LEGO: The Hobbit (PS4) | Análise
Nos últimos tempos a Lego tem apostado cada vez mais nos jogos, com Star Wars, Marvel e O Senhor dos Anéis a serem o centro das atenções. Agora chega-nos O Hobbit, aproveitando o fantástico mundo criado por Tolkien, transformando-o em peças de Lego, e oferecendo desafios e humor ao enredo.
Desde cedo o jogo conquista-nos com o seu ambiente. Vemos as personagens que tão bem conhecemos, ouvimos a fantástica banda sonora do filme, apreciamos os cenários e sentimos a magia. No entanto, este também é o melhor momento para nos lembrarmos do público alvo deste jogo: jovens. Este é um jogo para um público juvenil, crianças e jovens adolescentes, e todo o jogo tem essa base bem definida, quer para o bem, quer para o mal.
Começando pelo enredo, existe aqui uma tentativa, bem conseguida, de oferecer mais humor ao jogo. Aproveitando as diferentes personalidades de algumas personagens, somos brindados com alguns momentos de humor, bem encaixados nesta mistura que é o mundo de Tolkien com um mundo Lego. O jogo tenta manter-se fiel à base do enredo dos primeiros dois filmes e consegue-o enquanto faz pequenos desvios para criar mais missões e desafios. No entanto, visto acabar no mesmo momento em que acaba o 2º filme, a história aqui também não terá um fim, e ficarão a desejar por mais.
Graficamente o jogo apresenta um design muito interessante, aproveitando bem os cenários dos filmes e transformando-os em Legos, sendo de louvar o facto de a magia continuar presente, não se tendo perdido com esta adaptação. Em termos técnicos este jogo não é um portento e por vezes a câmara não ajuda em algumas batalhas, mas, no global, ficámos bastante agradados com o trabalho feito. A qualidade gráfica nota-se ainda mais quando estamos perante uma grande batalha, onde os nossos inimigos enchem o ecrã, tudo está em constante movimento e quase nos perdemos no meio de tanta confusão. Também é interessante a forma como a câmara se aproxima de nós quando enfrentamos um inimigo poderoso, dando uma sensação quase cinematográfica que os jovens irão apreciar.
Na jogabilidade não há muito a dizer. Este é um jogo que se mantém dentro do estilo de todos os outros jogos Lego. Com cada personagem a apresentar uma habilidade diferente, teremos de trocar entre elas para conseguimos avançar nos desafios que iremos encontrar. Todavia, sendo um jogo para jovens, a verdade é que nunca estamos perante um grande desafio. O jogo indica-nos o que devemos fazer e nunca somos obrigados a pensar no obstáculo que temos pela frente. Mas, como já dissemos, este é um jogo para jovens, e percebe-se a escolha dos produtores em deixar tudo simples, divertido e rápido. Teremos de destruir objetos nos cenários, recolher as suas peças e voltar a construir o que precisamos. Tudo simples!
Com um ambiente sempre agradável, diálogos com humor e muita ação, faltava a banda sonora para o ambiente do jogo estar completo, e não falha. A banda sonora dos filmes foi transportada para aqui e dá gosto ouvir algumas músicas enquanto viajamos pelos fantásticos cenários que Tolkien imaginou. Os efeitos sonoros estão na média, tal como o trabalho de vozes, fazendo bem o seu papel. De realçar que muitas das falas também estão presentes nos filmes, criando uma maior ligação.
Com uma campanha principal pequena mas muitas, mesmo muitas, missões secundárias, Lego: The Hobbit irá entreter os jogadores mais jovens durante muito tempo. As personagens cativam-nos e a história consegue captar bons momentos do filme. Divertido e simples, este é um jogo que os jovens irão gostar bastante. Para o público mais exigente, sente-se a falta de um bom desafio e de algo diferente, mas que é divertido, isso é, sem dúvida!
Pontos fortes:
- Vários momentos de humor que encaixam bem no enredo principal
- Simples e rápido, a pensar num público mais jovem
- A banda sonora dos filmes
- Muitas missões secundárias
Pontos fracos:
- O facto de ser um jogo para jogadores mais jovens poderá afastar os adultos que procurem desafios
LP
