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Godard, Straub e Cunha Telles na Cinemateca em janeiro

Esperam-se mais novidades de ciclos e mostras, mas a Cinemateca faz já uma antevisão da programação de janeiro de 2023, onde serão homenageadas, três grandes figuras da história do cinema, desaparecidas nos últimos meses deste ano: Jean-Luc Godard, Jean-Marie Straub e António da Cunha Telles. 

Três grandes figuras do cinema, desaparecidas nos últimos meses deste ano, Jean-Luc Godard, Jean-Marie Straub e António da Cunha Telles, vão ter ciclos dedicados à sua obra, já no início do ano de 2023 na Cinemateca Portuguesa.  A Cinemateca já dedicou anteriormente três retrospectivas e duas edições da rubrica ‘Histórias do Cinema’, a Jean-Luc Godard, mas propõe agora mais um vasto programa centrado em filmes menos vistos do realizador, sobretudo realizados nas décadas de 1970 e 1990. Sem esquecer obviamente alguns dos filmes do início e do fim da carreira e obra do cineasta: em todos os seus momentos, do início ao fim, foi um realizador, que não parou de abrir novas perspectivas no cinema, que constituem hoje ‘um corpus absolutamente decisivo – porventura o mais decisivo da segunda metade do século XX e deste início de século – para um entendimento não apenas da História do Cinema, mas da essência da História e do Cinema’.

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VÊ EXCERTO DE ‘LA FRANCE CONTRE LES ROBOTS’

Jean-Marie Straub foi contemporâneo de Jean-Luc Godard, com uma obra maioritariamente assinada em colaboração com a sua companheira Danièle Huillet, e igualmente autor de uma vastíssima filmografia é outro dos homenageados do mês de janeiro de 2023 na Cinemateca. De Straub a solo ou com filmes da dupla Straub-Huillet será apresentado um conjunto de obras, que vão desde a sua fase inicial (‘Pequena Crónica de Anna Magdalena Bach’) ao seu título final (‘La France Contre les Robots’). Assim serão apresentados, um conjunto de filmes que testemunham ‘a enorme, radical e solitária coerência de uma obra que se tornou num magnífico continente isolado na História do Cinema’, e que a Cinemateca já apresentou por duas vezes: a primeira em 1998, ainda com a presença de Danièle Huillet e Jean-Marie Straub; a última em 2018, além de, mais uma vez, lhe ter dedicado em 2012, uma memorável edição da rubrica ‘Histórias do Cinema’, conduzida então pelo realizador português Alberto Seixas Santos (1936-2016), admirador incontornável da obra da dupla.

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VÊ EXCERTO DE ‘CHAMO-ME ANTÓNIO DA CUNHA TELLES’

No mês de Janeiro terão lugar na Cinemateca, mais dois grandes ciclos e uma evocação fundamental: o ciclo ‘Nas Terras dos Faraós’ — organizado em colaboração com a Fundação Calouste Gulbenkian e a pretexto da exposição ‘Faraós Superstars’ — e uma homenagem à actriz Gloria Grahame, (1923-1981), no ano em que se assinalam os 100 anos do seu nascimento; e por último, uma breve e justíssima evocação a António da Cunha Telles, (1935-2022) um nome incontornável do Cinema Português desde o início da década de 60, e que se movimentou em múltiplas frentes da atividade cinematográfica nacional, (produtor, realizador, distribuidor e exibidor), falecido há poucos dias. 

JVM

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