Guardiões da Galáxia, em análise

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  • Título Original: Guardians of the Galaxy
  • Realizador: James Gunn
  • Elenco:  Chris Pratt, Vin Diesel, Bradley Cooper
  • Género: Ação, Aventura
  • 2014 | 121 min

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A Marvel alargou o seu Universo Cinematográfico para o cosmos, trazendo-nos a equipa mais carismática, divertida e problemática do seu arsenal.

Peter Quill (Chris Pratt) era apenas um miúdo quando foi levado da Terra por uns saqueadores do espaço. Vinte e seis anos depois, Quill, também conhecido por Star-Lord, tem a sua cabeça em prémio e encontra-se na posse de um artefacto muito cobiçado por todos, o que o faz juntar-se a mais quatro foras-da-lei que também andam atrás de alguma coisa, são estes Gamorra (Zoe Saldana), Groot (Vin Diesel), Rocket (Bradley Cooper) e Drax (Dave Bautista). Os cinco vão aprender a trabalhar em equipa para derrotar Ronan (Lee Pace) e impedir os planos de Thanos (Josh Brolin).

 

Muita gente estava apreensiva com este filme. Ao contrário das outras personagens que a Marvel já nos tinha apresentado, os Guardians of the Galaxy são um grupo mais desconhecido daqueles que não seguem as bandas desenhadas. Para os que ainda estão indecisos sobre se hão-de ir ver ou não, lembrem-se de que a Marvel planeia muito bem todos os passos que dá. Não só para o futuro do universo que está criar, como também para agradar o seu público. James Gunn foi uma peça crucial para todo esse processo de cativar quem entrasse no cinema. O seu trabalho como realizador foi um dos pontos mais altos do filme, simplesmente porque Gunn sobe aproveitar tudo o que tinha à sua volta para dar um aspecto épico ao filme ao mesmo tempo que definia o tom que este devia de ter. Gunn também mostrou saber usar todo o potencial que a tecnologia do IMAX lhe proporcionava. “Guardians of the Galaxy” é o melhor filme em IMAX desde “Gravity”.

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Outra grande preocupação por parte dos fãs, e do público, era se o filme conseguiria apresentar cinco personagens, das quais algumas pessoas nunca ouviram falar, e fazer com que nós nos interessá-se-mos por elas. Ao contrário do que aconteceu com os Avengers, nós não tivemos um filme para apresentar cada um dos membros deste grupo. Um bocado como vai acontecer com o “Batman v Superman”, mas isso é outra história. A verdade, é que o filme consegue-nos apresentar cada uma das personagens de uma maneira cómica, concisa, rápida e cativante, que nos faz logo apaixonar por cada uma delas.

A estrela do filme é Peter Quill, interpretado por Chris Pratt que se estreia na categoria dos blockbusters e não decepciona nem um bocadinho. Nós ficamos logo a perceber o que podemos esperar desta personagem, e do actor, nos primeiros trinta segundos em que este aparece. A cena introdutória do filme é aquela que vos vai ficar na cabeça pela imprevisibilidade e diversão que esta arrasta consigo. Para além de Quill temos também Gamorra, uma assassina interpretada por Zoe Saldana, que é a personagem mais séria do filme, mas mesmo assim não deixa de impressionar. Em relação a Drax, poucos sabiam do que é que podiam esperar de Dave Bautista, mas este consegue dar uma das melhores interpretações do filme, sendo esta uma das personagens mais divertidas. Depois temos as duas personagens que são criadas digitalmente, Rocket e Groot. Rocket é interpretado por Bradley Cooper e dá-nos tudo aquilo que nos fora prometido. Groot é interpretado por Vin Diesel, e esta sim foi uma verdadeira surpresa. Groot é um ser sensível e amistoso, que vai ser capaz de conquistar, principalmente, os corações das senhoras, e Vin Diesel consegue dar isso à personagem na perfeição.

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Ao contrário dos Avengers, que se juntaram por todos eles terem um objectivo em comum, os Guardians juntam-se pelo interesse que têm uns nos outros, e isso é bastante interessante porque rapidamente conseguimos perceber o porquê desta união. É neste ponto que as duas equipas do MCU (Marvel Cinematic Univers) se distinguem, porque enquanto os Avengers são grandes por si só, este bando de desajeitados precisam uns dos outros para conseguirem atingir algo maior do que eles próprios e isso mostra a grande amizade que existe entre eles para conseguirem lutarem uns pelos outros. O final do filme é uma grande prova disso, apesar de parecer um bocado tolo, mostra-nos que os Guardians precisam de facto uns dos outros, ao contrário por exemplo de Thor e Captain America que não precisam de ter os Avengers sempre atrás. Por isso, a dinâmica desta equipa é fácil o suficiente para ser apresentada e trabalhada em apenas um filme, ao contrário dos heróis mais poderosos da Terra, que ainda precisaram dos seus filmes a solo.

