A Idade do Gelo: As Aventuras de Buck © Disney

A Idade do Gelo: As Aventuras de Buck | Entrevista com o elenco

A divertida (e nada gélida) saga de “A Idade do Gelo” está de volta aos ecrãs e a Magazine.HD conseguiu falar com parte do elenco e equipa do filme!

Não há grupo de animais pré-históricos mais divertidos que os d’”A Idade do Gelo” mas também não há animal mais aventureiro que Buck! Depois de vários filmes que conquistaram miúdos e graúdos, a animação dos tempos da pré-história decidiu regressar para o seu sexto filme e com outras personagens em foco e até algumas novas.

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Buck Wild é o protagonista do novo capítulo de “A Idade do Gelo” © Disney+

Com estreia exclusiva na plataforma de streaming da Disney+ Portugal (já está disponível para todos os subscritores), “A Idade do Gelo: As Aventuras de Buck” segue a nova vida da doninha Buck, e do que ela tem feito numa caverna subterrânea.

“A Idade do Gelo: As Aventuras de Buck” dá continuidade à fuga dos mamíferos pré-históricos de que todos mais gostam. Desesperados por se distanciarem da sua irmã Ellie, Crash e Eddie, os irmãos gambás que adoram aventuras, partem à busca da sua própria casa, mas rapidamente se veem presos numa grande caverna subterrânea. São salvos por Buck Selvagem, a doninha que só tem um olho e adora aventuras e caçar dinossauros, e têm de enfrentar, em conjunto, os dinossauros sem regras que habitam o Mundo Perdido.

E, a propósito da sua estreia, a Magazine.HD não conseguiu resistir ao convite de falar com parte do elenco e equipa técnica que esteve por detrás do novo filme original Disney+. Com Simon Pegg, a voz de Buck Wild, e Justina Machado, a novata Zee, a representarem o elenco, a conversa contou também com o realizador John C. Donkin (“Dawn of the Dinosaurs”) e a produtora executiva Lori Forte, sempre presente ao longo da saga de “A Idade do Gelo”.

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[para John e Lori] Obviamente, vocês não são estranhos a todo este universo da Idade do Gelo. Como é surgiu o projecto “A Idade do Gelo: As Aventuras de Buck”?

LF: Bem, honestamente, eu tenho vivido na Idade do Gelo nos últimos 20 anos [rindo-se]. Tenho vivido com estes tigres de dentes de sabre e mamutes e gambás e doninhas há tanto tempo. Mas é realmente uma saga fantástica para abrir e dar oportunidade de passar tepo com algumas personagens que nem sempre vemos. Eu penso que com este projecto… Nós criámos o Buck para “Dawn of the Dinosaurs”, que foi o terceiro filme da Idade do Gelo. E obviamente que é uma personagem fácil de se gostar, excêntrica, doida, alegre e aventureira que Simon conseguiu trazer ‘à vida’ para todos nós. E penso que já tinha passado algum tempo desde que o vimos [Buck], e depois regressou em “A Idade do Gelo 5” porque o Simon estava sempre a perguntar-nos quando é que o trazíamos de volta. Por isso arranjámos uma história para trazer a personagem de volta e agora que quisemos regressar e contar uma nova história do mundo da Idade do Gelo, pareceu-nos natural voltar ao mundo perdido e por isso ir buscar o Buck.

JCD: E eu penso que o filme nos permite ver todas as camadas que existem em Buck e, na verdade, a introdução de uma nova personagem, a Zee, ajuda a dar um vislumbre do passado de Buck. Há alguma história entre os dois e ela é revelada aos poucos durante o filme. Ajuda a expandir o universo e a explorar mais as personagens.

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Algumas das personagens do primeiro filme fazem uma aparição neste novo capítulo © Disney

[para Simon] E Simon, como é que foi descobrir que o novo filme do universo se iria centrar na tua personagem? Afinal de contas, é quase tudo sobre o Buck!

