©Lucasfilm / © MGM / Denis Makarenko / Shutterstock.com (ID: 1104452258) (Editado por Vitor Carvalho, © MHD)

“Estes dois grandes filmes determinaram o meu rumo” revela Christopher Nolan

Num pequeno cinema londrino, em 1977, um Christopher Nolan de sete anos sentou-se numa poltrona vermelha, sem saber que as próximas horas mudariam para sempre o rumo da sua vida – e, por consequência, o futuro do cinema.

Sumário:

  • Em 1977, Christopher Nolan, com apenas sete anos, assistiu dois filmes que mudaram o rumo da sua vida e do cinema, criando um realizador único;
  • “Star Wars” e “2001: Uma Odisséia no Espaço” influenciaram Nolan de forma complementar, com o primeiro a trazer um espetáculo visual e o segundo, uma profundidade intelectual;
  • Esta dualidade de influências reflete-se em sua obra, como em filmes como “Inception” e “Oppenheimer”, equilibrando o espetáculo e a profundidade temática.
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Num universo paralelo, talvez Christopher Nolan fosse hoje um contabilista num escritório cinzento em Londres. Mas dois filmes, tão diferentes quanto o dia e a noite, conspiraram para criar um dos realizadores mais influentes do nosso tempo.

Entre o espectáculo e o intelecto

star wars
“A Guerra das Estrelas: Episódio IV – Uma Nova Esperança” ©Lucasfilm

Quando pensamos em realizadores que dominam as bilheteiras mundiais, poucos nomes surgem ao lado de Nolan com tamanha distinção. Como ele próprio confessa, com uma honestidade desarmante: “Podem querer negá-lo nos anos seguintes e surgir com algo mais sofisticado, mas [Star Wars] mudou absolutamente tudo.” diz o realizador numa entrevista à Film Threat.

O facto curioso é que Nolan conseguiu algo que parecia impossível: pertencer ao clube exclusivo dos realizadores mais rentáveis de sempre, partilhando essa distinção com nomes como Michael Bay e os irmãos Russo, mas mantendo uma integridade artística que o aproxima mais de Kubrick do que de qualquer um dos seus contemporâneos comerciais. Desta forma, é interessante como os filmes que o mais impactaram refletem este dualidade.

Como diz o próprio realizador: “Não me importava nada com o facto de não conseguirmos perceber o final [de 2001]; simplesmente incendiou a nossa imaginação.” Esta frase, aparentemente simples, encapsula perfeitamente a filosofia cinematográfica que viria a definir toda a sua carreira.

Do sabre de luz ao monólito negro

2001 odisseia no espaço monólito
© MGM

A beleza da influência destes dois filmes reside precisamente na sua aparente contradição. “Star Wars“, com a sua narrativa clara e heróica, e “2001: Uma Odisséia no Espaço“, com o seu mistério impenetrável, representam dois polos opostos do cinema de ficção científica.

O jovem Nolan, aos sete anos, não via esta dicotomia como um problema a resolver, mas sim como um território rico a explorar. Como ele admite, “não era uma criança precoce” – era simplesmente um miúdo que teve a sorte de ver dois filmes revolucionários no mesmo ano.

Esta dupla exposição criou um padrão que viríamos a reconhecer em toda a sua filmografia: a capacidade de fundir o espetáculo visual com profundidade temática. De “Inception” a “Oppenheimer“, vemos sempre estas duas influências a dançarem num equilíbrio perfeito. Vê os dois filmes que mais influenciaram Nolan, “Star Wars” e “2001: Uma Odisséia no Espaço”, no Disney+ e Prime Video, respetivamente.

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