A Evolução de Margot Robbie e porque ‘Eu, Tonya’ prova o seu talento
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Margot Robbie é uma estrela em ascensão e as nomeações para Melhor Actriz nos Óscares e Prémios BAFTA, graças ao seu papel em “Eu, Tonya”, provam que o seu brilho está longe de se extinguir.
Hollywood está sempre à procura da próxima jovem, loira, atraente, potencial para comercializar em todas as frentes possíveis e necessárias. Algumas atingem níveis de imenso sucesso, mas a sua grande maioria deixa-se cair em erros de casting e papéis fáceis para se manterem na ribalta. Margot Robbie é a excepção, não só pela sua forma perfeita, mas principalmente pelo seu grande talento e excelentes performances de algumas das melhores personagens femininas no grande ecrã dos últimos tempos.
Margot Robbie, apenas 27 anos de idade, é uma das maiores importações da Austrália e precisou apenas de uma década para arrecadar uma nomeação ao Óscar de Melhor Actriz. A sua carreira começou o seu trajeto ascendente na novela australiana “Neighbours”, mas foi em “Lobo de Wall Street”, ao lado de Leonardo DiCaprio e Jonah Hill, que a actriz ganhou atenção mundial. O seu papel como Naomi Lapaglia surpreendeu pela positiva os cinéfilos, quando uma aparente gold digger, se torna uma mãe feroz e lutadora.
São as características positivas das suas ambíguas personagens que Margot Robbie procura focar-se durante a sua actuação. O seu papel de maior popularidade aconteceu em 2016 com “Esquadrão Suícida” ao dar vida à vilã Harley Quinn, e neste é o seu amor tóxico por Joker que a torna uma quasi-simpática personagem. Afinal de contas, quase todos podemos relacionar-nos com uma má experiência amorosa.
A EVOLUÇÃO DE MARGOT ROBBIE:
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AS PRIMEIRAS NOMEAÇÕES COM EU, TONYA:
Actualmente, Margot Robbie, é uma das caras mais reconhecidas do mundo do cinema e, graças a “Eu, Tonya” conseguiu as suas primeiras nomeações. Não é, no entanto, a sua primeira tentativa – o ano passado “Z de Zacariah” mostrava potencial dada as suas prestações em diversos festivais de cinema – mas o veredicto acabou no medíocre.
“Eu, Tonya” é um filme especial, porque para além de protagonizar, Margot Robbie também serve como produtora do filme. Em entrevista à Deadline a actriz comentou nas principais dificuldades sentidas no set:
Poucos realizadores conseguem fazer um mesclar (das várias temáticas). É um tom especifico; o aspecto mockumentary, o humor negro, eventos da vida real e pessoas reais. Há ainda problemas legais com pessoas que ainda vivem. Temos que trabalhar sobre um evento que as pessoas se recordam cujas opiniões são bastante fortes. Toda a gente já tomou partido e declarou o que sente sobre esta pessoa. Devemos tentar mudar a mentalidade das pessoas, e ao fazê-lo, para o quê que o mudaríamos? É um filme com orçamento indie, é um filme de período e inclui os Jogos Olímpicos. Tudo isto é muito caro e com algo tão fora da caixa, nunca vais conseguir receber muito dinheiro dos financiadores. E claro, as sequências de patinagem no gelo e o facto de que ela envelhece dos 15 aos 44 anos.
“Eu, Tonya” é um drama muito real e mediático sobre Tonya Harding e a sua rival Nancy Kerrigan (Allison Janney), especialmente nos Estados Unidos da América. Não sendo acompanhante dos desportos olímpicos de inverno, a actriz revelou não conhecer a história real antes da longa-metragem e vê essa oportunidade como uma vantagem para a sua interpretação.
De facto Margot Robbie conheceu a verdadeira Tonya Harding apenas uma semana antes de começarem as filmagens, após o treino de patinagem e de estudo sobre a mulher em causa. A actriz revelou no entanto que teve receio quando Tonya assistiu ao filme pela primeira vez:
Não sabia qual seria a sua reacção ao ver o seu melhor dos melhores e pior dos piores em duas horas de filme. A fala onde digo: “chupem-me a pil*” aos juízes foi uma mais hilariantes para ela, e ela disse, “Meu Deus, quem me dera ter dito mesmo isso na altura”. Acho que ela sentiu a emoção do filme. Ela disse que se riu e que chorou, e claro há partes que ela não concorda porque contamos a história sobre a perspectiva de personagens diferentes.
A recepção do filme pelo público geral e críticos foi muito positiva desde a sua estreia em Toronto. Margot Robbie assumiu a posição de única protagonista pela primeira vez, acrescido do papel de produtora e ninguém está mais satisfeita que a própria. A actriz assumiu que todo o seu esforço, desde a concepção do argumento até á final distribuição foi um sucesso e mal pode esperar para voltar a interpretar uma personagem igualmente completa e complexa como Tonya Harding é na vida real.
Toda a gente é complicada. Não quero uma personagem que não o seja. É muito mais divertido interpretar pessoas que são um pouco doidas.
“Eu, Tonya” chega aos cinemas em Portugal a 22 de Fevereiro. Margot Robbie protagoniza, com argumento de Steven Rogers e realização de Craig Gillespie.
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