Miramax à venda por mil milhões de dólares
A produtora e distribuidora Miramax Films está à venda, e o seu valor, segundo a revista Variety, pode chegar aos mil milhões de dólares.
A venda do estúdio, produtor de mais de 700 filmes, pode atingir os mil milhões de dólares. A dimensão do catálogo de títulos é uma das razões, apontadas pelos investidores, para o alto valor da venda. “Este País Não é para Velhos” e “O Bom Rebelde” poderão ser atrativos para potenciais compradores. No entanto, diversos analistas consideram que o valor anunciado pode estar inflacionado – a Disney vendeu a Miramax por 660 milhões de dólares, em 2010.
Os investidores da Miramax explicam a venda pelo constante crescimento da visualização online. Com o regresso do investimento no setor e a proliferação dos serviços digitais da Netflix e da Amazon, a procura por conteúdo cinematográfico aumentou e espera-se que o ano de 2015 quebre recordes.
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Fundada pelos irmãos Harvey e Bob Weinstein, em 1979, Miramax Films é um símbolo dos independentes americanos. A consagração da sua estratégia ocorreu em 1997, com a vitória de nove estatuetas nos Oscars com o filme “O Paciente Inglês”, realizado por Anthony Minghella.
Em 1993, o estúdio foi vendido à Disney por Harvey e Bob Weinstein, mas mantiveram-se ligados à sua gestão até 2005. Por sua vez, em 2010, a Disney vendeu-a ao grupo Filmyard Holdings, que envolve capitais americanos e do Qatar.
Do catálogo da Miramax fazem parte títulos emblemáticos como “O Piano” (Jane Campion, 1993), “A Paixão de Shakespeare” (John Madden, 1998), ”Pulp Fiction” (Quentin Tarantino, 1994) ou “Trainspotting” (Danny Boyle, 1996).