Inteligência T1 | Primeiras Impressões
“You think protecting the President is more important. Funny, he didn´t think so.”
Não será propriamente um mensageiro de Deus, mas Gabriel (Josh Holloway), é concerteza o homem mais inteligente do planeta. Talvez esta afirmação audaz até possa soar um pouco a “overstatement”, mas já imaginaram serem agraciados com um supercomputador instalado no cérebro; e acederem a todas as bases de dados, equipamentos wireless, telefones, satélites?…É de doidos, e a agência de segurança cibernética governamental (USCC) ainda apelida a sua arma secreta de “operacional high-tech”, não estivéssemos a falar do último grito em tecnologia do momento.
“Assets”, que é como chamam por aquelas bandas a agentes valiosos desta natureza, necessitam sempre de extrema proteção e supervisão, mais ainda que o próprio Presidente dos Estados Unidos. Para tal, a chefona do “Cyber Command” Lillian Strand (Marg Helgenberger), faz questão de manter o seu “wonder boy” de rédia curta e com uma espécie de “ama” dos serviços secretos Riley Neal (Meghan Ory), a morder-lhe os calcanhares. E com tanta inteligência a fervilhar por aqueles neurónios chipados, para quê uma mulher a atrapalhar?
Se estivermos a falar de um agente secreto: implacável, imprevisível e insubordinado, percebe-se a presença feminina como um toque apaziguador de frieza e sensatez. Convenhamos, um par de pistolas aumenta sempre as probabilidades de sucesso, principalmente quando se trata de resgatar o criador do milagroso chip, o Dr. Cassidy (John Billingsley). É certo que os chineses andam a comprar meio mundo, mas se algo tão minúsculo e poderoso for parar às suas mãos, poderemos ter um caso bicudo para resolver.
Além disso, Gabriel não tem propriamente o melhor temperamento de todos e, anseia a cada missão que lhe é confiada, desvelar o verdadeiro paradeiro da sua mulher desaparecida. Aqui, escarafunchamos a ponta do icebergue dramático, que não sustenta apenas a sua presença viril cada vez que entra com licença para matar, mas igualmente a dicotomia emocional invocada por um forte sentimento de perda. Aliás, Josh Holloway faz-se sentir com volumetria e carisma no grande ecrã, oferecendo aos espetadores aqueles momentos rápidos e furiosos. Claro que Meghan Ory, não poderia ser esquecida pela sua imensa energia solidária, catapultando a relação de companheirismo entre os dois colegas, para um patamar com emoção e significado.
Inteligência, poderá na sua matriz assemelhar-se em certos aspetos ao conhecido “Soldado Universal”, mas possui novas variantes técnicas e humanas que permitem à série de Michael Seitzman, penetrarem no nicho da espionagem com orgulho e valor. É emocionante, geek, sensível e inteligente. É perfeita, não acham?
P.S – Se estiveres “online”, ele saberá tudo sobre ti…
MS