A importância deste filme no MCU é enorme visto este ser o primeiro a apresentar-nos como deve de ser as Infinity Stones. Para quem não sabe, existem seis Infinity Stones e cada uma delas tem o poder de controlar uma força do universo. No MCU já nos foram apresentadas duas. O Tesseract que é a pedra do espaço, é aquela que permite viajar-se pelo espaço através de tele-transporte, como vimos em “The Avengers”. Depois temos o Aether, que apareceu em “Thor: The Dark World”, que ainda não se sabe bem qual das pedras é. Pode ser a da alma, visto precisar de se ligar a um ser vivo para sobreviver, como pode ser o da realidade, visto que Malekith planeava usar a pedra para a alterar. Ainda temos o ceptro do Loki, apesar de ainda não ter sido confirmado que é uma delas, o ceptro pode ter a pedra da mente, visto Loki tê-lo utilizado em “The Avengers” para controlar as mentes das pessoas. Agora em “Guardians of the Galaxy” é nos apresentada mais uma. A Orb, o artefacto que todos cobiçam no filme, contém a pedra do poder, o que permite a quem a tiver de controlar energia e de ver os seus poderes, caso tenha, aumentados.

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Por agora esta história toda das Infinity Stones pode não parecer nada de especial, mas existe uma grande expectativa de que no futuro vão ter um grande peso no MCU, principalmente agora que Thanos já foi confirmado como sendo o grande vilão do universo. Para quem não se lembra, foi ele quem cedeu o exército a Loki em “The Avengers”, tudo porque estava à procura do Tesseract. Agora em “Guardians”, Thanos continua a sua procura das pedras e os fãs da banda desenhada sabem o que podemos esperar em “The Avengers 3”. Foi por isso que a Marvel teve de ir rapidamente para o espaço. Ela tinha de apresentar-nos as pedras e Thanos, visto serem aspectos de grande importância na Phase 3 que irá começar já para o ano com “Ant-Man”.

Por falar em Thanos, esta é a primeira vez que o conseguimos ver bem. Já o tínhamos visto na cena pós-créditos de “The Avengers”, só que foi apenas de perfil. Agora sim, podemos ver o Titã Louco em toda a sua grandiosidade. Apesar de parecer um pouco diferente do vislumbre que tivemos em 2012, o que pode estar ligado ao facto de na altura a personagem ainda não ter um actor. O que já está resolvido e o grande titã está em boas mãos. Mas mesmo que tenha aparecido, Thanos não passou de um cameo, porque o grande vilão do filme é Ronan The Accuser, que se pretende vingar de todos os Xandar (uma raça alienígena) pelos crimes por estes cometidos contra os Kree (outra raça alienígena). Ronan é interpretado por Lee Pace que dá uma interpretação fenomenal, criando assim um dos maiores vilões que a Marvel já nos apresentou.

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Agora para a parte que causa sempre borboletas na barriga, a cena pós-créditos. Esta cena apresenta-nos uma personagem que faz parte da história da banda desenhada, na sua altura servia de sátira para tudo e mais alguma coisa e até teve um filme realizado por George Lucas. Sim, o mesmo George Lucas que realizou o “Star Wars”. Se calhar isto para muitos não significa nada, mas de certeza que alguns sabem do que é que estou a falar. Posso dizer que é uma personagem um bocado parecida com o Pato Donald, e se isto não chega para fazerem clique então esqueçam. Apesar da cena se resumir a esta personagem, que muito provavelmente não vai ter peso nenhum no MCU, podem sempre ficar para a ficarem a conhecer. De qualquer maneira, há uma cena pré-créditos que sem dúvida vale a pena ver.

“Guardians of the Galaxy” foi a primeira viagem da Marvel até ao cosmos do seu universo, e esperamos que lá possamos voltar brevemente. Este é um filme hilariante, cheio de acção, boa disposição, tem um leque fantástico de personagens e um realizador que o percebeu e lhe soube dar o que precisava. “Guardians of the Galaxy” traz-nos tudo o que de melhor as aventuras espaciais têm para oferecer, e abriu portas para o que nos espera na Phase 3 da Marvel.


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