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Ready or Not (PlayStation 5) – Análise

O famoso jogo táctico “Ready or Not” chega à PlayStation 5 com uma experiência tática imersiva que desafia a impulsividade.

Com lançamento marcado para 15 de julho de 2025, “Ready or Not” finalmente chega à PlayStation 5, com a intenção de elevar o nível dos simuladores táticos de combate com uma abordagem séria, metódica e altamente realista da ação policial.

Desenvolvido pela VOID Interactive, o título mergulha os jogadores no caos urbano de Los Sueños, uma cidade dominada por crime violento, onde as forças especiais da SWAT lutam para restaurar a ordem. O foco na autenticidade e na tomada de decisões críticas distingue “Ready or Not” de outros shooters convencionais.

Depois de um período em Acesso Antecipado no PC e com a versão 1.0 a consolidar a sua identidade, a estreia nas consolas marca um momento de viragem para o jogo — e para os fãs de experiências exigentes. A versão de consola inclui todas as melhorias recentes, como novos mapas, IA refinada, e sobretudo, integração total com o potencial do hardware da PS5. E, claro, a cereja no topo do bolo, a imersão com o DualSense.

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Uma cidade à beira do colapso com muito por fazer no shooter tático

Ready or Not Ps5
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Los Sueños é o palco sombrio de “Ready or Not”, uma cidade fictícia onde o crime tomou conta das ruas e a SWAT representa a última linha de defesa.

Com uma narrativa urbana imersiva, o jogo coloca o jogador na pele de um comandante de pelotão, responsável não só por executar missões de alto risco, como também por garantir a integridade física e psicológica da equipa. Essa dimensão estratégica torna-se evidente ao longo das campanhas, onde cada decisão pode significar a vida ou a morte — não só dos suspeitos, mas de reféns e colegas de equipa.

O maior mérito de “Ready or Not” reside na sua recusa em simplificar. Este não é um shooter para quem procura adrenalina sem contexto. A pontuação depende de seguir protocolos, prender suspeitos com vida e proteger civis. Abrir fogo indiscriminadamente é penalizado, o que reforça a importância da preparação e da disciplina.

Cada missão obriga a leitura do cenário, uso eficaz dos gadgets e coordenação com os restantes membros da equipa. Um erro pode significar o fim da operação. E ficas literalmente a ver navios, neste caso, o resto da equipa a acabar a missão.

Para os fãs dos antigos “SWAT” ou de “Rainbow Six” numa abordagem mais crua, “Ready or Not” é um regresso aguardado a um subgénero que raramente brilha nas consolas. A versão PS5, felizmente, não é apenas uma adaptação: é uma porta de entrada sólida para uma nova geração de jogadores que procuram algo mais tático, mais metódico e mais emocionalmente envolvente.


A imersão tática de “Ready or Not” é elevada com o DualSense da PS5

Ready or Not PS5 review
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Uma das maiores surpresas da chegada de “Ready or Not” à PlayStation 5 é o uso inteligente do comando DualSense. A VOID Interactive foi além da simples adaptação técnica e explorou o potencial háptico do comando de forma exemplar.

Cada arma tem um feedback próprio, com gatilhos adaptativos que simulam a resistência do disparo, aumentando a tensão em situações de combate intenso. Uma metralhadora pesada exige mais força do que uma pistola, e isso faz toda a diferença quando se precisa agir com rapidez e precisão.

Além disso, o feedback háptico reproduz a vibração distinta de diferentes superfícies, desde pisos metálicos a madeira quebradiça. Ao mover-se furtivamente por um prédio abandonado, cada passo transmite ao jogador uma sensação física subtil que reforça o ambiente.

O DualSense também responde a explosões, tiros próximos e portas a serem arrombadas, criando uma camada adicional de realismo. Tudo isto contribui para uma imersão única, onde não basta ver e ouvir: sente-se literalmente o peso da operação nas mãos.

Os comandos por voz, embora opcionais, podem ser utilizados para dar ordens rápidas à equipa, acrescentando ainda mais fluidez à experiência. Esta integração transforma “Ready or Not” numa das experiências mais intensas que se pode ter num shooter tático na atual geração de consolas.

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Cooperação e estratégia é a única maneira de ganhar (salvar neste caso)

Ready or Not
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Apesar de oferecer uma campanha sólida a solo, “Ready or Not” também embarca no modo cooperativo. A compatibilidade entre plataformas garante que equipas mistas entre PS5, Xbox Series e PC possam enfrentar missões juntas, sem entraves técnicos.

Essa funcionalidade reforça a componente social do jogo e eleva o nível de complexidade das estratégias a aplicar em campo. Uma missão simples pode transformar-se num quebra-cabeças tático quando cada jogador tem funções distintas e precisa de executar planos sincronizados.

A progressão dos operadores, os traços adquiridos por repetição de missões e a personalização de equipamentos são outros fatores que prolongam a longevidade do jogo. Apesar de alguma repetição em certos objetivos, a aleatoriedade no posicionamento de inimigos e armadilhas impede que duas missões sejam exatamente iguais. O jogador é incentivado a adaptar-se, melhorar e explorar novas táticas a cada tentativa.

No entanto, o jogo não é para todos. “Ready or Not” exige paciência, leitura cuidadosa do ambiente e uma mentalidade de missão. Não se trata de correr e disparar, mas de observar, planear e, só depois, agir. Para quem procura tiros rápidos e ação frenética, poderá parecer lento ou rígido. Mas para quem valoriza precisão, realismo e desafio, trata-se de um dos melhores shooters táticos disponíveis atualmente.

“Ready or Not” impõe respeito na PlayStation 5 e usa o melhor da consola. Com realismo técnico, uso exemplar do DualSense e uma proposta de jogo exigente e tensa, o título da VOID Interactive estabelece-se como uma nova referência no género tático. Em pequenas doses, oferece uma experiência quase cinematográfica, com momentos de tensão pura que poucos jogos conseguem replicar.

Uma chegada triunfante à consola da Sony — e um alerta claro de que há espaço para a tática no meio do caos. E, por favor, usem headphones!

Vais entrar na equipa?



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