Drama com 99% no Rotten Tomatoes acaba de chegar ao streaming da Netflix
A Netflix tem um novo êxito no seu catálogo, um filme que tem vindo a ser elogiado com um dos melhores do ano. Adicionado à coleção na sexta-feira, 28 de novembro, a plataforma de streaming acrescentou “Left-Handed Girl” ou “A Rapariga Canhota”, uma bela história familiar que captou as atenções em Cannes.
“Left-Handed Girl” foi um sucesso em Cannes quando estreou no festival em maio deste ano, tendo sido nomeado para o Grande Prémio da Semana da Crítica e tendo vencido o prémio “Gan Foundation Award for Distribution”. Para lá de Cannes, “A Rapariga Canhota” tem tido uma excelente rota de festivais, tendo passado já pelo Denver Film Festival, pelo Stockholm Film Festival, pelo Festival de Cinema de Zurique, e tantos outros, acumulando nomeações pelo caminho.
Muito talento responsável por Left-Handed Girl (2025)
“A Rapariga Canhota” ou “Left-Handed Girl”, agora disponível na Netflix, é uma obra co-escrita por Sean Baker, o realizador responsável por “Anora”, o filme vencedor do Óscar de Melhor Filme em 2025. A obra foi ainda co-escrita e realizada por Shih-Ching Tsou, uma colaboradora regular de Baker. Shih-Ching Tsou produz regularmente os filmes de Sean Baker, tais como “Red Rocket” (2021), “The Florida Project” (2017) ou “Tangerine” (2015).
Em 2004, Shih-Ching Tsou realizou e escreveu o seu primeiro filme, “Take Out”, em colaboração com Sean Baker. Agora, “Left-Handed Girl” é a segunda obra da cineasta.
De que temas trata a Rapariga Canhota?
Shih-Ching Tsou tem vindo a trabalhar em “A Rapariga Canhota” desde que realizou a sua primeira obra em 2004, ao lado de Baker. O filme segue uma menina de cinco anos (Nina Ye) que, em conjunto com a sua mãe (Janel Tsai) e a sua irmã (Shih-Yuan Ma), se mudam de uma pequena localização no campo para o caos de Taipé, onde abrem uma loja de noodles num mercado noturno.
Este é um filme independente, elogiado pelo seu carácter intimista, pela representação de resiliência e pela sua natureza agridoce. A obra segue o trio à medida que se adaptam à mudança brutal de ambiente, com a vivacidade da nossa pequena protagonista em primeiro plano.
Elogios tecidos ao filme novo da Netflix
O novo filme da Netflix tem sido amplamente elogiado, sendo que a revista Collider chamou-lhe “uma das grandes estreias a solo na realização”. Em geral, a performance da pequena Nina Ye tem sido também muito aclamada.
O Hollywood Reporter elogiou a autenticidade da obra, na sua representação da vida numa grande metrópole. Já a Variety chama-lhe um “retrato enternecedor e seguro de uma maternidade difícil e de uma experiência exigente na qualidade de filha”.
Uma experiência baseada na vida da própria realizadora
Em declarações à Netflix, Shih-Ching Tsou falou sobre a inspiração para o filme e também sobre a forma como a sua própria experiência moldou este seu argumento: “Ao crescer em Taiwan, muitas vezes senti-me limitada pela tradição e pelas expectativas, especialmente sendo uma rapariga. Fui ensinada a manter-me quieta, silenciosa, a seguir as regras e a não atrair atenção.”
Tsou continuou, “Ao olhar para trás, vejo como estas limitações me moldaram. Ensinaram-me a ser observadora, a prestar atenção ao que se encontra nas entre linhas , mais importante ainda, a dar voz aos que não conseguem falar”.
Voltar a Taiwan, para a realizadora, para criar “A Rapariga Canhota” ou “Zuopiezi nuhai”, no original, funcionou como uma forma de se reencontrar com o seu “eu” antigo e finalmente poder contar a sua história em voz alta.
“Left-Handed Girl” está exclusivamente disponível no catálogo da Netflix.
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