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MOTELX 2025 | Redux Redux – Análise

Assinado pela dupla Kevin McManus e Matthew McManus, “Redux Redux” é uma emotiva proposta que utiliza uma pequena dose de ficção científica para criar uma história tensa e trágica sobre o amor de uma mãe e a inevitabilidade de uma tragédia através do multiverso.

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Michaela McManus brilha em Redux Redux

Motelx Serviço de Quarto
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No Serviço de Quarto, a secção central e retrospectiva do MOTELX, encontramos em 2025 o filme norte-americano “Redux Redux”, uma narrativa atípica de multiversos. A nossa protagonista é Irene Kelly (Michaela McManus), uma mãe enlutada que perdeu a sua filha de 14 anos depois de um assassino em série a raptar e matar. Para tentar encontrar propósito, e munida de uma máquina muito especial que permite atravessar dimensões e viver em várias linhas temporais paralelas, Irene viaja através de várias realidades.

Todavia, mundo após mundo, a sua filha continua a estar morta em todos os mundos paralelos que visita e, para purgar a sua frustração e sofrimento, Irene abdica de um pouco mais da sua humanidade e mata repetidamente o assassino da sua Anna. Ainda assim, o vazio persiste à medida que perde a conta ao número de vezes que já o matou.

Tudo muda quando, numa das realidades, descobre a jovem Mia (Stella Marcus) na casa do raptor. Depois de a salvar, Irene e Mia encontram um objectivo comum. Fazer este homem sofrer, por aquilo que fez à jovem Anna e por aquilo que estava prestes a fazer a Mia. Mas, claro está, a vingança é um poço fundo sem esperança ou possibilidade de redenção e Mia vai aprender essa lição, mais cedo ou mais tarde.

Um multiverso bem diferente no MOTELX

“Redux Redux” é mais um thriller e um drama do que um filme de ficção científica, e não se caracteriza pelo habitual caos narrativo e visual que se encontra em muitos filmes de multiverso, das entradas da Marvel ao aclamado “Tudo em Todo o Lado ao Mesmo Tempo”. As viagens temporais são uma espécie de pretexto para que Irene possa confrontar o seu trauma uma e outra vez, funcionando mais como um símbolo do que como um mecanismo de scifi. Todavia, esta “ligeireza” da ficção científica não é de todo um defeito, sendo a obra bastante contida mas muito bem-sucedida.

Bem-sucedida, acima de tudo, na capacidade forte de conexão com as personagens, credíveis e empáticas. A relação de Irene e Mia, uma mãe sem filha e uma filha sem pais, criada no sistema de segurança social, assenta que nem uma luva. São feitas uma para a outra, e nos braços uma da outra são capazes de encontrar propósito num universo feito de hipóteses infinitas. Mas será que vale a pena conhecermos, em detalhe, todas estas hipóteses? “Redux Redux” parece mais interessado em promover a intimidade e a ligação no “aqui e agora”.

Como filme de ação e thriller é também bem-sucedido, construindo tensão de forma crescente ao longo da narrativa e tornando uma sessão da meia-noite no MOTELX numa visualização fácil e capaz de entreter do início ao fim.

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Conclusão

Assinado pela dupla Kevin McManus e Matthew McManus, “Redux Redux” é uma emotiva proposta que utiliza uma pequena dose de ficção científica para criar uma história tensa e trágica sobre o amor de uma mãe e a inevitabilidade de uma tragédia através do multiverso.

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