Sean Baker, realizador de Anora, faz história nos Óscares ao quebrar este recorde.
“Anora”, o filme de Sean Baker, foi o grande vencedor da noite dos Óscares 2025. Sean Baker fez história ao arrecadar 4 Óscares pelas suas contribuições para o filme.
A 97.ª edição dos Óscares, realizada no Dolby Theatre em Hollywood, trouxe uma reviravolta histórica, com o cineasta Sean Baker a dominar a noite, conquistando quatro Óscares individuais pelo seu filme independente “Anora“.
O recorde de Sean Baker
Esta história sobre o casamento caótico de uma trabalhadora de sexo com o jovem filho de um oligarca russo valeu a Baker os prémios de Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Argumento Original e Melhor Montagem — um feito inédito desde que Walt Disney arrecadou quatro estatuetas em 1954. Diferentemente de Disney, cujas vitórias abrangeram vários projetos, os prémios de Baker foram todos conquistados com um único filme.
Filmado com um orçamento modesto de 6 milhões de dólares pela Neon, “Anora” superou grandes filmes como “The Brutalist” e “A Substância”, alcançando um total de cinco Óscares, com Mikey Madison a vencer na categoria de Melhor Atriz. O trajecto ascendente do filme começou com a conquista da Palma de Ouro em Cannes 2024 e ganhou força com vitórias nos Critics Choice, DGA e PGA, culminando no sucesso nos Óscares. As conquistas de Baker representaram um raro reconhecimento da Academia a uma visão de baixo orçamento e sem concessões, desafiando o habitual favoritismo por produções maiores.
O triunfo de “Anora” e do cinema independente na noite dos Óscares
Nos bastidores, enquanto equilibrava as suas quatro estatuetas, Baker descreveu o momento como “uma vitória para os cineastas independentes que recusam jogar pelo seguro”. O seu percurso — desde “Tangerine”, gravado com um iPhone, até à glória dos Óscares — sublinhou uma carreira assente em narrativas peculiares e engenhosas. Fontes da indústria acolheram a conquista como um sinal claro, provando que a criatividade ainda pode prevalecer sobre o dinheiro em Hollywood.
A noite consolidou o estatuto de Baker como uma força no mundo do cinema, com as suas quatro estatuetas a igualarem um recorde individual, ao mesmo tempo que destacaram um filme que desafiou convenções. Enquanto o público dos Óscares celebrava as vitórias, a mensagem foi evidente: num ano de produções luxuosas, um filme independente ousado roubou os holofotes, reescrevendo as regras dos Óscares a cada estatueta que Baker levou para casa.
Já foste ver “Anora” ao cinema?