Silent Hill 2 Remake, a Crítica | A Bloober Team dá nova vida ao clássico
Um dos melhores jogos de terror de sempre está de volta. Mas estará este “Silent Hill 2 Remake” melhor do que o original que marcou gerações?
Foi há muitos anos, na velhinha e ainda fantástica PlayStation 2, que apareceu o imortal “Silent Hill 2”, ainda hoje considerado como um dos melhores jogos de terror de sempre e, provavelmente, o que tem a melhor história dentro do género.
Agora chega a versão Remake do clássico da Konami e sinceramente já se esperava tendo em conta todos os outros Remakes do género que foram feito (e bem feitos) nos últimos tempos. “Silent Hill 2” ganha bastante com o novo potencial gráfico das atuais consolas. O design está muito bom e os cenários estão cheios de detalhes que contam a história. Isto é algo que este jogo sempre teve como um dos seus pontos mais fortes: muito da história é contada pelo que vamos vendo, pelo que vamos explorando com uma pequena lanterna no interior de edifícios cheios de sangue e ruas repletas de nevoeiro.
Bem vindos à cidade do Nevoeiro
Um dos melhores aspetos deste Remake é a localização da câmara. O nosso ângulo de visão é mais próximo do personagem, mais curto, mais claustrofóbico. Quando a isto se junta um dos melhores trabalhos de efeitos sonoros que já ouvi, o ambiente está garantido. E é exatamente isso que este jogo tem de grande ponto forte durante as suas mais de 15 horas de jogo: o seu ambiente. Claro que o graficamente o jogo está muito bom, o nevoeiro está fantástico e a iluminação ajuda a que todos os segundos de jogo sejam intensos.
O que também ganha bastante com a melhoria gráfica são as lutas de bosses. Tudo está mais intenso, mais arrepiante, também muito graças aos detalhes de cada personagem e dos cenários onde são essas batalhas. Aliás, as batalhas de bosses ganham muito com este remake. A nível sonoro, o trabalho de vozes está muito bom e a banda sonora, que é discreta, dá o ambiente necessário. Este é, inevitavelmente, um jogo onde os efeitos sonoros são mais importantes.
A isto juntam-se melhores puzzles, uma melhor realização e muito mais para se fazer. Outro aspeto interessante é como o jogo nos vai empurrando no caminho certo sem ser demasiado óbvio. Contudo, é preciso salientar que em vez das 8 ou 9 horas que demorariam a terminar o jogo original, este demora praticamente o dobro, o que apesar de me ter agradado, em alguns momentos baixou em demasia o progresso da história.
Na jogabilidade não há muito a salientar. O jogo consegue melhorar o original com facilidade, tal como é exigido, e nunca senti que tivesse perdido ou passado dificuldades por causa de alguma falha na jogabilidade. O que senti, e gostei bastante, é a constante sensação de falta de recursos e que encaixa perfeitamente no jogo.
Por fim, o enredo. Sejamos diretos: “Silent Hill 2” tem um dos melhores enredos que sempre num videojogo. A sua narrativa, a exploração de algumas personagens, o caminhar pelos lados mais negros de cada personagem, do que é ser um ser humano, do que é uma fase de luto, de medo e de solidão. Nesse aspeto é um jogo num nível que poucos atingiram durante todos estes anos… e claro, o seu final é simplesmente fantástico e por todos aclamado como um dos melhores twists de sempre.
De resto, uma coisa é certa, esta é a melhor versão e aquela que deve ser jogada a partir de agora. Se ainda não entraram nestas ruas cheias de nevoeiro e gostam de jogos de terror, este é o jogo a ter.
O que achas deste remake? Vais dar uma oportunidade?
Silent Hill 2 Remake, a Crítica
Movie title: Silent Hill 2 Remake
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Graficos - 89
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Som - 94
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História - 92
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Jogabilidade - 84