Tom Cruise (Mission: Impossible - The Final Reckoning) © Paramount Pictures

Mission: Impossible – The Final Reckoning, em análise | Nunca um filme tão grande pareceu tão curto

Passaram dois anos desde a estreia de “Dead Reckoning”. A produção do novo e último filme de “Mission: Impossible” teve uma produção de sete anos. E desde o primeiríssimo filme do franchising passaram cerca de trinta anos.

Trinta anos de missões inusitadas, vilões que põem tudo em risco, os melhores ajudantes e acrobacias arriscadas de Tom Cruise. Tudo começou com Brian de Palma e uma história sobre Ethan Hunt, um agente da CIA que é incriminado pelo assassinato da sua equipa, num missão que correu mal.

Desde aí, o franchising com, agora, oito filmes, já passou pelas mãos de John Woo, J.J. Abrahams, Brad Bird e Christopher McQuarrie. O mais recente filme, “Mission: Impossible – The Final Reckoning”, tem gerado muita curiosidade, por ser o último da saga.

Este filme é a continuação de “Dead Reckoning”, em que Tom Cruise tem a missão de salvar o Mundo de uma ameaça bastante atual, a Inteligência Artificial, que aqui é chamada de “Entidade”.

“Mission: Impossible – The Final Reckoning” estreou no Festival de Cinema de Cannes a 14 de Maio. A MHD esteve presente na estreia do filme e, também, numa conferência com Christopher McQuarrie e Tom Cruise, onde descobrimos algumas curiosidades e detalhes sobre os bastidores do filme.

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A celebração de Mission: Impossible

Christopher McQuarrie e Tom Cruise.
Christopher McQuarrie & Tom Cruise © Joachim Tournebize / FDC

Durante a conversa com o realizador e o protagonista do filme, foi possível perceber a a cumplicidade e companheirismo que têm. Fizeram largos elogios um ao outro e partilharam que esta saga procura misturar o entretenimento com a arte, mostrando que o cinema de ação também deve e pode ser reconhecido, pela sua qualidade de produção e narrativa.

“Action is only spectacle without caracter”, partilhou o realizador Christopher McQuarrie. Este poderia ser um resumo da saga “Mission: Impossible”. São grandes filmes de ação, mas apenas resultaram por trinta anos, pelos suas personagens, incluindo os vilões ou as personagens secundárias. Como, por exemplo, os ajudantes do Ethan Hunt, Luther e Benji.

Assim, “Mission: Impossible – The Final Reckoning” é, sobretudo, uma grande homenagem a quem fez parte deste franchising. É uma homenagem a Ethan Hunt, a todas as missões, às maravilhosas cenas de ação, às acrobacias de Tom Cruise e a todos os atores e personagens que fizeram parte dos oito filmes.

É, sobretudo, um filme que celebra o que o cinema tem de melhor. E que tanto precisa de celebração, com todas as ameaças que tem sofrido nos últimos anos, entre Covid, greves e tarifas.

A reação do público ao final da saga

Hayley Atwell, Simon Pegg e Pom Klementieff
Hayley Atwell, Simon Pegg e Pom Klementieff (Mission: Impossible) © Paramount Pictures

Preparem-se para suster a respiração durante duas horas e quarenta e cinco minutos. Nunca antes um filme tão grande pareceu tão curto. Não há um momento de pausa durante o decorrer do filme, a ação começa no início e só acaba nos últimos cinco minutos.

Uma das coisas mais bonitas de ver um filme no cinema é partilhar a experiência com outras pessoas. Aqui em Cannes vimos o filme ao lado de 2300 pessoas no Grand Théâtre Lumière e as reações foram impagáveis.

Houve muitos momentos de gargalhadas, principalmente com as personagens de Simon Pegg e Pom Klementieff. Tom Cruise deixou-nos ansiosos durante as suas cenas de ação, em que a sua personagem parecia realmente estar em perigo.

Não faltaram palmas durante o genérico e no final do filme. E também houve aquele momento em que todo o público partilhou um “ohhh” em uníssono, na cena do avião, que vão certamente perceber qual é. Por fim, o filme também gerou várias lágrimas. É, sem dúvida, um final emocionante, que homenageia esta saga ao apresentar-se no seu mais alto nível.

O resultado de uma produção de sete anos

Tom Cruise em Mission: Impossible - The Final Reckoning
Tom Cruise (Mission: Impossible – The Final Reckoning) © Paramount Pictures

“Mission: Impossible” é sinónimo de ação e este último filme tem duas das melhores sequências de ação, não só da saga, como da história do cinema. Tom Cruise é sobre-humano. Um ator extremamente talentoso, que é humilde na sua apresentação, mas que não deixa de mostrar o quão dedicado é no seu trabalho e nos seus filmes.

A sequência do submarino é absolutamente aterradora. O ator partilhou que não conseguia ver praticamente nada enquanto filmava, dentro de água, numa enorme esfera a rodar e com “mísseis” que não podiam ser controlados.

Mas, se isto ainda parecer pouco, o realizador Christopher McQuarrie fez questão de mencionar que o ator fez tudo sozinho, na sequência do avião. Então, quando virem um avião a sobrevoar as montanhas africanas, lembrem-se que Tom Cruise estava sozinho, em acrobacias num avião em andamento, praticamente sem ar e ainda era ele que manobrava as câmaras e garantia que estas estavam focadas.

Isto demonstra, não só uma grande dedicação à sua profissão, como é um agradecimento do ator à audiência que o segue fielmente. E por falar em homenagens, o realizador e o ator não se esqueceram de fazer uma pequena brincadeira com “Top Gun”, quando Tom Cruise aterra num barco da marinha americana. Pode ser uma pequena homenagem aos fãs de ambos os filmes, como pode indicar que a próxima parceria entre os dois será um terceiro “Top Gun”.

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Mission: Impossible - The Final Reckoning

  • “Mission: Impossible” é sinónimo de ação e este último filme tem duas das melhores sequências de ação, não só da saga, como da história do cinema. Tom Cruise é sobre-humano. Um ator extremamente talentoso, que é humilde na sua apresentação, mas que não deixa de mostrar o quão dedicado é no seu trabalho e nos seus filmes.
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