Horizon Zero Dawn (PS4) | Análise

Está a chegar um dos jogos mais aguardados do ano e um dos grandes exclusivos da Sony para 2017. Horizon Zero Dawn ter tudo o que é importante num jogo, mas vamos agora nos próximos minutos olhar com maior detalhe para tudo o que este jogo nos oferece.

 

horizon  

  • Editora: SCEE
  • Produtora: Guerrilla Games
  • Plataformas: PS4

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Começando pela história, Horizon parece ter como base um narrativa já muito explorada: algo aconteceu ao mundo, o conhecimento do que aconteceu é escasso e a grande maioria das pessoas já não se lembra de como o mundo era antes. Os recursos são poucos e a humanidade perdeu a sua capacidade tecnológica, levando-o a sobreviver a cada dia. A dúvida e as respostas que vão aparecendo, e que criam outras dúvidas, levam-nos a continuar agarrados ao jogo, querendo sempre desvendar mais. Tudo isto parece já bastante batido noutros jogos, livros ou filmes, contudo Horizon cria lentamente o seu próprio caminho, mas já lá vamos.

 

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Nas primeiras hora de jogo o objectivo é aproximar o jogador da personagem principal, a jovem Aloy, com a qual facilmente criamos uma ponte sentimental enquanto nos demonstra o porquê de esta história ser sobre ela. A história começa a desenvolver-se e nesse momento já nos apercebemos de uma coisa: em termos técnicos Horizon é brutal. Na parte sonora, as músicas estão bem conseguidas, mas os efeitos sonoros são dos melhores desta geração, principalmente nos momentos de luta. Joguem este jogo com um bom sistema de som e vão perceber o que estou a dizer. Em termos de trabalho de vozes a dobragem em Português está bem conseguida, algo já normal nos grandes exclusivos da Sony, mas a versão original está mesmo muito boa, apesar de em alguns momentos, poucos, existir algum desfasamento entre o som e os movimentos dos lábios das personagens.

No entanto é na parte gráfico que está a nossa atenção, e aqui começo por dizer uma coisa: tanto na PS4 normal, como na Pro, o jogo está mesmo muito bom, sendo realmente fantástico a 4K. A realização não é perfeita, e muitas cenas são cópias de anteriores em termos de realização ou movimentos, mas nos momentos importantes nada falha. O design é soberbo, os cenários estão incrivelmente bem desenhados, os efeitos meteorológicos também e a fauna e flora estão cheios de detalhe e vida, levando a um dos melhores open worlds alguma vez feitos. É verdade que existe pouca vida animal, mas a história consegue criar a base para que tal aconteça. O resultado final, em termos gráficos, é um jogo que entre os melhores. Poucos jogos conseguiram tal proeza e apenas nas expressões faciais Horizon perde para o inevitável Uncharted 4.

 

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Na jogabilidade está o que torna Horizon tão viciante. Durante as mais de 35 horas de jogo, iremos passar grande parte do tempo a explorar e a combater, e os comandos, nunca falham, sendo bastante intuitivos. Nos combates corpo a corpo, as opções são limitadas, mas a grande maioria das vezes estaremos a lutar contra máquinas, e aí i jogo brilha com inteligência. É coerente, não só com o que fazemos, mas também com a construção das próprias máquinas. Descobrir pontos fracos e adaptar o nosso estilo a cada inimigo é importante e não deixa o jogo ser repetitivo. Usar as peças dos inimigos é crucial e o nosso armamento está muito bem conseguido e claro que tornar os robots nosso aliados é uma excelente estratégia. As missões secundárias devem ser jogadas, apesar de algo repetitivas, mas acabam sempre por adicionar algo à história, ao mundo ou à construção das personagens.

Claro que Horizon tem falhas. O sistema de inventário é rudimentar, alguns diálogos são fracos e o facto de não ser possível esconder corpos é uma limitação algo estranha. No entanto tudo isso tem pouco peso num jogo destes. Com um final que arrisca e bem, a história torna-se profunda aos poucos, explorando temas adultos e com claro foco na crítica social e no choque entre tecnologia e natureza. O enredo torna-se político, com muita religião e tradições à mistura, mas é, essencialmente, uma história entre aqueles que se acomodam e aqueles que querem saber mais, chegar mais longe, fazer algo de forma diferente.

Estamos em Fevereiro e é cedo para dizermos se Horizon será o jogo do ano. Faltam jogos como Mass Effect Andromeda, Red Dead Redemption 2 ou God of War, entre muitos outros. Mas uma coisa é certa, Horizon estará no top de 2017 e deve ser jogado por todos os que tenham uma PS4.

 

HARDWARE USADO PELA MHD PARA TESTES DE JOGOS

PS4:

  • PlayStation 4 Glacier White
  • DualShock 4 White
  • Razer Leviathan Sound System

PC:

  • Headphones Razer Carcharias
  • Keyboard Razer Epic Chroma
  • Mouse Razer Naga Epic Chroma

 

Luís Pinto


 


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