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F1 – Análise

“F1” acabou de estrear nos cinemas e já fez mais de cem milhões de dólares em box office, só no fim de semana de abertura.

“F1: The Movie” acompanha Sonny Hayes, um ex-piloto de Fórmula 1, que regressa inesperadamente à competição ao ser recrutado por uma equipa que está em declínio, a APX GP.

 

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Ao lado do seu colega de equipa Joshua Pearce, jovem e talentoso, Sonny Hayes tenta provar que ainda tem o que é preciso para vencer. O novo filme de Joseph Kosinski, conhecido por “Top Gun: Maverick” e “Oblivion”, fez cerca de cento e quarenta e quatro milhões de dólares em bilheteiras, só no fim de semana de estreia.

O argumento de F1

F1 O Filme
Brad Pitt, esse querubim eterno de 60 e picos. ©Apple TV+

Apesar do argumento do filme não ser o seu ponto mais forte, começo pelo início da sua concretização. Ainda que não seja uma história altamente desconhecida, está bem adaptada ao seu tema, homenageando o mundo da Fórmula 1.

Passando por alguns clichês, comuns aos filmes de desporto, consegue apresentar um final algo inesperado. Indo por um caminho que não pensei que iria seguir. Mas falo sobre o argumento, porque vale a pena salientar que Lewis Hamilton (sim, o piloto de F1) não só é produtor do filme, como fez parte de todo o seu processo, começando pelo script.

Assim, o piloto acabou por ajudar a construir o guião da história, para manter o realismo. E mais, foi muito útil na maneira de descrever a parte mais espiritual e visceral do desporto. Assim, a parte final do filme, aquela em que Sonny está a viver a sua corrida, como se ninguém o estivesse a ver, não teria ocorrido se não fosse por Lewis Hamilton. E olhem que elejo este momento como um dos melhores, se não o melhor, do filme.

A realização de Joseph Kosinski

Depois do sucesso de “Top Gun: Maverick”, Joseph Kosinski deixava uma grande expectativa à sua audiência para o seu próximo filme. Não desiludir. O realizador sabe o que faz e voltou a aplicar a fórmula “Top Gun”, agora ao tema de “F1”.

Assim, como já nos habituou, as cenas de ação e corrida são absolutamente extraordinárias. Aliás, é possível afirmar que este é o filme de carros com as melhores sequências de corrida já feitas. Para isso, os atores utilizaram carros de F2, adaptados para parecerem de Fórmula 1.

Cada carro tinha quatro câmaras, para apanharem ao máximo as expressões e emoções dos atores. E, claro, as câmaras tinham de ser especiais, pois cada câmara que levasse iria aumentar o peso dos carros e diminuir a velocidade.

As cenas de ação realizadas pelos atores

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O jovem piloto convencido (Damson Idris) trata-o por “velho”. ©Apple TV+

Brad Pitt e Damson Idris interpretam as personagens principais de “F1”, Sonny e Joshua. Tal como falei acima, foram realmente os atores a conduzir os carros, tudo para que fosse o mais realista possível.

Este é um trabalho difícil de fazer, principalmente quando têm de, ao mesmo tempo, expressar as suas emoções com praticamente apenas os olhos. Brad Pitt encaixou neste papel que nem uma luva. O seu carisma e atuação quase arrogante assentou perfeitamente na personalidade e papel de Sonny Hayes.

Em entrevista ao Letterboxd, o ator partilhou que na cena em Silverstone, a produção tinha apenas dez minutos (dois takes) para filmar, de modo a não atrapalhar a corrida verdadeira. No entanto, ao chegar ao carro para iniciar a filmagem, Brad Pitt percebeu que os seus auriculares não funcionavam, tendo de fazer a cena sem comunicações.

 

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Há que destacar, ainda, a prestação de Javier Bardem. Mesmo sendo uma personagem secundária, é um dos pilares do filme. Pela importância da sua personagem na história e pela química natural e divertida que mostra com Brad Pitt durante o filme, aumentando o realismo das personagens.

O som é a cereja no topo do bolo em F1

“F1” apresenta um equilíbrio perfeito entre a narrativa, o humor, o romance, a ação, o som e a música, fazendo dele o grande blockbuster do verão. Assim, o som do filme vem confirmar a sua grandeza.

Para além do que já referi, Lewis Hamilton também ajudou no equilíbrio do som. Para que cada cena, cada corrida e cada curva tivessem o som exato de uma corrida real.

Em seguida, passamos para o soundtrack. Um incrível álbum (ao qual não consegui resistir a comprar o vinil) com diferentes e populares artistas, como Tate McRae, Ed Sheeran, Rosé ou Burna Boy.

Esta banda sonora contribui para a diversão do filme e o aumento da tensão durante a ação das corridas. Por fim, para completar esta tríade do áudio do filme, falo sobre o score de Hans Zimmer, excelente como sempre. O compositor conseguiu fazer a ponte entre o som e o soundtrack, sem que se notassem essas mudanças. Arriscou aqui num score mais eletrónico, arrasando como sempre.

E tu, já foste ver “F1” ao cinema? Qual foi o teu momento favorito do filme? 

Conclusão

“F1” apresenta um equilíbrio perfeito entre a narrativa, o humor, o romance, a ação, o som e a música, fazendo dele o grande blockbuster do verão.

Overall
9/10
9/10
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