SP: Oh, eu tenho deixado dicas sobre esta possibilidade há já 12 anos. Lori, tu podes comprovar isto, cada vez que fizemos algo eu pensava ‘talvez o Buck devesse ter a sua própria causa. Talvez…’. E a maravilha é que a história da Idade do Gelo tem tantas personagens fantásticas, que é realmente um universo cinematográfico. Não me parece que haja outra animação que esteja mais preparada para se expandir do que esta. É fenomenal. Há tantas personagens maravilhosas e num filme o tempo com cada uma delas é limitado. Por isso esta é uma maneira encantadora de dar algum tempo a solo a Buck mas também a Crash, Eddie, e também a Zee e a novas personagens que se juntam a um grupo fabuloso.

[para Justina] Completamente nova neste universo, como é que dar voz a uma nova e excitante personagem de “A Idade do Gelo”? E como é que foram as primeiras reacções ao ler o guião e aprender mais sobre Zee? 

JM: Excitante. E é como disseram, foi muito divertido dar a voz a alguém tão forte, uma guerreira social, alguém que é tão racional e que parece ter as ideias todas em ordem. Foi muito divertido.

Eu estava muito entusiasmada com a possibilidade de entrar nesta saga, por isso até me podiam ter dado qualquer personagem que eu fazia. Mas a Zee é muito divertida e foi mesmo muito bom ir para o estúdio e trabalhar nela. Foi diversão pura e ela é muito divertida, também por todas as personagens fantásticas que a rodeiam.

[para Lori] E para além de Buck, houve elementos dos filmes anteriores que tenham inspirado este novo filme? Ou elementos que sabiam ter de incluir agora?

LF: Eu penso que foi o mundo perdido, e o facto de Buck estar realmente no Mundo Perdido. Como todos responderam tão bem a este elemento, e foi algo que tínhamos idealizado há já muito tempo, quando fizemos pesquisas para o primeiro filme; houve alguém do Museu de História Natural que veio ter connosco e nos disse que quando fizessemos o filme para não colocarmos dinossauros e mamutes juntos, porque eles nunca viveram ao mesmo tempo… eles viveram a milhões de anos de intervalo.

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Depois de mamutes e tigres dentes-de-sabre, os dinossauros estão de volta no novo filme da Idade do Gelo © Disney

Nós na altura acenámos e piscámos o olho mas depois, com uma sequência do primeiro filme, do Museu do Gelo, percebemos que podíamos criar uma mitologia e desenvolver todo um novo mundo debaixo de terra, onde os dinossauros estivessem após a queda do meteorito – talvez não tivessem todos morrido e simplesmente tivessem fugido.

E então criámos esse mundo e sabíamos que era algo que as pessoas iam querer ver. E claro, com Buck a viver lá, houve a questão das suas relações. Sem ninguém, ele tem relações com objectos inanimados, por ele ser tão próximo da natureza, como pedras, nós de árvores e até uma abóbora como filha. Por isso sabíamos que havia muito por explorar neste Mundo Perdido.

[para John] Quando vemos o filme não podemos deixar de notar que é sobre a família, neste caso a família que se escolhe. Falando sobre coragem, e encontrá-la em nós mesmos, como é que foi desenvolver esses conceitos e colocá-los num filme animado, tanto para crianças como para os pais?

JCD: Bem, o tema da família é central já desde o primeiro filme da Idade do Gelo. E é algo que está realmente no ADN de toda a saga, que a família não é necessariamente de sangue mas mais de lealdade, seja entre pessoas ou animais. Por isso esse tema está sem dúvida presente em todos os filmes. Tendo isso em conta foi também divertido explorar a ideia do que acontece quando a família precisa de crescer, e neste caso de como Crash e Eddie querem ter a sua própria vida longe da irmã adoptada.

