que pegaram no telemóvel para partilhar o que sentiram, Eduardo Madeira (O Bairro do Humor) destacou-se. O humorista, conhecido pelo seu olhar afiado sobre a sociedade, não fez piadas. Em vez disso, ofereceu uma observação que, em poucas palavras, capturou o paradoxo da modernidade: “Voltou. Mas…”

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“Foi como antigamente”: A nostalgia inesperada de Eduardo Madeira

Eduardo Madeira
© Filbox

Eduardo Madeira não foi o único a sentir o peso — ou a leveza — daquela pausa forçada. No instagram, descreveu cenas que pareciam saídas de um Portugal pré-internet: vizinhos a conversar na rua, crianças a brincar sem telemóveis, famílias a improvisar jantares à luz das velas. “Houve qualquer coisa de nostálgico, de antigamente”, escreveu.

A publicação de Eduardo Madeira, surpreendentemente séria para um homem que vive de fazer rir, tornou-se viral. Não por ser engraçada, mas por tocar numa verdade incómoda: será que precisamos de um apagão para nos lembrarmos de como era viver sem estarmos sempre ligados?

As reações dos seguidores de Eduardo Madeira foram um coro de concordância. “Foi um dia de calma e um dia em que tivemos tempo para o que e quem realmente importa.”, comentou um. Outro lembrou: “Posso dizer que foi o melhor dia de 2025? Porque foi mesmo ❤️” Até quem criticou a romantização do passado concordou num ponto: há algo profundamente irónico em descobrirmos, à força, que a vida não para quando a Wi-Fi falha. O apagão, afinal, foi um espelho. Nele, vimos o que perdemos — e o que, por vezes, ainda podemos recuperar.

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O que ficou quando a luz voltou?

eletricidade luz
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Eduardo Madeira levantou questões mais amplas. Vivemos numa era de hiperconexão, mas será que isso nos tornou mais distantes? Assim, o apagão mostrou que, sem eletricidade, os portugueses rapidamente redescobriram formas de estar que pareciam extintas: a conversa cara a cara, a paciência, a capacidade de improvisar.

Claro que ninguém defende o regresso às velas como modo de vida — mas talvez haja lições a reter. Se um dia sem energia nos fez sentir mais próximos uns dos outros, o que isso diz sobre os nossos dias normais?

Assim, Eduardo Madeira não propôs respostas. Limitou-se a observar, com a perspicácia de quem sabe que, por vezes, o maior humor está na realidade crua. A sua publicação foi inegavelmente um daqueles raros momentos em que as redes sociais pararam para pensar, em vez de reagir.

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