Maze Runner: Provas de Fogo, em análise

 

O labirinto foi só o início, e a ameaça que a W.C.K.D. representa torna-se muito mais real.

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 FICHA TÉCNICA

Título Original: Maze Runner: The Scorch Trials
Realizador: Wes Ball
Elenco: Dylan O’Brien, Kaya Scodelario, Aidan Gillen
Género: Ação, Sci-fi, Thriller
NOS | 2015 | 131 min

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Depois do final do primeiro filme, em que Thomas e os seus amigos escapam do labirinto, as respostas dadas sobre o seu propósito só serviram para criar mais dúvidas. No entanto, The Scorch Trials consegue clarificar qual é o verdadeiro propósito da W.C.K.D., mas o labirinto e aquela história de este servir para analisar o cérebro dos Clareirenses continua a parecer um bocado rebuscada. Contudo, o plano da W.C.K.D. também não é propriamente muito claro. É revelado que eles pretendem criar uma cura para o vírus que destruiu o nosso planeta, chamado Clarão, mas para isso teriam de por em risco a única garantia de sobrevivência da espécie humana. No final, cabe ao público decidir se concorda com os nossos heróis ou se a W.C.K.D. também tem motivos suficientes para estarem a fazer estas experiências nas crianças.

Wes Ball regressa no papel de realizador, e mais uma vez faz um trabalho fantástico, provando mais uma vez a sua paixão por este projeto. Não consegue mostrar-nos a dimensão deste novo mundo visualmente, como também os seus perigos, de uma forma eficaz, que deixa o público sempre no limite da cadeira. Apesar disso, Wes Ball teve alguns percalços na realização do filme. Para além de ter alguns momentos desnecessários, no final, algumas personagens caiem no esquecimento. Depois do confronto final, duas personagens desaparecem e ninguém parece notar a sua falta. Vamos ter de esperar pelo terceiro capítulo da trilogia para descobrir o que lhes aconteceu.

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Para além do esclarecimento em relação ao que se passou no anterior, também vemos algumas personagens a desenvolver, nomeadamente Thomas e Teresa. Thomas continua a correr como um louco neste filme. Existem umas quantas cenas que se compararmos com as do anterior, são muitos semelhantes. No entanto, ao longo do filme vemos Thomas a transformar-se num rapaz de ação, invés de tomar sempre a opção de correr de tudo. No que toca a Teresa, ela passa por uma transformação muito semelhante à que uma personagem sofreu no passado. É interessante ver a história a repetir-se mas em lados diferentes.

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Agora que o labirinto foi deixado para trás, a Terra Queimada apresenta-nos uma série de novos perigos. A falta do lugar seguro que era o labirinto, diminui um bocado a tensão que é sentida ao longo do filme. Já não são postas questões quanto à liderança de Thomas, tornando as relações entre as personagens mais lineares, sem altos e baixos. Mas isso chega a ser contrabalançado com algumas novas relações e a mudança de uma crucial. Nunca se sabe em quem é que os nossos heróis podem confiar, mas basta estarmos atentos aos sinais para o percebermos de imediato. O que cria mais tensão são talvez os Cranks, seres humanos que ficaram infetados pelo Clarão e se transformaram em zombies, que substituem os Grievers, tornando-se no maior perigo que os Clareirenses têm de enfrentar. Só uma questão, será que alguém sabe que a Marvel já não tem os direitos da palavra “zombie”? Não? Já está na altura de saberem…

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O elenco não apresenta grandes novidades. Os atores que viram a sua personagem sobreviver para chegar ao segundo filme, continuam o trabalho que já tinham começado no anterior, ao mesmo tempo que exploram as relações entre as personagens que já conhecíamos e as novas. Do novo elenco, ninguém se fez destacar, uma vez que todos fizeram um trabalho maravilhoso.

The Scorch Trials consegue manter a saga consistente, clarificando as questões que o primeiro deixa em aberto e preparando o terreno para o grande desfecho.

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One thought on “Maze Runner: Provas de Fogo, em análise

  • Eu considerei este segundo filme bastante complicado de definir. Enquanto o primeiro consistia numa apresentação muito “Deus das Moscas”, envolvendo a complexidade do relacionamento humano, da vivência numa sociedade mais primitiva este segundo tornou-se uma amálgama de cliches da ficção científica. Só achei um bocadinho inconsistente mas eu também não li as séries (que por norma fazem muito mais sentido).

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