Claramente que eles não são da mesma espécie e por isso, o que é que isso lhes faz emocionalmente? E como é que o ultrapassam? E depois explorar também um pouco a família de Buck, que vive uma vida solitária mas que revê felicidade em criar a sua própria família. É um tema muito claro e familiar, e que surge naturalmente no filme.

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No novo filme da Idade do Gelo forma-se uma nova (e divertida) família © Disney

[para Simon] E tendo em contas todas estas ‘camadas’, como é que foi trazer o Buck novamente à vida mas de uma nova maneira? Como é que foi a preparação para este filme?

SP: Bem, o Buck já é uma espécie de memória muscular, porque já o interpretei algumas vezes e fiquei realmente muito entusiasmado que íamos avançar com este filme. Tive de ter muitas horas de sono antes das sessões [de gravação de voz] porque elas são sempre extremamente energéticas e Buck está sempre com a força toda. E a Justina pode confirmar o que digo. Quando fazemos uma sessão de voz no final estamos sempre exaustos porque colocamos toda a energia nela ao gesticularmos e fazermos as várias expressões.

E eu adoro o Buck. Tenho uma grande afecto por ele, até porque ele nasceu no mesmo ano que a minha filha. A primeira vez que fui o Buck foi quando ela nasceu por isso ela cresceu com estes filmes e com ele. E, estranhamente, agora que este novo filme da Idade do Gelo a minha irmã acabou de ter um bebé. Por isso há um novo ‘bebé Idade do Gelo’ para levar estas histórias adiante. É uma felicidade tremenda ser o Buck porque tem um impacto emocional muito grande a nível pessoal e na minha própria família.

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Buck continua a ser interpretado por Simon Pegg, que adora a personagem © Disney

[para todos] E, para terminar, há algo que temos de falar. O filme foi feito durante a pandemia pelo que, quais é que foram os desafios na sua criação? Tiveram oportunidade de gravar todos juntos ou foi uma experiência a dois, ou a quatro talvez?

SP: Nós conhecemo-nos agora mesmo, pelo Zoom. É uma das coisas mais incríveis sobre o mundo da animação, e deixo aqui uma nota pelo trabalho fantástico do John e da Laurie. Eles conseguiram criar todas as peças e encontrar a química que está tão presente no filme. Foi fantástico ver o resultado final e a relação de Buck e Zee, sabendo que nunca nos tinhamos conhecido. É algo estranho até.

JCD: Sim, há algumas cenas bastante interactivas entre personagens e para mim foi muito divertido de realizar porque eu própria lia com o Simon e depois com a Justina, para os papéis de ambos. E há uma cena em que as personagens deles estão a discutir e falam um por cima do outro, e o Zoom ajudou bastante porque eu estava de auscultadores e estava a ouvir as falas vindas de canais diferentes. Eles podiam gritar um com o outro e estava tudo separado. Depois foi juntar tudo na sala de edição e encontrar os melhores momentos.

Ironicamente, os restringimentos devido à COVID ajudaram na direcção do talento através dos mecanismos de Zoom, o que é estranhamente espectacular. Porque eu conseguia ouvir bastante bem e outras pessoas também e dar algumas opiniões, para que conseguissemos ter tudo.

SP: E eu também consegui fazer muitas das sessões na minha própria casa. Os engenheiros de som vinham montar o estúdio e eu entrava para gravar. Nem cheguei a usar calças em muitas das sessões, e estava muitas vezes de chinelos. Foi um dos meus trabalhos favoritos de sempre, porque não tive de sair de casa. Foi espectacular.

Então, pegando nesse mesmo ponto, houve momentos memoráveis durante as gravações?

SP: Para mim, qualquer momento a interpretar o Buck é memorável porque é sempre uma experiência total. Mas foi maravilhoso ver uma nova história surgir e ver esta personagem em novos ambientes. Eu adorei.

TRAILER | A SAGA DA IDADE DO GELO ESTÁ DE VOLTA

Ainda te lembras de todos os filmes da saga d’A Idade do Gelo?

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