“Sirens” – Análise
A nova minissérie da Netflix “Sirens” chegou à Netflix a 22 de maio e conta com 73% de aprovação no Rotten Tomatoes.
“Sirens” é uma das maiores apostas da Netflix, tanto para o mês de maio, como para o ano de 2025. Começando pelo elenco estelar, formado por Julianne Moore, Kevin Bacon, Milly Alcook e Meghan Fahy.
A série tem uma premissa simples. Acompanha Devon (Meghan fahy) que, após descobrir que o pai tem demência, pede ajuda à sua irmã mais nova, Simone (Milly Alcock) para tratar dele. Depois de ser ignorada pela irmã, Devin decide ir à sua procura e percebe que Simone tem uma relação tóxica com a sua chefe, a socialite milionária Michaela (Julianne Moore).
Esta é a nova minissérie de Molly Smith Metzler, conhecida por outra série muito popular da Netflix, “Maid” com Margaret Qualley. Tal como em “Maid”, esta série debruça-se sobre personagens femininas poderosas e complexas, brincando com os estereótipos das mulheres como seres malvados e a atração do canto da sereia.
A comparação entre Sirens e The White Lotus
Apesar de ter muitos aspetos diferentes, é inevitável a comparação entre as duas séries. Aliás, “Sirens” é um cruzamento entre “The White Lotus”, “Big Little Lies” e “Gossip Girl”. Ainda assim, é uma série totalmente independente destas três, sendo original, mas encaixando-se nas mesmas categorias.
Enquanto “The White Lotus” tem um tom mais sarcástico e de crítica social, “Sirens” debruça-se em tentar compreender as dinâmicas complexas entre diferentes estratos sociais, mantendo momentos de humor e de entretenimento.
Aliás, é uma série muito entertaining. São apenas cinco episódios que se conseguem ver apenas num ou dois dias, pela curiosidade de entender a sua conclusão. É fast paced, conseguindo, ainda assim, desenvolver as personagens e quebrar os seus estereótipos.
Um elenco de estrelas
Um dos grandes fatores atrativos da série é o seu elenco. Mas a qualidade faz jus aos nomes associados à série. Todas as personagens são complexas, com várias camadas que vão sendo desvendadas ao longo da série, mesmo as que parecem mais secundárias.
É possível empatizar com cada uma das personagens em algum momento da série, e detestá-las logo de seguida por uma escolha que fizeram. Julianne Moore já é especialista em fazer personagens dúbias. Meghan Fahy volta a fazer uma personagem ao nível de “The White Lotus”, mesmo que a sua personagem seja o contrário da Daphne.
Kevin Bacon consegue apresentar personagens diferentes em todos os seus projetos. E, apesar da sua personagem em “Sirens”, parecer não ter assim tanto conteúdo, revela ser muito importante.
Contudo, o destaque vai para Milly Alcock. A atriz que ficou conhecida por “House of The Dragon”, onde já mostrava ter talento, tem nesta personagem um range enorme de personalidades e complexidade. É uma personagem que parece vazia, inicialmente, e que se vai desvendando ao longo dos cinco episódios.
A crítica negativa
Apesar da sua qualidade, tanto narrativa como performativa, “Sirens” recebeu várias críticas por parte dos espectadores. O facto que mais apontam é o de estarem à espera de algo mais fantasioso, que ficaram desiludidos quando perceberam que não seria assim.
Estes comentários, de estarem à espera de aparecerem sereias reais são algo básicos, que refletem uma baixa análise dos pontos metafóricos da série. Assim, “Sirens” é mais metafórico do que satírico.
Analisa e compara os estereótipos aliados à figura da mulher como um ser malvado e manipulador. Utilizando o canto da sereia como metáfora para a manipulação, atração e mentiras.
E tu, já começaste esta hipnotizante série da Netflix?
Conclusão
- “Sirens” é uma minissérie da Netflix criada por Molly Smith Metzler, com Julianne Moore, Kevin Bacon, Milly Alcock e Meghan Fahy. A trama segue duas irmãs afastadas que se reencontram numa teia de relações tóxicas e manipulação. Com apenas cinco episódios, mistura drama, momentos de humor, crítica social e metáforas sobre o poder feminino.